30 julho, 2014

Avis mellífera 2014

No passado dia 26 de Julho de 2014 a ADERAVIS organizou as VII Jornadas Técnicas Apícolas Avis mellífera e pelo sétimo ano consecutivo com a casa cheia.
Mais uma vez recebemos a visita de inúmeros apicultores, técnicos e dirigentes associativos oriundos de todo o território nacional que bastante enriqueceram o evento com a sua presença e participação. Reencontramos amigos que todos os anos dizem “presente” e outros que nos visitaram pela primeira vez, fica também a saudade de outros que este ano não puderam comparecer.

Para lá do carácter técnico, científico e económico que sempre tentamos dar a estas jornadas, importa sobretudo ressalvar o espírito de festa, companheirismo e amizade que sempre culminam com a celebração da apicultura enquanto actividade tão nobre a que todos nos orgulhamos de pertencer.

09:30 horas - Concursos de Mel

Júri – Eng.º José Gardete, Eng.º Paulo Varela; Eng.º Paulo Ventura e Eng.º José Grilo

Mel de Rosmaninho

14 amostras de mel oriundas de explorações apícolas nas localidades de Montargil, Fronteira, Ponte de Sor, Tramaga, Alcórrego, Casa Branca, Avis, Pavia e Cabeção.

Lugar – José Manuel Amâncio – Fronteira
Lugar – Carolina Paraire Durão – Ponte de Sor
Lugar – Ivo Correia Marçal – Casa Branca

Mel Multifloral

17 amostras de mel oriundas de explorações apícolas nas localidades de Aldeia Velha, Santa Vitória do Ameixial, Fronteira, Figueira e Barros, Ponte de Sor, Montargil, Pavia, Cabeção e Tramaga.

Lugar – José Nunes de Oliveira – Montargil
Lugar – Paula Isabel Carreiras – Aldeia Velha
Lugar – Célia Maria Gonçalves - Fronteira

10:00 horas – Workshop
Fabrico de sabonetes com Produtos da Colmeia

Formador: Eng.ª Mónica Lopes (APFMP)

Com o acentuado desenvolvimento do sector apícola nos últimos quinze anos, com a crescente promoção e procura dos produtos da colmeia, urge procurar e desenvolver novas referências em produtos derivados do mel, do pólen, própolis, cera, etc.

Cada vez mais o consumidor procura produtos naturais, isentos de qualquer artificialismo, onde os produtos da colmeia pela forma como são obtidos e processados não deixam qualquer dúvida acerca da sua qualidade e salubridade. Nesse sentido, a ADERAVIS, procurou que este ano o workshop fosse direcionado para a manufactura de um produto de uso diário e generalizado como são os sabonetes, apostando, claro está, nos produtos da colmeia para a sua composição.

Sabendo da experiência e do saber da Eng.ª Mónica Lopes nessa área, foi-lhe entregue tal tarefa que cumpriu com todo o profissionalismo e simpatia que lhe reconhecemos e que ficou bem patente no agrado geral de quantos participaram.

12:30 horas – Almoço

Nunca o almoço das Jornadas tinha sido notícia, mas este ano resolvemos fazê-lo de uma forma organizada de modo a que todos pudessem confraternizar à mesa.
Pelo sucesso da iniciativa podemos dizer que será mais uma “moda” a repetir nos anos vindouros, ficam os parabéns ao Restaurante Clube Náutico pelo excelente serviço que prestou às dezenas de apicultores aí presentes.

14:30 horas – Homenagens da ADERAVIS

Á semelhança do ano passado, a ADERAVIS continuou com as homenagens a pessoas e ou instituições cujo trabalho e acções se têm reflectido muito positivamente no desenvolvimento do mundo rural e da apicultura.
Pessoas que foram muito para lá das suas obrigações profissionais e de uma forma abnegada contribuíram para promover, ajudar e engrandecer um sector cujas carências todos conhecemos.
Este ano os homenageados foram:

Dr.ª Helena Cosinha (DRAAL)
Dr. José Calhau (DRAAL)
Leonor Fernandes (DRAAL)
João Vieira (CNA)
António Ferraria (CNA)
Eng.º Paulo Varela (Montemormel)

15:00 horas – Colóquio

Moderador: Eng.º José Gardete

Associações MultifuncionaisEng.º António Marques – FRUTERCOOP – Ilha Terceira – Açores.

A história e a evolução da apicultura na Ilha Terceira – Açores, e o importante contributo da FRUTERCOOP nesse processo. As dificuldades inerentes a uma organização de apicultores em território insular e os esforços levados a cabo para levar a bom porto os inúmeros produtos dos seus associados, não só no sector apícola como também na fruticultura, horticultura e floricultura.
Um verdadeiro caso de sucesso agrícola, associativo e comercial cujo resultado do seu labor tem culminado nas inúmeras exportações para diversos pontos do planeta.

Seguros para a ApiculturaDr.ª Teresa Lago – Corretora F. Rego – MAPFRE Seguros

Uma novidade surgida no início deste ano e que há muito fazia parte das principais reivindicações e anseios dos apicultores, uma vasta gama de produtos que poderão fazer face a inúmeros riscos que sempre afectaram as explorações apícolas.
Algumas reservas relativamente aos custos, mas que serão atenuados logo que haja suficiente número de subscritores à semelhança do que já se passa noutros países europeus, segundo nos disse a responsável.

Ácido Fórmico e Cítrico contra a VarrooseEng.º Afonso Silva – COOP TERRA CHÃ

Uma solução muito doméstica, dir-se-ia mesmo culinária, para um dos maiores problemas da apicultura e que segundo a experiência do Eng.º Afonso Silva tem controlado a varroose nas explorações apícolas dos cooperantes da Terra Chã.
Há muito que sentíamos falta destas inovações revolucionárias que enfrentando interesses instalados trazem novas luzes sobre problemas que julgamos imutáveis e até tabu.
Muito interessante também na perspectiva económica, pois limões encontramo-los em todo o lado a baixo custo.

A Apicultura pós Projectos PRODEREng.º Paulo Ventura – APISVENTURA

Uma apreciação do sector apícola após os projectos PRODER, nada melhor que quem passou pela experiência para nos alertar para “as letras pequeninas” que quase sempre nos escapam neste género de compromissos.
A almejada ajuda de muitos milhares de euros a fundo perdido pode toldar-nos a vista para as armadilhas anexas a estes projectos…
Fica o pedido do Eng.º Paulo Ventura para a responsabilização dos gabinetes que executam os projectos que devem informar os beneficiários ou candidatos não apenas dos benefícios mas também dos deveres a que se comprometem no acto da candidatura.

18:00 horas – Entrega dos prémios dos Concursos de Mel

18:30 horas – Encerramento das VII Jornadas Técnicas Apícolas – Avis mellífera

Agradecimentos ao Município de Avis e Juntas de Freguesia do Concelho de Avis, pelo apoio disponibilizado, sem o qual as jornadas não poderiam ter sido realizadas.

Agradecimentos também à MONTEMORMEL, à FRUTERCOOP, à COOP TERRA CHÃ, à Corretora F. Rego / MAPFRE Seguros, à APISVENTURA e à Associação de Produtores Florestais de Montemuro e Paiva, pela disponibilidade dos técnicos, formadores e oradores que tanto contribuíram para o sucesso destas jornadas.

Obrigado a todos os participantes nas Jornadas de Apicultura que todos os anos nos trazem e partilham novas experiências, novos conhecimentos e muita amizade!!!

5 comentários:

Anónimo disse...

Estas Jornadas são, desde sempre, uma referência dentro do panorama apícola nacional.
Já estamos à espera das do próximo ano...
A não perder.

Abelhasah.

Paulo Pereira disse...

ola caro amigo
e pena o Eng.º Afonso Silva não tem contado mais detalhes como controla a varoa com o acido formico e o limão.
as quantidades, e como se aplica.
caro amigo se souber mais algum detalhe partilhe connosco. comprimentos
Paulo Pereira

Alien disse...

Olá Paulo Pereira,

O Eng.º Afonso Silva durante a sua comunicação nas Jornadas de Apicultura referiu todo o processo de tratamento com o ácido cítrico. Vamos aguardar que ele publique mais matéria sobre tal assunto no seu blog: Abelhas do Agreste

Abraço
Joaquim Pifano

Francisco da silva disse...

Hoje vi num parque público, numa zona rural perto de Fafe, uma pequena colmeia num carvalho centenário, com vespas de perto de 3 cm de tamanho. Eu e os meus filhos estavamos subidos a árvore. Não nos fizeram nada.
Agora ao pesquisar, penso que deve ser uma vespa crabro pois não era preta como a velutina.
Que me aconselhas fazer?

Alien disse...

Olá Francisco da Silva,

A Vespa crabro faz parte da entomofauna portuguesa, encontrando-se por isso em equilíbrio com os restantes seres vivos. O que significa que o seu abate não trará qualquer benefício, antes pelo contrário.
Uma vez que à partida não está a constituir riscos para ninguém e estamos numa data em que dentro de 2 ou 3 semanas essa colónia se irá desorganizar (apenas sobrevivem as fêmeas férteis que irão hibernar longe daí) mais vale não fazer nada.

Um abraço
Joaquim Pifano