Gerações de estudantes asseguram atividade de apicultura na ESAV e ganham experiência prática
Iniciada pela primeira vez em 2005, a apicultura na ESAV tem tido, como todas as atividades ligadas ao setor primário, os seus altos e baixos. A ideia da prática desta atividade, surgiu por parte dos estudantes da ESAV e, desde então, o Departamento de Intervenção na Quinta da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Viseu é o responsável pela gestão do efetivo apícola e pelo seu maneio.
No passado ano letivo de 2010/2011, em Fevereiro, Fernando Baltazar, estudante do curso de Engenharia Zootécnica desde 2009 e coordenador do departamento nesse mesmo ano, depois da tomada de posse da nova Associação de Estudantes, dedicou a maior parte do seu tempo académico à recuperação das últimas duas colmeias sobreviventes no apiário. Foram efetuados os tratamentos necessários, alimentações artificiais, desdobramentos e, ainda, a colheita de uma ínfima quantidade do líquido dourado que as abelhas nos fornecem, recorrendo a pequena verba disponibilizada pela Escola e pela Associação de Estudantes, ajuda sem a qual, seria impossível a prática da atividade.
Iniciado o ano letivo de 2011/2012, e após as eleições para a eleição da nova Associação de Estudantes, na qual Fernando Baltazar voltou a ficar como coordenador do departamento de Intervenção na Quinta, este disponibilizou-se para partilhar os seus conhecimentos e experiências em apicultura com os seus colegas, estudantes dos vários cursos da ESAV.
Desde então, cerca de 10 estudantes (excluindo os que a título de curiosidade se interessam por visitar a exploração), acompanham-no nas idas ao apiário para aprender as noções básicas da apicultura e adquirirem, quase sem querer e como que numa brincadeira, uma formação prática numa produção animal diferente daquelas a que estão mais habituados a lidar.
Após a apresentação do material necessário para a prática da atividade, foram efetuadas as revisões de inverno, os tratamentos, as alimentações artificiais estimulantes, os diagnósticos de infeção de varroa nas colónias e, atualmente, encontra-se em prática a demonstração das técnicas de criação do elemento mais importante de uma colónia - a rainha -.
Num futuro próximo, será testado nos laboratórios da ESAV, integrado numa unidade curricular do Curso de Engenharia Zootécnica, um método de diagnóstico para uma doença que afeta as abelhas, a nosema.
Ate finais de Julho, estes estudantes irão ainda ter oportunidade de aprender como aumentar o número de efetivo apícola; recolher pólen e própolis; colocação? de diversas alças, efetuar a cresta e, posteriormente, como conservar e reaproveitar a cera de abelha.
Um exemplo de participação ativa dos estudantes nas atividades de uma exploração real e de como, com empenho e incentivo, se conseguem extravasar as fronteiras do ensino em sala de aula.
Fernando Baltazar
Coordenador do Departamento de intervenção na Quinta
Estudante da ESAV
08 abril, 2012
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2 comentários:
Muito bem!!! Fiquei agradavelmente surpreendida com o esforço feito para uma actividade que (penso eu) é posta de lado.
É sempre bom ver estes bons exemplos de esforço, dedicação e trabalho, que mais tarde são sempre recompensados.
Boa continuação!!
P.S. Vou partilhar este bom exemplo aqui (http://ecologicaquem.blogspot.pt)
Fique feliz por ver que aínda há quem se interesse por esta atividade.
Fica uma proposta: dar formação de apicultura a quem gostaria de iniciar esta atividade ou obter mais conhecimentos.
Não há em viseu formação nesta área.
Que tal?
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