12 setembro, 2009

À Conversa com António G. Pajuelo sobre o SDC...

O Síndroma do Despovoamento de Colmeias (SDC), ou (CCDColony Collapse Disorder), é um dos assuntos que mais anda na ordem do dia em apicultura.
Ou melhor... devia andar, pelo menos em Portugal é muito escassa ou nula a informação referente a esta “moléstia”, que já causou demasiadas baixas e custos às explorações apícolas, na Europa e no mundo em geral.
A falta de conhecimentos sobre o fenómeno tem de alguma forma levado os apicultores portugueses ao comportamento da Avestruz, “enterrando a cabeça na areia” não vêm o problema e esperam que este não os veja a eles... Desculpam-se com outros factores mais “mundanos” e chega a ser tabu falar no SDC...
Segundo a Wikipedia, o CCD é um fenómeno em que as operárias de uma colónia de abelhas desaparecem abruptamente. Embora tais desaparecimentos ocorressem desde sempre, o termo CCD surgiu quando tais ocorrências sofreram um aumento alarmante (...)
Na região de Portalegre, entre muitas outras, houve relatos em que no ano passado apicultores profissionais com perto de 500 colmeias ficaram com pouco mais de 200.
Aproveitando a presença do conhecido técnico e investigador apícola espanhol A. G. Pajuelo, no XI Concurso de Mel de Montemor-o-Novo, onde também fui júri, resolvi colocar-lhe algumas questões acerca do assunto e que passo a transcrever:

Monte do Mel
Começaria por te pedir que falasses no historial, origens e primeiras “teorias” acerca do CCD...

António G. Pajuelo
O CCD aparece em 2003, vindo a acentuar-se em 2004/2005. Inicialmente em países Centro Europeus como a Alemanha e a França. Só em 2004 foi detectado nos EUA e em 2005 estendeu-se a outros países da Europa Central como a Itália ou a Suíça...


MMel
Pensei que o “alarme” tivesse sido dado nos EUA...

A. Pajuelo
O problema surgiu de facto nos países da Europa Central em 2003, apenas se tratava de um fenómeno desconhecido e os nomes variavam de local para local. Mesmo os EUA em 2004 davam-lhe uma designação diferente (semelhante a Colony Collapse Disorder, mas que não consegui reter), e a homogeneização do nome para o actual CCD surgiu em 2005, daí a confusão com a sua origem nos EUA.

MMel
Ao que parece, os sintomas e respectivos problemas (apesar de semelhantes), surgiram em vários locais do planeta independentemente, por isso lhes chamaram nomes diferentes. Só em 2005 convencionaram a sigla CCD para Colony Collapse Disorder.
E as teorias que acompanharam todo o processo?...

A. Pajuelo
Em 2005 surgem várias tentativas de explicação para o fenómeno:
1. Surgimento de novos agentes patogénicos. Nesse ano, os Centros de Investigação (espanhóis) de Marchamalo e Guadalajara citam pela primeira vez a presença de Nosema ceranae em abelhas europeias (Apis mellifera), quando este agente apenas afectava a abelha asiática (Apis ceranae), onde tinha sido detectado em 1996.
Tal descoberta, associada à elevada mortalidade de abelhas europeias leva à hipótese de uma possível correlação com este novo agente patogénico.
Mais tarde encontram-se exemplares de Nosema ceranae em antigas colecções (de abelhas conservadas em laboratório), colecções antigas e datadas de 1986 em França, 1987 nos EUA e desde 1990 no Uruguai e México.

MMel
Então a Nosema ceranae não pode justificar a mortalidade verificada com o CCD, uma vez que a sua presença é muito anterior a esta moléstia...

A. Pajuelo
Sim, não há uma correlação entre tal patogénico e o CCD. Alguns Centros de Investigação espanhóis encontraram a N. ceranae em grandes percentagens de infecção nas colmeias, pelo que hoje se crê que tal agente é apenas um oportunista, que se instala (está latente) e só se desenvolve quando encontra condições, ou seja, quando a colónia de abelhas está enfraquecida.
Por exemplo: sabe-se que cerca de 80% das colónias têm esporos de Loque Americana, que só se manifesta quando as condições o permitem.
2. Também em 2005, mas nos Estados Unidos, se pensou que a causa de tal mortalidade nas abelhas se devesse ao ataque do Vírus da Paralisia Aguda Israelita (VPAI), uma vez que se encontram muitas colónias infectadas com VPAI nas regiões afectadas pelo CCD.
Estudos recentes também não lhe apontaram “grandes culpas” para o problema em causa.
3. Cada vez se admite mais o CCD estar relacionado com problemas/deficiências nutricionais muito importantes. Nomeadamente na mobilização fisiológica de proteínas e gorduras, cuja falta enfraquece as colónias de abelhas.

MMel
Quando falamos em deficiências nutricionais, falamos em deficiências na pastagem, na floração: seja pelo escassear de flora apícola, seja pela sua qualidade, ou pela quantidade/qualidade dos constituintes do néctar e do pólen dessa vegetação.
Estas circunstâncias, quando se verificam, normalmente ocorrem em zonas localizadas, limitadas no espaço. Como foi possível que nos últimos anos, assumindo que é esse o factor mais importante, se tenham verificado em tão grande escala e quase por todo o mundo em simultâneo?

A. Pajuelo
Os anos de 2004 e 2005 foram os anos mais quentes e secos da última década (a nível global). (2003 também – MMel). Tais calores estivais reflectem-se bastante na flora Outonal, com as consequentes deficiências nutricionais nessa estação. E a deficiência nutricional é hoje largamente suspeita do CCD, uma vez que as mortalidades ocorrem sobretudo no período de Outono/Inverno.
4. Outra das causas poderá/deverá ser um deficiente controlo da Varroose (Varroa destructor), factor muito ligado ao anterior, uma vez que estes ácaros picando e sugando a hemolinfa das abelhas (e respectivas reservas), acabam por indirectamente as afectar do ponto de vista nutricional.
5. Outra causa provável tem a ver com o acumular consecutivo de resíduos de acaricidas nas ceras durante os últimos 25 anos. Desde que a Varroa surgiu em meados da década de 1980 que as colmeias são anualmente (e semestralmente) tratadas com acaricidas. E não devemos esquecer que os acaricidas também têm actividade insecticida.
Em Itália, França, EUA e Espanha, foram encontrados níveis alarmantes de contaminação da cera com tais substâncias.
Resumindo: Podemos dizer que quando estamos em situação de abundância, fontes de néctar e pólen quantitativa e qualitativamente importantes, tudo vai bem, não se verificam quaisquer sintomas ou mortalidade. Com problemas nutricionais, todos estes factores actuam de um forma sinérgica desencadeando o problema.


MMel
Só a título de curiosidade, até porque foi muito ventilado na imprensa, a possibilidade da influência da radiação electromagnética das antenas de telemóvel...

A. Pajuelo
Não dei grande importância a esse boato, há imensos casos de apiários na proximidade ou mesmo sob as ditas antenas, sem que com isso manifestem qualquer sintoma de CCD.
O comentário partiu de um apicultor Inglês e atingiu as dimensões que atingiu.

MMel (off record) Num mundo sincero, honesto e com as características que todos conhecemos, gostaria de saber se realmente houvesse alguma correlação comprovada, com as redes de telemóvel a fazerem publicidade em toda a comunicação social e a patrocinarem tudo e mais alguma coisa. Era o mesmo que se se detectassem propriedades cancerígenas na Coca Cola, alguém iria mexer uma palha ???

A. Pajuelo
Para mim, e à luz dos conhecimentos mais actuais, o problema principal deve-se mesmo às deficiências nutricionais no período do Outono.
Deficiências nutricionais levam a uma baixa significativa na criação e quantidade de abelhas jovens. Se a Varroa estiver mal controlada, os ácaros vão concentrar-se em grandes quantidades nessa criação restante sacrificando a que resta.
Desta forma, “entra-se” no Outono/Inverno com a última geração de abelhas geradas no Verão/Outono, cuja adiantada longevidade as torna demasiado velhas para suportarem os rigores da estação fria. Problema que se acentua em Invernos longos e rigorosos.
É portanto nesta estação (e nestas circunstâncias) que se dá o colapso das colónias – CCD ou SDC...
Uma má floração no período Verão/Outono é que acaba por desencadear esta série de acontecimentos, pois num “destes” Outonos perde-se cerca de um mês de floração, imprescindível para a Invernada.


MMel
Desde que o CCD foi detectado podemos dizer que estamos a ganhar, a manter ou a perder terreno face à moléstia?

A. Pajuelo
Em Espanha, tivemos mortalidades muito fortes em 2004/2005. Neste período calculo que se perderam cerca de 500.000 colmeias. Tínhamos 2.500.000 e passamos a ter 2.000.000 colmeias.
Em 2006, houve uma diminuição real de 6,0 %, quando nos anos anteriores chegou aos 20,0%.
Em 2007/2008 também houveram perdas consideráveis, mas sobretudo em zonas mais secas. Em regiões com chuva/humidade regular verificou-se apenas a mortalidade natural da época.


MMel
Estamos em Setembro, início da fase crítica, que cuidados devem ter os apicultores para o Outono/Inverno que se aproxima?
Que sinais/sintomas devem observar nas colónias de abelhas para avaliar a “presença” ou o risco de CCD/SDC, e se possível, como intervir para o contrariar?

A. Pajuelo
1º Observar o número de quadros (do ninho) ocupados por abelhas à entrada do Outono.
2º Observar o número de quadros com criação (quantidade de criação) na mesma época.
3º Avaliar a sobrevivência dessa criação (da criação gerada nessa época).
4º Avaliar as quantidades de pólen armazenadas/disponíveis na colmeia e nesse período.
5º Avaliar a qualidade da cera (análises de resíduos de acaricidas presentes).
6º Avaliar e controlar a Varroose de todos os apiários.



MMel (off record)
Parece fácil, mas não é nada fácil.
Cada um dos conselhos anteriores poder-se-á revestir de tais subjectividades na cabeça de cada apicultor que só poderá redundar na maior das confusões...
Para resolver, ou remediar as dúvidas, nada como um bom conhecimento das nossas colónias, o que só é possível (com poucas colmeias), bons apontamentos e visitas regulares.
Não vamos aqui apresentar uma fórmula única, atendendo a que há diversos tipos de colmeias, cada região tem as suas características próprias e que podem influenciar alguns senão todos aqueles parâmetros.
Ainda assim...
1º Considero uma colónia com população suficiente para enfrentar o Inverno quando possui pelo menos sete ou oito quadros ocupados por abelhas. Se bem que (sete e oito) já correm algum risco...
2º A quantidade de criação é muito subjectiva em cada época e cada região, dependendo do clima e da floração disponível. Daí a importância de cada apicultor conhecer sumariamente as características da sua região e da sua apicultura.
3º É um dos parâmetros mais difíceis, entre duas visitas ao apiário podemos “calcular” um número igual de abelhas, o que aparenta ser positivo. Mas pode tratar-se de abelhas mais velhas (pois a criação terá morrido) e as abelhas demasiado velhas já não vivem o suficiente para “atravessar” o Inverno...
Não digo que seja o mais acertado, mas poderíamos marcar quadros de criação (com fotos digitais) e passado algum tempo verificar se esta se mantêm ou foi removida. Não esquecendo de não contar com as que nasceram naturalmente...
4º A avaliação de reservas nutricionais parece-me uma tarefa mais acessível, pela contagem de quadros ou áreas com esta substância armazenada.
Na sua ausência ou rarefacção vale a pena antecipar as primeiras doses de alimento artificial (rico em pólen ou “muito” rico em pólen). Não convindo esquecer que face às características da estação que se aproxima, esse alimento deverá ser o mais sólido possível... (Ver: ALIMENTO ARTIFICIAL DE INVERNO – 30/12/2008).
Este parâmetro (tal como os outros) deverá ser reavaliado ao longo de todo o período crítico.
5º Processo que deverá ser caro e moroso. Assumindo resultados positivos para os acaricidas na cera o que podemos/devemos fazer nesta fase do ano ???
De qualquer forma, sempre podem consultar o Engº Miguel Maia : APISMAIA: 962 889 512 ou 917 172 854 ou ainda apismaia@sapo.pt
6º Poderá ser uma excelente oportunidade para uma sincronização geral das datas de tratamento da Varroose para esta data, o que diminuirá decerto os riscos de CCD.

MMel
Outro dos fenómenos associados ao CCD/SDC, que já li nalgumas revistas e me foi confidenciado por alguns apicultores, é o fenómeno do mel que fica nas colmeias (mortas/abandonadas) não ser pilhado pelas colónias vizinhas... fica a sensação de estar contaminado...

A. Pajuelo
O problema do CCD não é apenas de uma ou duas colmeias, é de todo o apiário (apesar de algumas sobreviverem). O que fariam as abelhas “pilhadoras” com pouca população e excesso de mel com mais aquele mel? Nem sequer se trata de uma época com estímulo para a recolha de mel...
Se as restantes colmeias estão deficitárias em criação e abelhas adultas para que necessitam de mais mel?
Se isto se passasse na Primavera, período muito activo na recolha de néctar, muita criação ávida de alimentos, então sim, dar-se-ia a pilhagem e esse mel era de imediato mobilizado. Nem se poderia colocar a hipótese de contaminação, pois na Primavera as abelhas pilham mel contaminado com Loque americana e até com quimiotóxicos...

MMel
Para terminar, uma pergunta mais “política”, só por comparação à realidade em Portugal. Que se está neste momento a fazer em Espanha relativamente à investigação/luta com o CCD/SDC? Tal como a respectiva comunicação de resultados e aconselhamentos aos apicultores e associações de produtores?~


A. Pajuelo
Há vários Programas e Equipas de trabalho ligados ao Ministério da Agricultura Espanhol. Outros são particulares ou universidades, todos trabalhando em rede e que estão há anos a estudar e a tentar resolver o problema, mas mantendo sempre uma proximidade com as organizações de apicultores.
Esses grupos encontram-se em Guadalajara, Marchamalo, Valladolid, na Universidade de Madrid, Universidade de Córdoba, e os laboratórios Apinevada particularmente.

MMel
Fundos comunitários e...

A. Pajuelo
...e do Ministério da Agricultura Espanhola

MMel
Mas a iniciativa é espanhola...

A. Pajuelo
Obviamente que sim...

Na parte final da conversa ainda me deu o site do Ministério da Agricultura Espanhol, onde podem ser consultados vários dos estudos citados: http://www.marm.es/

Ao abrirem a página inicial deverão seleccionar o espaço “Ganaderia”, uma vez nesta página devem procurar e seleccionar “sector apícola” que vos abrirá vários itens:

...aparte tudo isto, perdoem-me pelo meu péssimo espanhol, na possível tradução errada de algumas expressões. Por outro lado, a conversa foi gravada num local com muito barulho... desculpas...

3 comentários:

Anónimo disse...

Excelente a iniciativa da Montemormel, pela vinda de um dos mais respeitados apicultures ibéricos, que nos presentiou com uma simplicidade singular, prático e muito positiva. Em relação ao SDC, e ao trabalho que realizou, afinal concluiu que, o desaparecimento das abelhas deve-se a causas que todos conhecemos e não a nenhum novo "papão".
Parabens e continuem a contribuir para a "rede" da informação, tão isencial para o desenvolvimento da apicultura mundial.

Alien disse...

Caro amigo,
Segundo A. Pajuelo, as deficiências nutricionais "parecem ser" a causa mais provável, ou serão mesmo a causa mais provável. Eu concordo plenamente com ele. O ano passado, em Novembro, o mais pequeno dos meu 4 apiários apresentava um enfraquecimento anómalo relativamente aos outros 3, não muito distantes.
Apresentava exactamente os mesmos sintomas enumerados por A. Pajuelo, pouca população, 3 ou 4 quadros com abelhas (no máximo), criação muito rara e quase a certeza de me sobreviver apenas uma dessas 12 colónias.
Em contrapartida todos os restantes apiários estavam muito fortes...
Sem grandes esperanças resolvi simplesmente adicionar-lhes uma alimento artificial muito viscoso à base de muito pólen.
No fim do Inverno (muito rigoroso como se recorda), apenas uma das colmeias tinha morrido. As restantes, apesar da recuperação lenta produziram tanto mel na Primavera quanto as dos restantes apiários.
Nada me levaria mais a concordar com o Dr. A. Pajuelo.

Agora... continuo a "digerir" com dificuldade que as ditas alterações ambientais possam causar o mesmo efeito em floras tão diferentes e em locais tão díspares do mundo e sempre n mesma estação. Ainda por cima com mortalidades tão grandes de colónis de há 3 ou 4 anos para cá,... mas... vamos aguardar para ver.

Vou contar-lhe um facto que pouco parece ter a ver cm o assunto:

Há cerca de 20 anos, creio, e durou uma boa década, verificou-se uma alarmante mortalidade de Sobreiros no Alentejo.
Culpados não faltaram, desde insectos que os perfuravam, fungos que os parasitavam, outros fungos arrastados por insectos que abriam galerias no sobreiro, vermes microscópicos que lhes destruiam as raízes e afectavam a àrvore, microorganismos transportados por esses vermes, alfaias agrícolas muito potentes que destruiam as raízes das árvores, anos de seca... enfim, todos eram culpados, mas nenhum era "o culpado".
Nãao acaompanhei o desenvolvimento dessa saga, a minha vida profissional rodou para as abelhas.
No entanto, há dois anos atrás, um excelente técnico florestal contou-me um facto interessante, muito interessante e que eu desconhecia por completo.
Discutia-mos precisamente esse problema quando ele me disse que os Sobreiros desta vasta região não teriam os 100 ou cento e poucos anos que lhes atribuiam. Possivelmente teriam largas centenas de anos...
Mas os aneis de crescimento não apontam para números tão grandes?
Foi quando ele nos referiu que há cerca de 100, 150 anos, durante as revoluções industriais a grande maioria dessa floresta foi abatida para o fabrico de carvão, que era depois exportado para as zonas mais industrializadas.
Das toiças cortadas nasceram novos Sobreiros, que cresceram e se desnvolveram durante 100, 120, 150 aanos, e para todos os efeitos aparentam essa idade.
Esquecemo-nos é que os respectivos sistemas radiculares, que os alimentam e mantêm vivos serão muito mais velhos, daí a forte debilidade da árvore.

Este exemplo é pouco compatível com a apicultura, apenas demonstra que a solução deste ( e de outros) problemas está mesmo à nossa frente, mas tão próxima que não a conseguimos ou podemos ver...

Muito obrigado e um Abraço

JPifano

Meliponário do Sertão disse...

Amigo Pífano, muito me esclareceu os comentários desse tópico sobre o CCD, aqui pelo Brasil existem vários relatos a respeito dessa desordem, muitas colônias já foram perdidas por aqui pelos apicultores brasileiros.

O mais interessante de tudo isso é que esse problema não vem afetando, a primeira vista, as abelhas nativas do meu País, nunca vi relatos a respeito do tema com as nossas abelhas sem ferrão.

Acredito que esse fato esteja principalmente ligado a maior resistências de nossas espécies as adversidades locais, não tratamos nossas abelhas nativas com antibióticos ou acaricidas, não temos varoas nem muito menos outras doenças relacionadas aos meliponídeos.

Como vc bem sabe, as células de cria são operculadas assim que a rainha realiza a ovoposição no favo de cria, dessa maneira a cria fica protegida do mundo externo, só sainda do seu casulo para nascer.

Belo Trabalho amigo Alien...
Em breve estarei trazendo novidades ao Meliponário do Sertão, estou programando uns trabalhos com crianças e abelhas que estão sendo muito satisfatório do ponto de vista pessoal.

Não adiantarei nada agora pois será surpresa a ser publicada no blog.

att,

Kalhil Pereira França
Meliponario do Sertão
Mossoró-RN-Brasil