28 outubro, 2010

À Espera… das Abelhas

Há tempos atrás vi um filme acerca de uma história muito velha.
Um homem que encontrou um cão, adoptou-o e cuidou dele com muito carinho. Todas as tardes o cão ia esperar o dono à estação dos comboios, quando aquele saía do trabalho. Fazendo depois juntos o caminho de casa.
Um dia, uma fatalidade, o homem falece enquanto trabalhava. Nessa tarde como em todas as outras o cão foi esperá-lo à estação e estranhando a sua ausência, regressou sozinho.
Contam que até ao fim da sua vida esse cão foi todas as tardes esperar o dono ao mesmo local. Tentaram cuidar dele, evitar que ele o fizesse, mas em vão, ele teve sempre a esperança de o homem voltar um dia.

Na semana passada, enquanto circulava por um caminho rural na aldeia de França, concelho de Bragança, deparou-se-me este estranho e bonito apiário localizado numa encosta.

Como vi alguém que trabalhava ali perto, resolvi parar e meter conversa, saber algo mais acerca daqueles “cortiços de madeira” que tão pitorescos me pareceram. Decerto haviam de dar uma boa história para partilhar convosco.
Foi a história apícola mais curta com que me deparei, aliás, nem muito houve para contar. Na sua boa vontade, o agricultor disse-me que apesar de tão limpo e bem cuidado, o apiário estava despovoado de abelhas. O proprietário tinha falecido há tempos atrás.

Confesso que aquelas colmeias tão ordenadas no apiário me comoveram e fizeram lembrar a história do cão. Como se esperassem o regresso das abelhas e do apicultor. Afinal é mesmo para isso que as colmeias servem…

22 outubro, 2010

Avis mellífera 2010

Na continuidade do trabalho iniciado em 2008, a ADERAVIS vai organizar a edição de 2010 das Jornadas Técnicas Apícolas Avis mellífera.
Este certame que tem como objectivos a promoção e a divulgação da apicultura, nomeadamente no que respeita a produtos apícolas e técnicas de maneio, entre outros assuntos de interesse para o sector.
A presente edição será vocacionada, entre outros, para o tema Associativismo.
Nesse sentido, vimos por este meio convidar todos os interessados a participar neste certame que já vai sendo uma referência para apicultura nacional.

O PROGRAMA (Provisório)

Dia 03 de Dezembro (6ª Feira)

18:00
Concurso de Mel
- Mel de Rosmaninho
- Mel Multifloral

21:00 Tertúlia: Conversas à Volta do Mel – Clube Náutico

Dia 04 de Dezembro (Sábado)

09:30 Workshop: “Acaricidas Homeopáticos: Ácido Fórmico”
Francisco Rogão

09:30 Workshop: Provas de Mel/Concurso de Provadores de Mel
Engº José Gardete

12:00 Almoço livre

14:00 Colóquio (Salão da Junta de Freguesia de AVIS)

Moderador Engº José Gardete

- Direcção da ADERAVIS ……………. Objectivos da Avis mellífera 2010
- Município de Avis ………. Intervenção de Abertura
- IFAP ………………………………………. Programa Apícola Nacional
- Rúben Rogão ……………………… Eficácia dos Medicamentos Acaricidas
- José Chumbinho ……………………. Associativismo no Sector Apícola

17:00

- Entrega dos Prémios dos Concursos de Mel
- Entrega dos Prémios do Concurso de Provadores de Mel
- Entrega dos Prémios do Concurso de Fotografia “Monte do Mel – Visita 100.000”
- Sorteio de uma colmeia entre os participantes
- Encerramento das Jornadas

Este ano os participantes devem enviar a seguinte ficha devidamente preenchida (ou apenas os dados que nela são solicitados) para o mail nela indicado aderavis@gmail.com :

15 outubro, 2010

Apis mellífera "duracellii"

Lembram-se deste enxame?
E as abelhas duram, duram, duram…

É espantosa a forma como estas abelhas sobreviveram mais de três semanas pousadas no tronco de um sobreiro. Durante esse período tiveram temperaturas próximas dos 10ºC durante a noite, ventos fortes e pelo menos três dias com chuvas muito fortes. Surpreendeu-me muito a ausência do estímulo e até da necessidade de procurarem abrigo nas condições adversas do mês de Outubro.

Tinha da minha experiência que na Primavera (época normal de enxameação), as abelhas chegam a passar 24 a 48 horas pousadas num local antes de partirem para o abrigo definitivo. Esse atraso pode dever-se à intempérie ou a outro estímulo qualquer.
Outras vezes nem chegam a partir, a morte acidental da rainha ou o facto de ter as asas danificadas (cortadas pelo apicultor para evitar a enxameação) impedem a partida do enxame. Nestes casos acabam por regressar à colmeia de origem, com algumas escaramuças entre as abelhas.

No entanto, o mais habitual é quando saem directamente da colmeia original para um local escolhido previamente pelas abelhas “batedoras”.
Desta vez nada disso se verificou. Mesmo que se tratasse de algum acidente com a rainha as abelhas podiam ter regressado à colmeia, o que não aconteceu. Ficaram ali “estacionadas” à espera nem sei bem de quê…
Durante a última semana pensava nisto todos os dias: como sobrevivem tanto tempo às baixas temperaturas sem qualquer protecção?
O que terá levado estes animais tão calculistas e ponderados a descurarem um comportamento tão básico e essencial como a procura de abrigo? Ainda por cima nesta estação do ano. De que se alimentam? Em três semanas decerto terão esgotado as reservas que transportavam. Estariam a construir favos ao ar livre?

Voltei ao local disposto a “perder” por ali umas horas, na esperança de ver alguma coisa menos habitual. Nomeadamente a chegada de abelhas carregadas de pólen ao enxame… sinal que poderiam ter criação!?

Primeira observação: o enxame original que na segunda semana se dividira em dois, voltara a juntar-se agora num único grupo, ao fim da terceira semana.
Segunda observação: De facto havia abelhas a partir e a regressar, decerto carregadas de néctar que distribuíam pelas outras, mas nada de obreiras com pólen.

Terceira observação, e a mais curiosa: A maioria das obreiras que regressava, entravam preferencialmente pela parte de baixo do enxame. Onde as abelhas nesse local pareciam abrir-lhes uma “passagem”, um género de orifício que rapidamente fechavam voltando à forma habitual. Tentei fotografar o “fenómeno”, mas aquela massa movediça de insectos não permitiu um contraste suficientemente visível nas imagens bidimensionais.

No entanto esse movimento notava-se perfeitamente na observação directa, lembrava uma pedra a cair na água. Vi nitidamente as abelhas a pousarem noutros locais do “cacho” onde nada disso se passava.

Devo confessar que nessa altura me lembrei das Formigas Legionário, comuns nas regiões tropicais e que não constroem abrigos. São nómadas, deambulam continuamente pelas florestas e pradarias. Quando o estímulo da procriação se faz sentir os insectos agrupam-se num grande cacho, construindo como que um formigueiro vivo e é aí que a rainha põe os ovos, as larvas eclodem e passam os primeiros tempos de vida protegidas e alimentadas pela multidão.

Até presenciei o ataque de uma vespa que depressa mudou de ideias face às dimensões da “presa”:

Seria curioso encontrar uma colónia de abelhas com tais características nómadas… Curiosidade sim, tive eu em deixá-las ficar por ali indefinidamente. Já agora queria ver como a “história” acabava: ou partiam para um local mais seguro ou sucumbiam aos rigores da estação que se aproxima. Ou sobreviveriam???
Acabei por me decidir pelo coração, em detrimento da razão. Decisão tão voluntária quanto mo permitiram alguns amigos que me espicaçavam continuamente o espírito via correio electrónico, para salvar as abelhas, claro.
Munido de uma escada e de um núcleo de cinco quadros, resolvi resgatar o malfadado enxame, encarando-o sempre como uma perda de tempo face à dependência alimentar que uma colónia nestas condições representa. Ou não*…

Começava aqui a “bandalheira” digna de figurar na rubrica das histórias parvas do montedomel:

Cedo percebi que a escada não era suficiente para alcançar a pernada onde se encontrava o enxame. Não tinha tempo, nem vontade, para ir buscar outra mais comprida. Descurei todos os ensinamentos acerca da segurança no trabalho e resolvi colocar a dita escada apoiada sobre núcleo que devia receber as abelhas.

Mais cedo ainda, percebi também que ficara sem recipiente para amparar as abelhas quando as removesse do tronco, e para isto não havia qualquer solução. Pedi à Luísa que me encontrasse um oportuno saco, nem que fosse de plástico, na carrinha emprestada. O utensílio mais parecido com um saco foi mesmo um… guarda-chuva! Bendita Providência, assim não se perderia uma só abelha.

Já montado na escada, de guarda-chuva em punho, ocorreu-me que se o “poleiro” resvalasse tinha à mão um excelente pára-quedas para amortecer o tombo. Felizmente não foi necessário, as abelhas entraram bem no saco improvisado e melhor ainda as transferi para o núcleo.

Um punhado delas regressou à árvore, derrubei-as com um ramo e deixei o núcleo no local para as mais retardatárias.

* Ainda não acabou a epopeia das “Apis mellífera duracellii”, faltam-lhes mais de 300km para chegarem ao destino. Vão para o Porto, oferta ao meu amigo Octávio Rodrigues, pela resistência e perseverança destas abelhas e que também o caracterizam.
Aliás, foi ele o principal mentor do seu salvamento, à custa da minha consciência e de um desfecho mais científico para este episódio…
Um abraço para o Octávio e para a Ana, iniciados na apicultura, mas que tanto nos têm ensinado!

Notícias Apícolas...

22/06/2010
O projecto lançado esta terça-feira pelo Governo britânico tem o intuito de apurar os motivos que têm levado ao desaparecimento gradual de abelhas e outros insectos polinizadores no país, para evitar uma crise alimentar num futuro próximo.

O desaparecimento dos insectos polinizadores é, mais do que uma questão de preservação da biodiversidade, um problema de segurança alimentar. As abelhas, por exemplo, polinizam e fertilizam plantas que nos oferecem alimento e esse processo funciona como garante de qualidade de frutos e legumes.

Tendo isto em consideração, o facto de as abelhas estarem a desaparecer a um ritmo muito mais elevado no Reino Unido do que no restante território europeu constitui um grave alerta para as autoridades britânicas.

O programa "Insect Pollinator Initiative", que representa um investimento na ordem dos 11 milhões de euros, vem responder ao problema, ao abranger nove projectos de investigação a serem desenvolvidos por universidades e equipas científicas.

"A Humanidade depende da acção gratuita dos polinizadores selvagens como as abelhas, traças, moscas-das-flores. Contudo, mais de 250 espécies de insectos polinizadores encontram-se em declínio e sob ameaça; os animais que polinizaram os alimentos dos nossos antecessores estão em vias de extinção e aqueles que poderiam vir a polinizar os alimentos dos nossos descendentes podem nem sobreviver", sublinha Matt Shardlow, presidente da associação para a preservação dos insectos Buglife, em declarações ao jornal Telegraph.
O ministro do Ambiente britânico, Lord Henley, refere que os projectos são mais do que meras ferramentas para determinar as causas do desaparecimento dos insectos; o que se pretende é que as investigações possam revelar novos métodos de estimular o crescimento das populações de animais polinizadores.


06/09/2010
Canadiano descobre 19 novas espécies de abelhas


[Fotografia: Jason Gibbs/York University]

Um estudante de doutoramento no Canadá, Jason Biggs, descobriu 19 novas espécies de abelhas na baixa de Toronto. O biólogo de 30 anos descreveu 84 espécies de abelhas, onde incluiu as descobertas feitas pelo próprio.

O trabalho ajudará os especialistas a compreender melhor a diversidade das abelhas e a evolução do seu comportamento social.

As espécies agora descritas são extremamente difíceis de distinguir pois morfologicamente são semelhantes. "É importante identificá-las porque, se não conhecemos as abelhas que temos, não conseguimos saber as que estão a desaparecer", resume Gibbs.

Algumas das descobertas eram feitas no caminho para o laboratório, onde ia recolhendo espécimes. Depois levava as ao laboratório onde analisava o ADN.

Existem 19.500 espécies de abelhas no mundo, 900 das quais podem ser encontradas no Canada. Abelhas de mel existem apenas 9 espécies, de acordo com Jason Biggs em declarações a um jornal local.

09/10/2010
EUA: descoberta causa de morte das abelhas


Cientistas da Universidade de Montana, nos Estados Unidos, realizaram estudo no qual apontam que a combinação de um determinado fungo com uma bactéria é responsável pelo desaparecimento das abelhas polinizadoras e produtoras de mel. O estudo foi publicado no jornal cientifico PloS One e divulgado em vários meios de comunicação dos EUA.

Nos últimos quatro anos, 20 a 40 por cento das colónias de abelhas nos EUA têm desaparecido. Um fenómeno registado noutros países europeus, como por exemplo o Reino Unido. Em Junho, o governo britânico destinou 11 milhões de euros para descobrir a causa deste desaparecimento.

Até ao momento, suspeitava-se que a morte das abelhas estaria relacionada com o uso de pesticidas ou com a plantação de comida geneticamente modificada. Mas agora, nesta rara parceria entre investigadores da universidade e cientistas do exército, conseguiu-se finalmente identificar as verdadeiras causas.

O estudo descobriu que em todas as colónias de abelhas atingidas pelo "flagelo" estavam presentes um fungo e uma bactéria que, em conjunto, são fatais para os pequenos insectos.

Ainda não se sabe ao certo de que modo conjunção bactéria-virús provoca a morte das abelhas, uma solução que está agora a ser pesquisada pela equipa, mas os cientistas já confirmaram que esta infecção afecta o intestino das abelhas, provavelmente afectando a sua capacidade de nutrição.

As abelhas infectadas tendem a abandonar a colmeia sozinhas, vagueando pelos campos e morrendo longe da sua colónia. Um fenómeno que faz os investigadores suspeitarem que a infecção causa uma espécie de "insanidade" nos insectos e que dificulta a realização das autópsias, já que torna mais difícil encontrar os "corpos" das vítimas.

Textos e imagens retirados de:

http://www.boasnoticias.pt

Por sugestão de Miguel Evaristo

13 outubro, 2010

Concurso de Fotografia MONTEDOMEL 100.000

Faltam menos de 10.000 visitas! Pelas estimativas lá para meados de Novembro devemos chegar às 100.000 e termina o Concurso de Fotografia subordinado ao tema Apicultura.
Já temos fotos fantásticas enviadas por apicultores de vários países, é no entanto muito importante para o Montedomel que nos enviem muito mais...
Podem "clicar" na imagem do canto superior direito (barra lateral) para acederem às regras e condições de participação.

1º Prémio: Colmeia de Criação de Rainhas + Mini-Colmeia tradicional em cortiça + embalagem de mel de Rosmaninho

2º Prémio: "Mouse" em forma de abelha para o computador + Mini-Colmeia tradicional em cortiça

3º Prémio: Relógio-Abelha + embalagem de mel de Rosmaninho

Muito Obrigado

10 outubro, 2010

Transumância 2010 - Regresso aos Apiários de Inverno/Primavera

Mais um ciclo que chega ao fim, depois de uma excelente Primavera e de um Verão demasiado quente, é tempo de regressar com as colmeias aos apiários de Inverno.
Esta transição entre locais e floras distintos justifica-se não só pelos benefícios apícolas directos em termos de disponibilidade de néctar e pólen, como também numa tentativa de redução dos riscos de incêndio.
Regra geral, as pastagens de Primavera ricas em Estevas (Cystus sp) e Rosmaninho (Lavandula sp.) pecam por uma extrema secura e pela abundância de resinas durante o período estival, daí o forte risco de incêndios, dos quais importa afastar as colmeias.
Nesta estação, antes de regressar às zonas de mato, tenho por hábito fazer a limpeza e manutenção dos apiários, nomeadamente a remoção de pastos e outros combustíveis que além de potenciarem os fogos, servem ainda de esconderijo a predadores, dificultam a nossa mobilidade e ainda podem impedir a normal orientação e circulação das abelhas.

Há dois anos, no dia 29 de Outubro, um incêndio provocou importantes baixas num apiário da região, pelo que não se deve facilitar em matéria de prevenção.

Para tal costumo remover todas as estruturas de suporte das colmeias como vigas de cimento ou madeira e blocos de betão, para que a roçadora ou a enxada e ancinho tenham melhor acesso a todos os recantos. Por outro lado também importa não esquecer as regras de segurança para operar com estes equipamentos de corte.

Depois de efectuada a remoção do pasto e arbustos afasto-os para longe do apiário. Volto a montar todas as estruturas, reforçando as que se danificaram e nivelando os suportes. Aproveito para providenciar uma série de pedras com dois ou três kg para depois colocar sobre os tampos, não vá o vento levá-los para longe.

É curioso como até há poucos anos me ria à socapa de alguns apicultores que quase soterravam os apiários sob uma pilha de pedras, para não falar no incómodo em removê-las sempre que queríamos aceder ao interior das colmeias. Veio então o dia, e o vendaval, em que andei umas boas dezenas de metros a resgatar tampos (e até pranchetas) espalhadas pela encosta…
Qualquer dia “sai” um post sobre as observações que tenho feito das diversas modalidades de ocultar as colmeias da intempérie, dos amigos do alheio e doutros imprevistos…

Se por um lado é estranha a visão de um apiário muito limpo e arranjado, mas ainda sem colmeias, por outro transmite-nos uma sensação de ordem e paz aquela meia dúzia de metros quadrados “humanizados” no meio do mato. Lembram as brincadeiras que fazíamos na infância, a construção dos nossos castelos, quartéis-generais ou a fundação de uma qualquer cidade antiga, e no fundo não é mesmo disso que se trata?
Gosto de me deter por ali após esse trabalho (até porque é extenuante), as cores vivas do Outono e os cambiantes de luz provocadas pelas nuvens de formas bizarras, que sempre surgem nesta estação, criam uma atmosfera muito especial.

Mas as coisas não ficam por aqui, falta a transumância, a apicultura nómada, à noite há que resgatar as colmeias das várzeas e trazê-las para as encostas, onde passarão o Inverno. Desta vez e conforme o convite feito há meses atrás, o António Sérgio veio passar o fim-de-semana connosco e deu-nos uma preciosa ajuda.
E de facto a ajuda era mesmo necessária, uma lavoura temporã no terreno onde tinha as colmeias cortou-me o acesso normal, pelo que tivemos de as passar por cima de uma vedação. Não houve nenhum drama, a camioneta encostou junto ao apiário e o carregamento não diferiu muito do habitual…

Surpreendente: estes dois enxames, há mais de uma semana pousados no tronco do Sobreiro, resistiam estoicamente às baixas temperaturas nocturnas. Mais tarde percebemos a razão desta enxameação tão extemporânea: dois núcleos superpovoados que não foram transferidos para colmeias, responderam desta forma à falta de espaço…

Procedimento correcto: A obstrução da entrada das colmeias com esponjas evita a saída desnecessária das abelhas e permite um trabalho muito mais fácil. A utilização de um pulverizador de água substituiu o fumigador com muita eficácia.

Procedimento incorrecto: As colmeias não devem ser carregadas por um único operador. O peso é demasiado e a forma da caixa torna-a difícil de transportar…

Uma vantagem da camioneta grande: 36 colmeias sobre o estrado, sem sobreposições, evita mais esforços da nossa parte e não dificulta o arejamento das colmeias. Admitamos que um segundo nível não seria desastroso, mas três níveis de colmeias sobrepostas já poderiam causar prejuízos para distâncias maiores.

Colocação das colmeias no apiário:

Não esquecer de retirar as esponjas, e afastarmo-nos do local… as abelhas estão demasiado perturbadas com a viagem e saem dispostas a tudo!

Desta vez não nos esperava o habitual Bacalhau com Grãos às duas da madrugada, ficamo-nos por uma “aconchegante” canja de galinha e mais uns quantos petiscos regionais…