03 agosto, 2010

MACMEL: Eficácia dos acaricidas contra a Varroose

No passado fim de semana de 17 de Julho lá nos fizemos à estrada para percorrer os trezentos e noventa e tal quilómetros que separam o Monte do Mel de Macedo de Cavaleiros. Um calor abrasador e centenas de quilómetros de estrada em obras, valeu o facto do governo ainda não ter chegado a um acordo sobre as portagens nas SCUT’s …
O que valeu ainda mais foi o facto de termos a simpática família Rogão à espera, entre muitos outros amigos.

Tenho visitado centenas ou mesmo milhares de apiários, mas nunca tinha estado num onde havia quase mais apicultores que abelhas. Não é que as colmeias estivessem fracas, muito pelo contrário, o facto é que os participantes eram imensos: 130 apicultores de todo o país que acorreram a mais uma formação promovida pela MACMEL.

Não era para menos, o que estava em jogo nesse dia interessava a todo o sector apícola: testes de eficácia de produtos acaricidas para combate à Varroose, além da aplicação correcta dos mesmos e o uso de estrados sanitários. Segundo as palavras da própria organização: “a sede de informação e conhecimentos acerca deste assunto é tanta que veio gente de todo o país participar (…) iniciativas que deviam ter origem nos serviços oficiais, nomeadamente na Direcção Geral de Veterinária…”

Desta feita foram preparadas antecipadamente as colmeias a testar com:
Bayvarol
Thymovar
Apistan
Apivar
Hive Clean
Timol em Placas
Acadrex
Klartan
Ácido Fórmico

Os resultados: maior mortalidade de Varroas provocada pelo Bayvarol. Já os piores resultados ocorreram nas colmeias onde se usaram os medicamentos à base de Timol, nomeadamente o Apiguard e o Thymovar. Referimo-nos às condições de Mirandela.

O método passou por contar o número de ácaros de Varroa destructor em cada estrado sanitário, mortas pelas diferentes formulações testadas, duas colmeias para cada medicamento: com e sem estrado sanitário.


Foi precisamente enquanto o Francisco Rogão fazia os testes de contagem de varroas, para sabermos a infecção inicial de cada colónia, que me apercebi da agitação entre os apicultores presentes e de determinado burburinho que sobressaía do habitual zumbido das abelhas:
Um representante da Direcção Geral de Veterinária, não inscrito nem esperado no evento, surgiu no local da formação com instruções para boicotar os testes com produtos não homologados. A sua presença foi “notoriamente” discreta, apesar do equipamento amarelo que contrastava com os restantes cento e tal brancos.
Fui inclusivamente abordado por um dirigente associativo da região Norte que fez questão que se publicasse o seguinte: “O que se está aqui a fazer hoje é deveras importante para a apicultura nacional, estamos a tentar salvar as abelhas dos produtos homologados sem eficácia e os serviços oficiais aparecem para impedir esse trabalho, quando deviam ser eles próprios a organizar tais iniciativas

É minha opinião que não deviam ser comercializados nem utilizados quaisquer produtos clandestinos, por razões que de óbvias nem vale a pena adiantar muito mais. Mas quando ouvimos um dirigente associativo, de uma entidade cuja idoneidade é do conhecimento geral afirmar que “…estamos a tentar salvar a apicultura nacional dos produtos homologados sem eficácia (acaricidas para a apicultura)”, é porque algo de grave se está a passar.

Desde há uns bons anos a esta parte que a eficácia dos acaricidas é um assunto pertinente e polémico, sem que no entanto se tenha chegado a alguma conclusão, pelo menos que indique para cada região qual o produto mais eficaz. Pese embora o facto de o Programa Apícola Nacional continuar a gastar uma boa fatia do seu orçamento em medicamentos, na ausência de resposta para esta questão…
Aparte o referido incidente, a formação encheu as medidas a todos os participantes, e divertimo-nos como só se divertem mais de cem apicultores em simultâneo num apiário.

Continuando a sessão:
Os testes de contagem de varroas, nomeadamente da aferição do grau de infecção inicial antes da aplicação do medicamento tornam-se bastante mais fáceis, rápidos e expeditos de executar quando se recorre a um sistema de filtros que permitam separar as abelhas das varroas e assim facilitar as contagens:

Ver: http://montedomel.blogspot.com/2008/08/diagnstico-da-varroose.html

Seguiu-se o almoço convívio onde os apicultores presentes tiveram oportunidade de degustar a excelente gastronomia transmontana e sobretudo dar largas à muito nossa vontade-de-falar-de-abelhas. Tanto que desta vez não ouvi ninguém queixar-se da falta de tempo para a conversa informal e a tertúlia apícola.

Depois do almoço, o Colóquio onde se debateram os temas destacados ao longo da manhã. Sem qualquer surpresa o tema que reuniu mais (des)créditos foi mesmo a inesperada visita da DGV…
Mais uma vez vieram à baila perguntas inconvenientes como: porque razão os produtos veterinários para a apicultura (e não só) são muito mais baratos em Espanha que em Portugal? Porque razão produtos homologados em Espanha são considerados clandestinos em Portugal, estando ambos ao países na Comunidade Europeia?
Porque razão as ajudas ao sector apícola necessitam obrigatoriamente de um comprovativo (factura de aquisição dos medicamentos homologados) quando na maioria dos sectores ligados à agricultura tal não se verifica?

A minha conclusão:

Nobody expects the portuguese Direcção Geral de Veterinária…

Entre 1999 e 2010 já tive a meu cargo quer do ponto de vista técnico como de direcção, três associações de apicultores. Período em que não poucas vezes tive de recorrer aos serviços da Direcção Geral de Veterinária enquanto autoridade sanitária nacional para a apicultura.

Assuntos como a própria sanidade apícola directa; entrada descontrolada de colmeias estrangeiras violando todas as regras do ordenamento e que colocavam em risco explorações nacionais registadas; unidades primárias de produção… etc…, motivos mais que justificados em que era necessária a ajuda e presença dos técnicos da DGV, e por isso os convocamos. Nada, contam-se pelos dedos de uma mão (e sobram dedos) as vezes em que os pedidos foram atendidos e os técnicos compareceram.
A última vez, aquando da realização do Avis mellifera 2008, em cujo colóquio era suposto haver uma comunicação sobre o Registo de Unidades Primárias de Produção, solicitamos a presença de um técnico para o efeito e com meses de antecedência. À falta de resposta enviamos um fax e fizemos vários telefonemas para saber o que se passava. Recebi uma lacónica chamada para o telemóvel na tarde da véspera das referidas jornadas, a informar que não havia nenhum técnico disponível…

Face ao exposto e na tensão gerada pela chegada da técnica da DGV de Trás os Montes ao local da formação promovida pela MACMEL, só me ocorreu um famoso sketch humorístico protagonizado pela Monty Python's na conhecida série The Flying Circus: onde se celebrizou a expressão “nobody expects the spanish inquisition”…



Cortesia You Tube e Ricardo Pinto

Agora (infelizmente) muito a sério

Não querendo de modo algum apontar o dedo à funcionária da DGV que esteve presente no local, cuja simpatia, discrição, sentido de responsabilidade e profissionalismo foram notados pelos presentes. Quero no entanto deixar uma história, que “peca” por… ser verdadeira e muito recente:
Há poucos anos atrás, ainda havia agricultura e agricultores no Alentejo, numa determinada acção de fiscalização do Ministério da Agricultura (já não me recordo a que sector), um técnico agrícola e meu amigo, chamou a atenção aos referidos fiscais. Que tivessem cuidado, apesar de apenas obedecerem a ordens, que os agricultores em causa tinham outras fontes de rendimento, onde apesar dos magros lucros conseguiam e podiam sobreviver noutra ocupação, enquanto que eles dependiam de facto da “existência” da agricultura.
Não tardaram muitos meses para que a lei dos disponíveis na função pública fizesse as primeiras vítimas: centenas de funcionários do Ministério da Agricultura que por magia da legislação foram tornados obsoletos e como tal dispensáveis. Não era para mais, as pequenas, médias e até grandes explorações agrícolas abandonaram a actividade.
Hoje, quem circule pelo país, verá sem dúvida que a maior parte dos campos estão abandonados, pousios eternos, zonas rurais despovoadas e a triste proliferação de incêndios, mercê dos pastos e matos que cobrem os terrenos incultos.
O técnico agrícola meu amigo encontrou dois desses funcionários do MADRP sentados num banco de jardim, tinham agora o estatuto de “disponíveis da função pública”. Teve no entanto o pudor de não os recordar de uma conversa que eles decerto ainda lembravam.

A apicultura, enquanto parte do tecido económico nacional e há semelhança de todos os outros sectores, é muito necessária à economia nacional, tal como ao ambiente e à sociedade. Para que continue a desenvolver-se e a contribuir para o bem estar geral é necessária a participação de todas as entidades e sectores com ela relacionados.
Precisamos da Direcção Geral de Veterinária para levar os nossos objectivos a bom porto, à qual damos obviamente as boas vindas quando regressar!
Para finalizar, e agora como nas histórias do Asterix, tudo acabou em festa:

Mais uma vez os parabéns à família Rogão pelo excelente acolhimento e simpatia que nos proporcionaram.

20 comentários:

AnaPCarvalho disse...

Excelente filme! divertido e com muito para pensar!

Mário disse...

Bem... este Portugal é mesmo Português...

Unknown disse...

Um excelente blogue que venho seguindo já à algum tempo, sou um pequeno apicultor da ilha da Madeira que que se dedica à apicultura apenas como hobbie.
Tenho uma pergunta a lhe fazer: esse produto que testaram, o "Hive Clean", é eficaz ?
Agradeço desde já pela atenção.
J.Gomes

Anónimo disse...

Amigos !
Felizmente que já estou reformado da DGV aqui no Algarve,
Consegui e ainda atempo, de sacar uma magra reforma, a qual ao fim de 42 anos de descontos se resumiu a metade do que deveria receber por completo. Não tenho culpa de ainda não ser velho; "bem feito" !
Sobre o que aqui foi relatado, concordo plenamente, pois aos olhos dA DGV, quem luta pelo que é seu, é criminoso e é penalizado com coimas duras; quem muito se abaixa, é um excelente colaborador e frequentemente é visitado e apontado como exemplo a seguir.
Fiscalização a sério para os transgressores não existe e só os amigos é que se "safam".
Pagam os "mansos sempre as favas", pois os pequenos é que sustentam parte do orçamento de diversos organismos estatais, pois não têm possibilidades monetárias e conhecimentos para se defenderem; falta-lhes o "pilim" para pagar a "tal justiça". . .
Apiários ilegais e apicultores "não registados não existem"; ( pudera! só dão chatices e trabalho) e assim não são aceites reclamações nem se sai do serviço para procurar os transgressores.
Só se dá ouvidos a amigos e compadres quando fazem denúncias porque as abelhas lhes sujam as paredes com o pólen que deixam cair.
Qualquer produto para tratamentos tem um secretismo e regras infindáveis; "palelada a montes" e os nossos animais a serem tratados com produtos inúteis.
As grandes empresas "dos amigos" é que têm produtos de qualidade que engordam as varroas e outras doenças.
Foi por estas e por outras qu "cavei" de lá da DGV. Era insuportável aguentar o dia a dia, as injustiças e compadrio existentes.No que diz respeito a Legislação, o que era verdade hoje amanhã já não o era e perante tanta alteração, os criadores não faziam mais nada senão andarem com papelada a reboque.
Até dava pena ver os agricultores a criadores já velhotes, a passarem dias à espera de resolver problemas do parcelário para poderem legalizar de novo o que anteriormente já estava legal; a este local, batizei-o de " centro de dia ".
Amigos ! finalmente cá estou eu quse livre como um passarinho ( quase, porque a patroa ainda dorme comigo . . . ) e cada vez que me lembro que já estou fora e sem problemas de consciência, exclamo para os meus botões e fechos eclairs - Já me vi livre daquela "moenga".

Um abraço a todos

Chumbinho

Alien disse...

Olá João Gomes,

Segundo os comentários que ouvi no local acerca do Hive Clean, que não é um medicamento (apesar da actividade acaricida contra a Varroa) aparenta ser eficaz...

Vamos no entanto aguardar pela opinião de quem está mais habituado a lidar com tal produto.

Muito obrigado e um abraço,

Joaquim Pifano

Anónimo disse...

Estimado João Gomes

Eu podia responder aqui e dizer os relatos de alguns apicultores que o utilizam á algum tempo.
Mas isso é crime e não possso cometer essa barbaridade de dizer o que se passa com alguns produtos, mas brevemente vou falar publicamente sobre produtos dos quais se pode falar e terei todo o gosto em te esclarecer a ti e mais alguns que assim o desejem.
Enquanto isso e depois de ler o que escreveu o Sr Chumbinho acho que também vou ir para a ilha.

Francisco Rogão

Unknown disse...

Obrigado desde já pelas respostas.
Já li também parece ser mais um "repelente".
Vou tentar arranjar/comprar online e experimentar quando detectar sinais de varroa vou fazer o tratamento num enxame isolado e ver os resultados.
Já agora alguém sabe onde posso adquirir ?

Cumprimentos
João Gomes

Anónimo disse...

Amigo joão envie um email para

francisco@macmel.net

Mário disse...

Amigo Pífano
É por essas e por outras, que cada vez mais dá vontade de entrar na clandestinidade, as pessoas a quererem fazer o bem, é tem de haver sempre ("ratazanas") a querer o mal, dá vontade de arranjar um terreno, mura-lo bem alto para ninguém ver, e meter as colmeias debaixo de árvores para que nem mesmo as imagens de satélite nos denunciem, dá vontade do secretismo, dá vontade de organizar uma Maçonaria, em vez de uma melaria, dá vontade de expandir o apiario e manter nos relatos a meia-dúzia de colmeias sempre da mesma foto, mas de ângulos diferentes, só para não enjoar da mesma imagem.
Sem apoios não vamos lá, quem nos devia apoiar, prejudica-nos, somos condenados por dizer a verdade e por "Ás claras" tentarmos fazer o trabalho que não é feito por quem devia, são organismos a mais, e tudo a mamar do mesmo, pois por mim, e para não dizer asneiras, que "lambam o fundo do frasco" (se tiverem língua para lá chegar).
De resto, sempre com a mesma pena de não ter podido participar, um evento dessa dimensão, com gente interessada nos resultados de produtos do combate a maleitas e bem estar das abelhas, só demonstra que temos apicultores nacionais interessados em saber o que está bem e o que está mal, contudo tem gente interessada em manter o que está mal, e mal continuará.
Abraço
Ferradela

octávio disse...

Eu estive em Macedo de Cavaleiros. Há palavras que valem por mil imagens!

Parabéns ao mentor do texto. Parabéns aos interlocutores neste pequeno debate.

“O que se está aqui a fazer hoje é deveras importante para a apicultura nacional, estamos a tentar salvar as abelhas dos produtos homologados e os serviços oficiais aparecem para impedir esse trabalho, quando deviam ser eles próprios a organizar tais iniciativas”

É uma citação de um Dirigente Associativo num excelente texto do Mestre Pífano, que insisto em citar.

Na verdade, um comerciante, que pela lógica das regras do mercado o que quer é vender. Neste caso, uma empresa denominada de MACMEL, indo ao encontro do desespero e da ansiedade, a cada mês que passa, dos apicultores, decidiu promover uma formação para tentar aclarar a eficácia dos “medicamentos”, num determinado local e numas determinadas condições atmosféricas e ambientais.

Este comerciante, tentou assim, substituir-se ao marasmo, inércia e desleixo de uma DGV e ao marasmo, inércia, desleixo e fuga às suas responsabilidades de uma FNAP, que teima, na prática, em não estar ao lado dos Apicultores.

O desespero é tanto que, em época de elevado trabalho apícola, fez deslocar 130 apicultores à procura de um esclarecimento amplo sobre os produtos a aplicar no combate a tão tenebrosa “peste”; a varroa.

Mas, mais uma vez se demonstrou as fragilidades das instituições governamentais deste país, que notoriamente são geridas por cedências a lobbies de elevados interesses económicos.

Com efeito, como relatou o Mestre Pífano, para fazer deslocar um responsável da DGV a AVIZ, foram precisos meses de pedidos prévios, sem qualquer resultado. Em Macedo, apareceu uma técnica da DGV de Bragança, obviamente “mandada” por Lisboa, a um dia de descanso, Sábado, com os inerentes custos de pagamento de trabalho suplementar e despesas de deslocação, numa altura dita de contenção de despesas.

A intenção do Mestre Francisco Rogão fez tremer alguém, que se moveu de imediato no lodo do meio das influências com o intuito de evitar que os apicultores, presentes em largo número, se organizassem nas medidas a adoptar em relação a determinado, ou determinados tratamentos. Importava agir de imediato, se possível CALAR.

O Sr. Chumbinho, já nos esclareceu sobre a DGV que temos, aliás sobre as atitudes das pessoas que por esse país ocupam lugares de decisão.

Importa, todos, analisarmos estes flagrantes dados e, reflectirmos sobre se queremos continuar nesta situação dramática ou, se vamos exigir responsabilidades em tomadas de posição eficientes e eficazes.

Se o Estado nos impõe tratamentos originários de outros climas e condições que não têm dado a eficácia neles anunciada;

Se o Estado nos impõe tratamentos homologados não coincidentes com os outros países da União Europeia;

Se o Estado nos impõe tratamentos que não são devidamente testados, por órgãos, técnicos, responsáveis e competentes, nas várias regiões do país;

Então ao impor, terá que assumir a responsabilização enquanto pessoa de bem e assumir indemnizações de danos causados por uma má conduta – insista-se IMPOSTA - nas medidas profilácticas na APICULTURA.

Sendo assim, urge unirmo-nos e actuarmos e se as instituições não funcionarem, nomeadamente as Associações e a FNAP, então deveremos usar os tratamentos, homologados ou não, para corrermos com estes ácaros que assumiram os lugares de decisão.

Um Abraço,

Mário disse...

Octavio, essa corga de mitras julga que está a lidar com os antigos apicultores que muitos nem escrever sabiam, agora nestes tempos a musica é outra, cada vez mais jovens e cada vez mais cultos, com estudos e capacidades logísticas e monetárias que antes eram impraticáveis.

octávio disse...

Mário

Completamente de acordo.

Agora! Cumpre-me, também, assumir a minha quota-parte da responsabilidade; que sejamos, também, nós a fazermos algo, por, esta e por aquela gerações. Porque na memória daqueles estão as memórias dos nossos entes queridos, que na década de 1980 ficaram com os apiários dizimados e nós, no milénio seguinte, continuamos a ser "entretidos".

Porque havemos de suportar isto?

Devemos algo a alguém?

Vamos continuar a pactuar com "Corporações de interesses"?

É certo que a - união faz a força - mas é preciso que ela exista.

Um Abraço,

Anónimo disse...

Buenas noches Soy un ángel apicultor

Después de ver estos comentarios me da pena lo que está sucediendo en la apicultura en Portugal.
La union es la única manera de tratar con grandes grupos de interés Nosotros nos habemos organizado in grandes cooperativas y hablamos con una sola voz.
La mejor manera es hablar sin miedo y siempre en unión.
Su temor es la hiveclean, en España, tiene que hacer un tratamiento con producto del pan lo otro con lo que quieras en función del que hay en el mercado.
El importador ha enviado un correo electrónico a todos los apicultores y cooperativas las autoridades están más bien preocupados con los problemas de las abejas y no con los apicultores.

Dejo el correo que la compañía cuevas envió a todos los apicultores y cooperativas

Me pongo en contacto con ustedes desde Artesanos de Cuevas S.L. somos una empresa de producción y comercialización de miel.

Así mismo nos dedicamos a la formación de apicultores.

Teniendo en cuenta la alta mortalidad de colmenas en todo el mundo, hemos realizado varios estudios y hemos encontrado varias opciones de lucha contra la varroa alternativas, que junto a un buen tratamiento nos puede reducir esa mortalidad.

Se hicieron cantidad de controles de eficacia de tratamientos contra la varroa a través de una ADSG (Asoc. de defensa sanitaria ganadera), y consideramos que el mejor tratamiento dado a sus resultado es el Beevital - Hive Clean.

Cabe destacar que además es compatible con la apicultura ecológica ya que no deja ningún tipo de residuos y está compuesto en su totalidad de ingredientes naturales, es fácil de aplicar, muy efectivo y económico.

Asimismo organizamos charlas de varroa para asociaciones y grupos de apicultores y de este modo aprovechamos para dar a conocer el producto.

Si están interesados les podríamos enviar información más detallada sobre el producto, forma de empleo, etc…

Um saludo

Angel

Anónimo disse...

Ora aqui está o produto é melhor que sejam os Espanhois a vender do que os Portuguêses, eles não dormem.

Como sempre os Portuguêses não vendem mas nunca calha mal a 2 os nossos vizinhos agradecem.

Eu sou apicultor da zona da Fronteira e posso garantir que é um vai vem de Portuguêses a ir a Espanha ás compras de produtos que são proíbidos cá que até assusta e lá estão nas prateleiras á vista de todos e as nossas autoridades só estão a ajudar essa gente e acho bem eles também tem que se governar. Pois a unica coisa que se consegue é fazer com que estejamos mais dependentes deles.

octávio disse...

Amigo!

Mas com esses, os Srs. Engenheiros da DGV não têm "ordes" para actuar.

O factor medo funciona mais dentro de portas; é onde o lodo se movimenta melhor e não há quem lhes faça frente. Como dizia o outro "...quem se mete com...leva."

Isto é uma espécie de violência doméstica....que se pretende actuar em "surdina" e, novamente parafraseando é o "ou tás quetinho ou levas no focinho".

Vitor disse...

Vítor Roque.
grande filme, está em conformidade com o exposto.
Os interesses particulares sobrepõe-se aos das respectivas comunidades.
Um abraço.
vmaroque@gmail.com

Anónimo disse...

Ola

li com atenção todos os comentarios, e não fiquei surpreendido!
surpresaseria ter lido que a dga tinha feito algo de positivo...
Pela minha experiencia são uns meros parasitas (nem todos felizmente) ha uns anos fizeram uma visita e "coimaram" um velhote com 87 anos, 70 tratando de abelhas, em mais de 500€, o meu amigo puxou fogo aos cortiços, chorou que nem uma criança durante 2 dias, fez um enfarte passados 4 dias e ao 5 tava enterrado... viva a dga

Alien disse...

Infelizmente, boa parte dessas instituições têm um carácter meramente punitivo, quando a componente formativa faria muito mais sentido.
Pior ainda quando essas instituições são financiadas com o dinheiro dos nossos impostos, e multas...
Lamento bastante por esse apicultor, conheço casos semelhantes com agricultores.

Eco-Escolas disse...

Ainda bem que (“AINDA”) não temos Varroa e não temos de lidar com essa tal DGV. Pelos comentários que li hoje e pelo que tenho ouvido ao longo dos anos, nos vários Fóruns e outros encontros de apicultores, aquilo é mesmo MUTO MAU. Mas será que querem mesmo que a coisa não funcione ou é mesmo incompetência e/ou ignorância (?).
O nosso problema nos Açores até há cerca de uns anos atrás era evitar a inevitável entrada do “bicho-papão”. Até que entrou, segundo reza a história, vindo do Oeste - Canadá. Começou pela ilha do Pico e depois, como seria de esperar chegou ao Faial (a distância entre as duas é de apenas 8 km). Era de esperar, porque numa Feira de Mel realizada em 2008 no Faial, um apicultor do Pico levou abelhas para o Faial e todos sabiam disso à excepção das entidades oficiais(?) Desta forma tudo é possível.
O mesmo “bicho-papão” também chegou às Flores da mesma forma que chegou ao Pico (?), pensamos nós, porque nunca as Associações foram oficialmente informadas de como tudo aconteceu. Nos Açores quem tem por missão a execução e avaliação das políticas sanitárias veterinárias, de protecção animal e de saúde pública e animal, é a Direcção Regional de Veterinária que segue os passos da DGV, pelo menos em termos de “papelada”.
Não me admiram nada as angústias relatadas nos comentários – por vezes já em desespero - dos nossos amigos e colegas apicultores deste país. Vou tentar fazer uma analogia com o que vos acontece mas uma escala menor envolvendo os mesmos (ou parentes muito próximos) intervenientes.
No passado mês de Fevereiro a Prof. Alice Pinto do IPB solicitou à Fruter cola-boração na recolha de amostras de abelhas para o projecto proposto pela FNAP –"PADRÕES GEOGRÁFICOS DE DIVERSIDADE GENÉTICA DA ABELHA MELÍFERA EM POR-TUGAL (CONTINENTE E ILHAS): A HISTÓRIA CONTADA PELO ADN MITOCONDRIAL", iniciado em Setembro de 2009. A Fruter disponibilizou-se de imediato a colaborar, não só recolhendo amostras da Ilha Terceira, mas também contactando todos os Serviços de Desenvolvimento Agrário de cada ilha e duas associações (Flor do Incenso e Caser-mel), no sentido de estes enviarem as amostras para a Fruter e esta reencaminhá-las para o Laboratório de Bragança. Passados pouco mais de 15 dias recebemos as amos-tras da Cooperativa Flor de Incenso da Ilha do Pico que reencaminhámos de imediato para Bragança. Depois aconteceu o inesperado: estávamos em Junho (3 meses após termos contactado com os Serviço Oficiais de cada ilha) e nem uma resposta ou escla-recimento por parte das entidades oficiais, nem uma abelha. Enviamos novo ofício a demonstrar a nossa indignação perante esta indiferença a um projecto de dimensão nacional e de grande interesse científico. Na mesma altura foi enviado um Fax de Bra-gança dirigido ao Director Regional dos Serviços de Veterinária. Até hoje ainda espe-ramos por uma resposta ou esclarecimento por parte dos Serviços Oficiais que não permitiram a representatividade de toda a Região neste projecto, não contribuindo assim para o desenvolvimento e conhecimento da apicultura.
Para mim esta situação é muito semelhante à que aconteceu em Macedo de Cavaleiros e protagonizada pelos mesmos figurantes. Em Macedo aparece alguém da DGV para boicotar algo de importante e inovador que se estava a fazer em prol do desenvolvimento da Apicultura em Portugal. Nos Açores, o que acontece é muito pior: para além do boicote, o desprezo pelo conhecimento e uma desconsideração total pela FNAP e pelo Coordenador Científico do Projecto, a Prof. Doutora Alice Pinto.

António Marques

Mel Fonte Nova disse...

amigo Pifano todos estes comentários em nada me espanta , mas estes compadrios tambem se passam dentro de algumas associações de apicultores do nosso país , estou decerto de que já escutou ou assistiu a situações menos claras .
Em relação á D.G.V não devem ter funcionários que cheguem para fazer andar o serviço pois o meu pedido de licenciamento da minha melaria foi entregue ,ou melhor foi enviado pela associação da qual sou sócio A.A.R. LEIRIA e até hoje estou á espera que me digam se a melaria está legal ou não , mas como os técnicos da associação me dizem que está tudo bem OK por mim pode estar indefinidamente á espera do papel desde que as minhas abelhas produzam mel e eu o venda tá tudo bem .
um abraço

MELFONTENOVA