22/06/2010
O projecto lançado esta terça-feira pelo Governo britânico tem o intuito de apurar os motivos que têm levado ao desaparecimento gradual de abelhas e outros insectos polinizadores no país, para evitar uma crise alimentar num futuro próximo.
O desaparecimento dos insectos polinizadores é, mais do que uma questão de preservação da biodiversidade, um problema de segurança alimentar. As abelhas, por exemplo, polinizam e fertilizam plantas que nos oferecem alimento e esse processo funciona como garante de qualidade de frutos e legumes.
Tendo isto em consideração, o facto de as abelhas estarem a desaparecer a um ritmo muito mais elevado no Reino Unido do que no restante território europeu constitui um grave alerta para as autoridades britânicas.
O programa "Insect Pollinator Initiative", que representa um investimento na ordem dos 11 milhões de euros, vem responder ao problema, ao abranger nove projectos de investigação a serem desenvolvidos por universidades e equipas científicas.
"A Humanidade depende da acção gratuita dos polinizadores selvagens como as abelhas, traças, moscas-das-flores. Contudo, mais de 250 espécies de insectos polinizadores encontram-se em declínio e sob ameaça; os animais que polinizaram os alimentos dos nossos antecessores estão em vias de extinção e aqueles que poderiam vir a polinizar os alimentos dos nossos descendentes podem nem sobreviver", sublinha Matt Shardlow, presidente da associação para a preservação dos insectos Buglife, em declarações ao jornal Telegraph.
O ministro do Ambiente britânico, Lord Henley, refere que os projectos são mais do que meras ferramentas para determinar as causas do desaparecimento dos insectos; o que se pretende é que as investigações possam revelar novos métodos de estimular o crescimento das populações de animais polinizadores.
06/09/2010
Canadiano descobre 19 novas espécies de abelhas
[Fotografia: Jason Gibbs/York University]
Um estudante de doutoramento no Canadá, Jason Biggs, descobriu 19 novas espécies de abelhas na baixa de Toronto. O biólogo de 30 anos descreveu 84 espécies de abelhas, onde incluiu as descobertas feitas pelo próprio.
O trabalho ajudará os especialistas a compreender melhor a diversidade das abelhas e a evolução do seu comportamento social.
As espécies agora descritas são extremamente difíceis de distinguir pois morfologicamente são semelhantes. "É importante identificá-las porque, se não conhecemos as abelhas que temos, não conseguimos saber as que estão a desaparecer", resume Gibbs.
Algumas das descobertas eram feitas no caminho para o laboratório, onde ia recolhendo espécimes. Depois levava as ao laboratório onde analisava o ADN.
Existem 19.500 espécies de abelhas no mundo, 900 das quais podem ser encontradas no Canada. Abelhas de mel existem apenas 9 espécies, de acordo com Jason Biggs em declarações a um jornal local.
09/10/2010
EUA: descoberta causa de morte das abelhas
Cientistas da Universidade de Montana, nos Estados Unidos, realizaram estudo no qual apontam que a combinação de um determinado fungo com uma bactéria é responsável pelo desaparecimento das abelhas polinizadoras e produtoras de mel. O estudo foi publicado no jornal cientifico PloS One e divulgado em vários meios de comunicação dos EUA.
Nos últimos quatro anos, 20 a 40 por cento das colónias de abelhas nos EUA têm desaparecido. Um fenómeno registado noutros países europeus, como por exemplo o Reino Unido. Em Junho, o governo britânico destinou 11 milhões de euros para descobrir a causa deste desaparecimento.
Até ao momento, suspeitava-se que a morte das abelhas estaria relacionada com o uso de pesticidas ou com a plantação de comida geneticamente modificada. Mas agora, nesta rara parceria entre investigadores da universidade e cientistas do exército, conseguiu-se finalmente identificar as verdadeiras causas.
O estudo descobriu que em todas as colónias de abelhas atingidas pelo "flagelo" estavam presentes um fungo e uma bactéria que, em conjunto, são fatais para os pequenos insectos.
Ainda não se sabe ao certo de que modo conjunção bactéria-virús provoca a morte das abelhas, uma solução que está agora a ser pesquisada pela equipa, mas os cientistas já confirmaram que esta infecção afecta o intestino das abelhas, provavelmente afectando a sua capacidade de nutrição.
As abelhas infectadas tendem a abandonar a colmeia sozinhas, vagueando pelos campos e morrendo longe da sua colónia. Um fenómeno que faz os investigadores suspeitarem que a infecção causa uma espécie de "insanidade" nos insectos e que dificulta a realização das autópsias, já que torna mais difícil encontrar os "corpos" das vítimas.
Textos e imagens retirados de:
http://www.boasnoticias.pt
Por sugestão de Miguel Evaristo
15 outubro, 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário