18 setembro, 2008
Investigaçãozinha acessória da outra investigação...
Durante a minha incursão nos hipermercados da nossa nação, aproveitei para “matar uma série de coelhos com a mesma cajadada”... A minha namorada acompanhou-me e logo na primeira loja investiu num saco de areia para o gato, uma areia perfumada e com menos atrito ao raspar das unhas do bichano.
Logo na segunda loja a vi dirigir-se à secção de animais de estimação e colocar umas quantas latinhas e pacotes no carrinho. Entretanto eu continuava a tomar nota das marcas e preços do mel que encontrava nas prateleiras. Lembro-me de pensar que a Luísa estivesse a fazer as ditas compras com o único intuito de não sairmos de cada supermercado com as mãos a abanar, mas nem toquei no assunto.
Na terceira ou quarta loja não me consegui controlar, acabei as anotações e fui ter com ela à secção de animais de estimação. Nessa altura ela preparava-se para engordar o gato com mais uma série de mariquices: patê de caça, salmão do atlântico, vaca seleccionada, pato gourmet, salmão normal, etc... Antes de qualquer reacção passaram-me pl'a cabeça aquelas imagens da fome em África, e de quanto as pobres almas não dariam pela porcaria duns carapaus de escabeche, e o meu gato preparava-se para aquele festim digno de um rei.
Porque é que ninguém me avisa destas coisas? No meu tempo os gatos enchiam o bandulho com espinhas e outras iguarias que sobravam da nossa refeição e eram gordos e felizes! Faltou pouco para que numa tarde de extravagância eu tirasse uma cervejola fresquinha e aproveitando o frigorífico aberto ingerisse meia lata de Salmão do Atlântico, que até tinha bom aspecto.
Passei os olhos pela prateleira dos animais e nem queria acreditar, qual lojas gourmet qual carapuça, aquilo mais parecia a dispensa do Rei Henrique VIII, não faltava lá nada. Mas aí é que reside o nosso engano, até faltava e muito. A ideia ocorreu-me nesse preciso instante. Não haviam sobremesas! doces, chupa-chupas caninos, felinos ou outra idiotice qualquer.
Ainda ninguém descobriu?! ... o MEL!!! pois claro, o melhor é começarmos a explorar esse filão, docinhos de mel para mimar os nossos animais de estimação. A forma como os donos os mimam com guloseimas caras, seria uma óptima alternativa para o escoamento do mel. Ainda há os outros produtos da colmeia, geleia real para os aditivos alimentares vitamínicos e própolis para a secção de veterinária. Uma vez, há falta de melhor, dei uma colher de pólen aos peixinhos de aquário e nem correu mal de todo.
Num tempo em que a inovação é um argumento tão pesado, vamos todos usar os nossos neurónios e dar uma lufada de ar fresco à apicultura.
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2 comentários:
O mel é utilizado em veterinária, como tratamento tópico de feridas infectadas e queimaduras, e os resultados são excelentes.
É muito comum, na clinica de cães e gatos, aparecerem animais com feridas infectadas (por mordeduras, por falta de tratamento apropriado, etc).
O mel, por ter uma elevada osmolaridade e por isso uma reduzida actividade da água, quando colocado na ferida infectada limita de forma muito eficiente o crescimento bacteriano. Tem ainda a capacidade de acelerar a cicatrização.
De certeza que existirão outras aplicações a explorar!
Olá Carla,
de facto é assim, e o mel não é só um bom antibacteriano por essa razão, pois na sua constituição surge também o própolis - à base de resinas que as abelhas recolhem nalgumas espécies vegetais e cuja actividade antibiótica (e cicatrizante) o tornam também num medicamento de excelência.
O Própolis pode também ser obtido puro (separado do mel) e é muito utilizado para fins medicinais, cosméticos e até veterinários...
Joaquim Pifano
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