28 junho, 2011

MONTEDOMEL

14 comentários:

octávio disse...

Com 159.222 visitas - até este momento - não se poderá esperar muito tempo, sob pena de forte ansiedade. Boa transumância... Tudo de bom!

Anónimo disse...

É. Tenho andado a pensar na festa dos 200.000.
Um abraço.
Abelhasah.

Anónimo disse...

É ms não se pode esperar muito tempo...

Malijo disse...

Pois anda-se a espera da festa das 200.000 visitas xD

Anónimo disse...

As minhas saudações apícolas!
Este interlúdio pode ser uma boa oportunidade de meditação.
Alguns confrades já fizeram a cresta , outros estão a fazê-la neste momento , enquanto outros como eu, estão a pensar que a vão ter de fazer. Os que estão apícolamente desocupados, podem começar a meditar no próximo ano, e principalmente porque razão o presente ano foi inferior ao ano passado (não particularmente para um ou outro , mas em geral para quase todos).
Está na moda a apicultura mais ou menos biológica, o stress das abelhas, a posição Housel, a cera pequenina (4,8 cm), e por aí fora.
Encontrei até uns dados curiosos que são pouco falados,como por exemplo haver alguns apicultores que em vez da normal prancheta de cobertura em madeira ou platex, que fica afastada dos quadros uns 7 ou 8 mm, onde circula o ar e as abelhas, usam uma tela de lona que assenta nas travessas superiores dos quadros, impedindo o ar de aí circular. E o que acontece? No arranque de Primavera as colmeias com tela de lona consomem menos reservas e produzem mais criação que as de prancheta de madeira/platex.
Mas será que todos esses pequenos pormenores (e há uma data deles), valem mesmo a pena? Ou será mais uma forma mais ou menos "zen" de apicultura?
Não haverá um qualquer outro factor determinante, que ainda nos passa despercebido e assim tentamos arranjar motivos que justifiquem o que se passa?
Lembro-me sempre que há cerca de 25 ou 30 anos atrás, se jurar a pés juntos que o aumento da ingestão de resíduos na alimentação reduzia a incidência de cancro do cólon (porque se tinha encontrado uma tribo que tinha uma alimentação muito rica em fibras e onde não existia esta patologia). Afinal, cerca de 15 anos depois, concluiu-se que a resistência a esta patologia era apenas determinada genèticamente e não tem nada a ver com as fibras da alimentação.
A nossa ansiedade de encontrar justificação para os problemas que nos atormentam, levam-nos por vezes a conclusões precipitadas.
Ao que parece, as abelhas no que respeita a resistência a doenças e a agressões externas, têm um "pool" genético extremamente limitado . A selecção de variedades mais mansas, menos enxameadoras e mais produtivas, ainda afunilou mais este "pool".
E a genética prega-nos muitas partidas.
Um abraço.
Abelhasah.

Manuela Miguel disse...

Ola amigo
Estamos todos ansiosos pelo teu regresso.
Já é um ritual entrar na Net, ver o Email, o face e o teu blog .......
Bom descanso e regressa cheio de força ........ precisamos de ti.

octávio disse...

Independentemente dos elogios que tenho feito aos mentores deste blogue, ex-casal 100.000, futuro casal 200.000, apraz-me registar que sou um seguidor atento de certos comentários, "maxime" de, Abelhasah, entre outros apicultores.
E as suas primeiras frases deste seu comentário, levou-me, de imediato, a "interligar" a "premunição" plasmada no "borda d'água" para este ano, de que "...teremos de contar com pouco trigo, azeite, mel e vinho."
E como estou numa de relevar o que li/ouvi, aqui vai mais esta sobre o mel biológico que costumo ouvir a uma grande Amiga: "biológico!? Eu não sei onde as minhas abelhas andam!"
Saudações Apícolas.

Abelha Preguiçosa disse...

A tela de lona provavelmente será mais barata que as pranchetas! :-)
O que é certo é que, com a excepção do varroa, as abelhas adaptam-se bem às mais variadas situações, lembro-me por exemplo dos favos que às vezes caiem e que as abelhas continuam a usar para armazenar néctar, apesar de estarem na horizontal, isto depois de lhes retirarem o pólen existente nos alvéolos, levando-o para zonas do ninho onde faz falta.

Ricardo

Anónimo disse...

As minhas saudações apícolas!
Este período de reflecção já serviu para me aperceber de alguns disparates que tenho escrito nos comentários do blog.
Um deles foi a afirmação que era proibido ter colmeias em propriedade urbana. Isto é completamente falso. Cheguei à conclusão que é perfeitamente legal ter UMA colmeia em casa, na varanda ou onde quisermos. Senão vejamos:
O Dec-lei nº 203/2005 de 25 de Novembro define apiário como o CONJUNTO de colónias de abelhas nas condições adequadas de produção , incluindo o local de assentamento e respectivas infraestruturas, pertencentes ao mesmo apicultor em que as colónias não distem da primeira à última mais de 100 metros.
Daqui resulta e fàcilmente se conclui, que uma colmeia não é um apiário.
Ora o artigo 5 do mesmo Dec-lei, diz taxativamente: " Os apiários devem estar instalados...", nenhuma referência fazendo a colmeias isoladas.
Uma vez que de acordo com o preâmbulo uma colmeia não é um apiário e, que de acordo com o artigo 5, apenas estes carecem de cumprir distâncias e condicionalismos, resulta a óbvia conclusão que uma colmeia isolada pode ser detida e manipulada pelo apicultor em qualquer local sem qualquer limitação e sem qualquer condicionalismo.
Q.E.D.
Vamos pôr colmeias nas varandas!
Um abraço.
Abelhasah.

Anónimo disse...

Afinal parece que não é bem assim!
A administração do nosso Estado é traiçoeira e tem fama de não ser pessoa de bem e actuar sempre de má fé.
Assim sendo, tem o maldito hábito de dispersar legislação por aqui e por acolá em vez de a concentrar num único documento, como seria lógico e razoável. Esta dispersão tem a óbvia intenção de apanhar na curva, desprevenido, o cidadão inocente, para quem é impossível estar a par de todas as minudências legislativas assim dispersas, para depois lhe caírem em cima.
Curiosamente, quando se trata de aplicar a lei ao cidadão, esta é aplicada de foma draconiana, mas quando a mesma lei é aplicada a um serviço público incumpridor, esta transforma-se como por magia, numa mera sugestão de conduta.
Pois é.
É que a Lei 2012 de 22 de Maio de 1946 não foi revogada. Embora não impeça a existência de colmeias em prédios urbanos e até o autorize, limita substancialmente a sua instalação!
Que complicação!
Devíamos pensar na revogação da base I desta lei, de modo a poder satisfazer o interesse público e assim colocarmos à vontade colmeias em qualquer propriedade urbana.
Um abraço.
Abelhasah.

Osvaldo disse...

Amigo Abelhasah
Penso que ninguém nos impede de colocar uma colmeia ou mais na varanda sem abelhas. A mesma coisa será colocar uma gaiola para pássaros na varanda, mas sem pássaros.
Ora se tiveres um pássaro como por exemplo um pintassilgo dentro da gaiola fechada, estás a desrespeitar uma Lei qualquer eu proíbe o cativeiro de aves silvestres. Ora se a mesma estiver aberta com comida lá dentro e que o dito pássaro entre e saía, pode ser considerado como um alimentador…, ou seja a gaiola é tua mas o pássaro é livre. Passando isto mais ou menos para a nossa situação, ora colocamos as colmeias na varanda e num belo dia entra para lá um enxame… as abelhas não são tuas e não as tens em cativeiro até as tentas mandar embora, mas elas são teimosas e até te picão… o que fazer? Agora lembrei-me até de algumas fotos curiosas de enxames que entram e se instalam entre a janela e o estore. Até podes comunicar às autoridades a situação e que as abelhas até não te estão a incomodar… que eles neste momento não têm nem gasóleo nos veículos para as ir buscar e mesmo que tivesse duvido que fossem. No meu ponto de vista o único problema é se algum vizinho for picado pois isto da Lei têm muito que se diga. Eu tenho algumas fotos de apiários junto às estradas públicas asfaltadas (a menos de 5 metros) e por estranho que pareça nem o amigo da ocasião as leva. Já agora por falar em Lei eu em meados de Dezembro entreguei uma candidatura PRODER e na dita Lei, está lá claro como a água, que os serviços têm até 60 dias úteis para me responderem. Ora apenas nesta segunda-feira 4 de Julho, passados cento e tal dias úteis é que me responderam por mail e deram-me 5 dias úteis para entregar a documentação solicitada (ainda bem que não estava de férias), apenas precisei de 2 dias. Portanto quem são eles para me dizerem que eu estou a incumprir alguma Lei quando são eles os primeiros a não cumprir as próprias leis que fazem. Sei que este não deve ser o caminho a seguir, pois as leis são para serem cumpridas e para manterem a ordem, mas quando somos nós passam coimas, quando é ao contrário ainda ficam a rir na nossa cara ou a encolher os ombros. Algo não está bem, penso eu…

Anónimo disse...

Tem razão amigo Osvaldo, não está mesmo nada bem mas, como eu digo, quando se trata de aplicar a lei aos serviços do Estado, esta torna-se numa mera sugestão de conduta. Infelizmente é o país que temos. Dizer que este país é um estado de direito, é uma obscenidade maior do que qualquer uma que se possa ouvir da boca de um carroceiro (sem desprimor para os carroceiros).
Os que nos governam (ou que se governam à nossa custa) ainda não perceberam que um Estado de Direito é aquele em que há uma relação biunívoca entre os Cidadãos e o Estado. Acho que nem nunca vão perceber simplesmente porque é assunto que não lhes interessa.
É interessante o que diz sobre as varandas. Curiosamente esta Primavera vi muitas abelhas numas flores que tenho num canteiro à porta de casa. Com pena das abelhas que estavam tão desabrigadas, resolvi pôr um núcleo numa das varandas para que elas se pudessem abrigar se assim entendessem. E não é que elas coitadinhas entraram em força para o núcleo! Acho que se têm sentido lá muito bem abrigadinhas, porque só saiem para ir buscar comida e voltam logo!
Um abraço.
Abelhasah.

Osvaldo disse...

Adoro os teus comentários com a inclusão de palavras que até os mais sabichões tem de ir ver ao dicionário. Uma coisa é certa, vão encontrar lá o significado da palavra, que ao contrário do PAN que fala várias vezes em forfetário e que não vem no dicionário Português. Pesquisando na net encontrei algumas coisas como: “Este vocábulo não se encontra registado. E ainda bem, porque é cópia servil do francês «forfaitaire», aleatório, contingente, casual, eventual, fortuito, incerto, infundado, precário, acidental.”, resposta dada em 1998. Ora aqui está o que a palavra quer mesmos dizer… e só agora percebi quando falam da “ajuda forfetária” na medida 1 B. É uma medida que dá uma ajuda incerta e precária, mas os outros sinónimos também se enquadram. Depois em 2011 já dizem o seguinte: “A palavra forfetário («do fr[ancês] forfaitaire»), considera o Aulete Digital, «Diz-se (ref. a sistema ou medida ou ativo financeiros, econômicos, fiscais etc.) do que não tem valor fixo, que é contingente, que depende de outros valores ou fatores».”, ou seja ficamos sem saber o que quer dizer. Encontrei também isto: “No regime forfetário a entidade beneficiária está dispensada de fornecer quaisquer elementos comprovativos relativamente aos custos indirectos declarados, não havendo consequentemente lugar a verificações pelos serviços de auditoria e controlo quanto aos mesmos.”, será que é isto que os amigos do PAN querem dizer? Sim acho que é o que dizem, mas que depois esbarram no IFAP que só paga com os comprovativos todos entregues e realizadas as diversas fiscalizações. Bom, digam o que disserem a palavra “forfetário” nunca conseguirá largar as suas raízes. Isto é o que eu acho e o que têm sido comprovado pelo PAN.

Osvaldo disse...

Quanto ao núcleo, não te esqueças de o aumentar com uma ou 2 alças, para as abelhas se sentirem mais à vontade coitadinhas e depois tens de retirar o mel ao fim de algum tempo e acondicioná-lo em frascos, pois ele pode-se estragar lá fora na varanda.
um abraço