30 setembro, 2010

Borda D' Água - 2011 (MEL)


Para "levantar a moral" depois de conhecido o orçamento de estado...

Clique nas imagens para ampliar...

29 setembro, 2010

25 setembro, 2010

24 setembro, 2010

Mais uma "janela" sobre o mundo das Abelhas !!!

A "bloggomania" apícola veio mesmo para ficar.
"As Minhas Aventuras de Fim de Semana" é o mais recente espaço virtual dedicado à apicultura, estreou-se este mês e é da autoria de Luís Moreira, Santa Comba Dão.
Além da apicultura ainda explora outras duas vertentes: a pesca e jogos lúdicos, pelo que já vi e numa única palavra: EXCELENTE!
Começam a ser muito agradáveis estas "visitas ao país apícola" sem sair do sofá, numa blogosfera dedicada ao sector cada vez mais diversificada e abrangente.
Podem visitar em:
http://apimoreira.blogspot.com/

22 setembro, 2010

Electrocutor de… abelhas?!!

Na alínea a) do artigo (definições) do Decreto Lei nº 203/2005 de 25 de Novembro, que estabelece o regime jurídico para a actividade apícola e as normas sanitárias para defesa contra as doenças das abelhas, pode ler-se:
a) «Abelha» o indivíduo de espécie produtora de mel pertencente ao género Apis sp., designadamente os da espécie Apis mellifera;

Da leitura atenta deste decreto inferimos a importância que tais insectos representam para o sector apícola, para a economia, sociedade, ambiente… ou não se justificaria legislar com tanto afinco e pormenor para os proteger.
Mesmo sem ler o dito decreto, há anos e até séculos que o género humano, espécie Homo sapiens sapiens, reconhece a importância da Apis mellifera. Principalmente aqueles que delas tratam e aguentam estoicamente as ferroadas para sustentar a vida.
Gastam fortunas para as criarem, compram equipamentos cada vez mais caros, fazem contas ao combustível, adquirem medicamentos de luxo pouco eficazes e… mais estoicamente ainda com que os apicultores suportam as picadas: as abelhas lá vão sobrevivendo.
Chega o dia da cresta, convidam-se os amigos, levam-se as alças para a melaria e… qual balde de água fria, murro no estômago ou ingratidão total: ignoramos a definição de abelha que o legislador transferiu para o referido artigo. De “indivíduo da espécie produtora de mel…” passa a insecto indesejável a eliminar das instalações.

Segundo o “Manual de Boas Práticas na Produção de Mel” e a restante legislação sobre o assunto, “As portas exteriores (…) na parte superior deve ser colocado um dispositivo electrocutor de insectos”. Basicamente uma cadeira eléctrica para abelhas, pior ainda, na cadeira eléctrica morreriam numa posição confortável…
É de todo desejável evitar o contacto de moscas com o mel, transportam bactérias e outros agentes infecciosos.
Mas uma melaria atrai sobretudo: Abelhas, os mesmos insectos que colectaram o néctar, o desidrataram e transformaram em mel. Durante estas etapas as abelhas sugaram o néctar através da língua, transportaram-na numa cavidade digestiva especializada: o saco do mel onde lhe adicionaram enzimas, depositaram-na nos alvéolos de cera, voltaram a colocá-lo na língua onde o partilharam com outras abelhas, com isso retiraram-lhe o excesso de humidade de modo a poder ser armazenado sob a forma de mel.

E agora electrocutamo-las só porque entraram na melaria ?!!!

Recentemente, numa visita a uma das maiores melarias do Alentejo, em Moura, deparou-se-me um quadro (de facto havia lá mesmo um quadro) pouco comum: centenas de abelhas subiam pelo vidro da janela da melaria.

Confrontei a proprietária com tal situação, onde ela se justificou com a aversão que tinham ao electrocutor de insectos. “Não faz qualquer sentido, primeiro precisamos das abelhas para produzirem o mel, e agora vamos matá-las?”

Não pude deixar de concordar, uma olhada rápida pelas portas bastou para perceber que faltavam os ditos electrodomésticos suspensos que tanto animam as noites nos cafés da província: “Olha, esta era de raça, ia mandando com a instalação eléctrica abaixo…”, “ e esta? Dava para beber um copo de vinho…”
Aqui a situação era muito diferente. Quadros com cera “puxada”, colocados estrategicamente nas janelas, colectavam as abelhas invasoras. O princípio era simples e a execução melhor ainda: as abelhas atraídas pela luz exterior pousavam nos vidros passando depois para os quadros.

Ao fim do dia os quadros repletos de abelhas são transferidos para uma colmeia colocada no exterior. Outros quadros (de mel) que porventura trouxessem ovos ou larvas são igualmente colocados na mesma colmeia onde acabam por originar uma rainha.
Todos os anos conseguimos salvar quatro ou cinco colónias com este método” confidenciou-me a apicultora, caso contrário acabavam “fritas” com a descarga eléctrica…
Parece mais uma “poesia apícola”, mas tal facto remete-me para outro escrito que fiz em tempos onde comparava a legislação das melarias a uma colagem sem imaginação. Tal como o insectocutor, infelizmente, muitos são os pormenores em que a falta de sensibilidade de quem legisla compromete e até inviabiliza o melhor dos projectos.

19 setembro, 2010

16 setembro, 2010

Programa Apícola Nacional 2011 - 2013

Bruxelas, 14 de Setembro de 2010
Reforço do apoio da UE ao sector da apicultura
A Comissão aprovou hoje os programas nacionais dos 27 Estados-Membros destinados a melhorar a produção e comercialização de produtos apícolas no período de 2011-2013. A contribuição da UE para o financiamento dos programas aumentou quase 25% em relação ao período anterior (2008-2010), passando de € 26 milhões para € 32 milhões por ano.

A saúde do sector apícola constitui uma questão sensível tendo em conta o papel fundamental das abelhas na polinização. Há diversos anos que o sector regista uma taxa de mortalidade das abelhas sem precedentes. Este fenómeno não só torna difícil a situação económica dos apicultores, como representa uma ameaça para a biodiversidade.
Os programas nacionais são actualmente o único instrumento disponível para compensar parcialmente a perda de abelhas. Os Estados-Membros declararam-se satisfeitos com as vantagens concedidas por estes programas e o efeito positivo de medidas financiadas ao abrigo de programas nacionais neste sector é também largamente reconhecido pelos apicultores.
Neste contexto, a Comissão decidiu aumentar o orçamento anual global da UE atribuído ao co-financiamento dos programas nacionais para € 32 milhões por ano em 2011, 2012 e 2013, contra os € 26 milhões disponíveis no período de 2008-2010. Este aumento permitirá reforçar a eficácia dos programas e demonstrar a abordagem pró-activa da Comissão na resolução dos problemas de um sector altamente sensível.
Todos os Estados-Membros comunicaram à Comissão os seus programas nacionais nosector da apicultura. Tais programas referem-se a diferentes medidas: luta contra a varroose, racionalização da transumância, apoio aos laboratórios, repovoamento do efectivo apícola, programas de investigação aplicada e assistência técnica. Os 27 programas cumprem os requisitos para serem co-financiados.
Em anexo: Número de colmeias por Estado-Membro e financiamento anual dos programas (contribuição da UE e montante total) por ano.

Antecedentes
O regulamento que estabelece uma organização comum dos mercados1 prevê a concessão de apoio financeiro ao sector apícola. Cada Estado-Membro tem a possibilidade de apresentar, de três em três anos, um programa nacional destinado a melhorar as condições de produção e comercialização de produtos apícolas, incluindo um estudo sobre a estrutura do sector. Para o próximo período de três anos (2011-2013), todos os Estados-Membros manifestaram interesse nestes programas.

1 Regulamento (CE) n.º 1234/2007 do Conselho, de 16 de Novembro de 2007 – artigos 107.º a 109.º.

Clique na imagem para ampliar...ou não...

14 setembro, 2010

Concurso de Fotografia: "MONTEDOMEL Visita 100.000"

Já há prémios previstos, mais ainda se seguirão:

Regulamento no link da barra lateral...

12 setembro, 2010

10 setembro, 2010

Insólito!!! Abelhas na Praia…

Foi no Domingo passado, 5 de Setembro durante a tarde, quando o António Sérgio recebeu uma chamada de um amigo a alertá-lo para a presença de um enxame de abelhas na Praia Azul – Santa Cruz, onde se encontrava com a família.
Se a opção da praia para um enxame pousar não for suficientemente insólita, a escolha de um chapéu-de-Sol que já albergava uma família humana foi no mínimo incrível…

Ao que se consta, os veraneantes começaram por ficar alarmados, e até assustados com a nuvem zumbidora que se aproximava, acalmando-se depois quando as abelhas se “estabeleceram”. Muitos houve que acabaram depois por fazer fotos e vídeos da ocorrência.

Já com a presença do apicultor (António Sérgio) devidamente equipado, ou quase…, os presentes interessados acabaram por fazer as costumeiras perguntas acerca dos nossos insectos, o que resultou numa tarde inesquecível de momentos bem passados.
O enxame permaneceu na praia entre as 16 e as 19 horas, tendo sido depois transportado para o apiário do Sérgio.

Atendendo ao trabalho e esforços que fazem ao longo do ano, três horas de praia para uma abelha deve ser pouco, eu que o diga, que nem lá fui este ano. De qualquer forma e se a moda da “apicultura náutica” se mantiver, deixo já a minha proposta para o próximo Verão:

Fotografei numa feira em Montemor o Novo...

09 setembro, 2010

Formação APICULTURA - Terceira AÇORES

Clique nas imagens para ampliar...

08 setembro, 2010

SDC: Ninguém informou o ministro :-(

6 | SETEMBRO | 2010 I aponte I

O famoso cientista Albert Einstein terá dito que "se as abelhas desaparecerem, ao homem restarão apenas quatro anos de vida". Esta visão catastrofista pode não concretizar-se mas deve ser, no mínimo, razão de preocupação da humanidade, Os apicultores, até porque retiram dividendos da actividade, têm alertado através da comunicação social para o problema do «Sindroma do despovoamento de colmeias» mas «as autoridades sanitária nacional - a Direcção Geral de Veterinária (DGV) - não tem sobre o assunto feito qualquer comentário», afirmou à «aponte» Joaquim Pífano. O Ministério da Agricultura responde que «nunca nos foi reportado em concreto nenhum fenómeno desta natureza» mas que tem acompanhado e apoiado os apicultores nacionais na sua actividade.


SINDROMA DO DESPOVOAMENTO DE COLMEIAS

Apicultores perdem cerca de 50% do efectivo

Os apicultores estão a ficar desesperados com o despovoamento que as abelhas estão a fazer das suas colmeias. Uma constatação com seis anos e poucas certezas sobre as verdadeiras causas deste fenómeno. Joaquim Pífano, biólogo e director técnico da ADERAVIS -Associação para o Desenvolvimento Rural e Produções Tradicionais do Concelho de Avis, critica o Ministério da Agricultura por não tomar uma posição sobre o Sindroma do despovoamento de colmeias e deixar os apicultores à deriva: «não sabemos qual a sua posição sobre o assunto e desconhecemos a investigação que está a ser feita para saber as causas e encontrar soluções. Em Espanha o Estado está a levar este assunto a sério com diversos investigadores a estudar o fenómeno» Recentemente o jornal Público publicava um trabalho de Sara Dias Oliveira titulado «As abelhas estão a desaparecer do país e ninguém sabe porquê». Pífano clarifica, «estão a desaparecer mas temos a certeza que estão mortas, não se esconderam dentro de nenhum guarda-fato. Como morrem há uma causa, mas como não se sabe a razão diz-se que há um sindroma do despovoamento de colmeias, porque elas abandonam a colmeia e vão morrer longe». A história deste fenómeno - aliás como o blog «monte do mel» de Joaquim Pífano abordava em 2008 e citava um trabalho do jornal «Le Monde» -, terá começado na Europa e tem cerca de uns 6 anos. Um investigador espanhol que Joaquim Pífano trás à conversa, terá referido que na base do abandono das colmeias podem estar alterações climáticas que, a nível global, produziram anos muito quentes. Isto poderá ter eliminado determinado tipo de vegetação que alimenta as abelhas já no final do verão. As explicações podem ser diversas. Fala-se, entre outras razões, nos Organismos Geneticamente Modificados, no aumento da utilização dos pesticidas na agricultura e nas radiações electromagnéticas. Mas Pífano argumenta e inclina-se para uma variedade de explicações, mas dá ênfase às alterações climáticas, tendo por base a explicação do técnico espanhol: «Ora, se as abelhas não se alimentam no final do período em que estão mais activas, que dura cerca de uns trinta dias, a rainha não consegue repor as obreiras e durante o inverno -que pode durar 3 a 4 meses de inactividade no exterior - não provocou a necessário renovação das populações de abelhas. Como na época seguinte as que ficaram estão mais velhas e menos capazes», com as consequências que conhecemos.
No concelho de Fronteira, o ano passado, houve muitas colmeias completamente abandonadas paredes meias com colmeias em que este fenómeno não aconteceu. Enquanto não se encontram soluções o número de abandono de colmeias vai engrossando. O ano passado, em Portalegre, de 450 colmeias perderam-se 230. Em Avis vários apicultores perderam cerca de 50 por cento do seu efectivo.
Confrontado com estas críticas o Ministério da Agricultura esclareceu que «nunca nos foi reportado em concreto nenhum fenómeno desta natureza», sendo «a diminuição de efectivo sido sempre associada a causas naturais (incêndios, seca) ou a causas sanitárias (doenças das abelhas»>. Aliás, refere o gabinete de António Serrano, «no âmbito da apicultura, a DGV tem trabalhado sempre ao lado dos apicultores, nomeadamente organizando cursos técnicos multidisciplinares, implementando desde 2008 o Programa de Controlos Sanitários a apiários a nível nacional, e tem participado, sempre que solicitado, em várias acções de formação/ divulgação junto das Associações de Apicultores e divulga informação específica sobre "Apicultura" no respectivo portal». Alega desconhecer a existência de algum «estudo especifico realizado em território nacional sobre desaparecimento e/ou despovoamento de colmeias», mas que tem contribuído no âmbito da EFSA - European Food Safety Agency, que tem «um estudo especifico que se encontra disponível no site daquela entidade», e para a qual a DGV colaborou «nomeadamente» no que respeita às «estatísticas e aos dados relativos a Portugal». As repercussões económicas nos Estados Unidos já são significativas. Numa região onde a principal fonte de rendimento dos apicultores locais não é a venda de mel mas o aluguer das colmeias para o processo de polinização em pomares, o valor do aluguer de uma colmeia para polinização ronda agora os 120 euros, quando há uns três anos era cerca de um terço. «Os preços subiram fruto da diminuição da oferta de colmeias», refere.
Mas há outros problemas que atormentam os apicultores. Para o técnico da ADERAVIS - que reúne cerca de 120 apicultores com um universo de cerca de 6000 colmeias - a Varroase, uma das doenças que mais ataca as abelhas, «não esta controlada, ao contrário do que dizem» e critica as autoridades que homologam os medicamentos, «caros e raros e sem a eficácia desejada», mas que os apicultores são de certo modo obrigados a comprar e a utilizar. J.L.R.