28 fevereiro, 2013

27 fevereiro, 2013

Produção de Própolis em 2011

A minha produção de própolis em 2011.

Dados que ficaram esquecidos numa pasta qualquer :)

Coloquei as grelhas no início do mês de Abril, após os desdobramentos, a retirada dos alimentadores e dos medicamentos.

As grelhas apenas ficaram dois meses nas colmeias (Abril e Maio) pois à data da cresta em inícios de Junho fiz a primeira colecta. O objectivo era o de separar as duas produções de própolis, uma vez que as colmeias foram de seguida deslocadas em transumância para o girassol.

Abelhas carregadas de própolis.
Lembra as pelotas de pólen, mas o aspecto viscoso e brilhante da carga denunciam aquela substância.

Não foi uma ideia muito feliz, por três razões:

- As temperaturas muito elevadas no mês de Junho dificultaram bastante a extracção.

- O facto de ser própolis de esteva tornam-no excepcionalmente difícil de extrair a altas temperaturas.

- A floração produtora de resina no segundo local também devia ser rica em estevas, dada a cor escura do própolis recolhido.

Pelo que não havia qualquer necessidade de separar as colheitas, sendo os meses quentes desaconselhados para a extracção. Os instantes em que tiramos as grelhas do congelador e as manipulamos para a extracção são suficientes para que o própolis aqueça em demasia e se recuse a sair. Seria de todo preferível ter mantido as grelhas nas colmeias durante toda a época, ter-se-iam inclusivamente conseguido produções ligeiramente superiores evitando essa quebra.

No segundo local (girassol, azinheiras e eventualmente estevas) voltei a colocar as grelhas em Julho com a colecta no fim de Setembro.




Própolis de cor escura, característica da resina das estevas. É extremamente viscoso, difícil de extrair e por vezes de preço inferior.


Própolis de cor vermelha, surgiu apenas em duas grelhas/colmeias, num dos apiários de Primavera. Terá sido extraído a partir de alguma exsudação do eucalipto? Fica a dúvida…

Os Resultados:

Primavera (Abril + Maio)

Apiário EUC – 18 Grelhas587g
Apiário RIB – 8 Grelhas115g
Apiário AZI – 7 Grelhas167g
Total – 33 Grelhas869g
O que dá uma média de 26,33g/Grelha

Verão (Julho + Agosto + Setembro)
Apiário ARA – 33 Grelhas1510g
O que dá uma média de 45,76g/Grelha

No total dos cinco meses, a produção foi de 2379g, uma média de 72,1g/Grelha.

Quase decerto que as colmeias poderiam ter estado pelo menos oito meses a produzir própolis, o que aproximaria muito (ou ultrapassaria) dos 100g a produção anual. Ainda assim muito inferior aos 250 a 300g que muitas vezes aparece como referência, valor que não sei se é passível de ser atingido, pelo menos nestas circunstâncias e com o tipo de grelhas utilizado.

De qualquer forma, estas grelhas (em rede de plástico muito maleável) parecem ser muito mais eficazes que as rígidas usadas antigamente, sobretudo durante o processo de extracção:


Trata-se de um assunto que ainda não fica encerrado, espero voltar a ele no fim do ano.


Própolis que ficou colado na prancheta, ao retirar as grelhas. Pode e deve ser raspado com cuidado, tal como o que por vezes cobre os quadros, obtendo-se no entanto preços muito inferiores.

26 fevereiro, 2013

Biodiversidade e Apicultura em Castelo Branco

Simpósio Nacional Biodiversidade e Apicultura


Organizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, evento que pretende realçar a importância dos polinizadores no equilíbrio ambiental e na economia agrícola.

Um pormenor muito estranho, senão insólito, a comunicação sobre o Projecto Operation Pollinator – Syngenta, o que sem ser o fim da produção de plantas transgénicas cujos efeitos na apicultura/polinizadores nos fazem temer o pior, não sei que outra informação interessante tal entidade possa trazer aos apicultores.

Talvez possam explicar-nos as razões pelas quais os OGM’s por eles criados são proibidos no país de origem (Suiça), sendo livremente utilizados em Portugal, país de oportunidades… 


Muito a propósito:


1500 Colónias de Abelhas morrem em Campeche – Yucatan – México.
Muitas culturas OGM foram projectadas para produzir os seus próprios insecticidas, como a toxina “Bt”, enquanto outros foram criados para suportar grandes concentrações de herbicidas como o Roundup. Ambos tiveram consequências devastadoras para os polinizadores como as abelhas.
Na última semana, 1500 colónias de abelhas foram destruídas em Campeche, México, por causa de fumigações levadas a cabo pela Monsanto em culturas de OGM próximas:


Isto provocou um impacto directo em mais de 50 famílias necessitadas, que recentemente também sofreram grandes perdas na produção de milho por causa da seca. A comunidade confiava na venda de mel orgânico para compensar as perdas na produção do milho, no entanto, também o mel das colónias mortas ficou inutilizado por causa das contaminações com pesticidas e pólen transgénico.
Álvaro Mena, um agricultor maia de Hopelchen e membro da Plataforma de Defesa do Milho, estimou perdas de cerca de 10 milhões de pesos, o equivalente a um ano de produções de milho e de mel para essa comunidade.

As fumigações foram mais intensas nos locais onde se encontravam as culturas OGM. Os OGM são conhecidos pela sua resistência aos pesticidas e apresentam-se sempre em grandes áreas de monocultura, onde se aplicam grandes quantidades de Roundup.

Não é por acaso diz Mena (acerca da elevada mortalidade de abelhas), é o ataque tóxico que vem com as culturas OGM e a ameaça motivada pela permissão de plantarem milhões de hectares de milho geneticamente modificado.

Mena assistiu ao debate em que os responsáveis não compareceram e que começou com o seu testemunho sobre as culturas OGM. Milhares de pessoas mostraram-se interessadas em participar no debate sobre o milho transgénico, num auditório da Faculdade de Ciências, organizado por diversas redes, entre as quais o Movimento Popular Urbano YoSoy 132 Ambiental Via Campesina e a Plataforma em Defesa do Milho.
As autoridades oficiais convidadas para o debate (Ambiente, Agricultura e a Comissão Interministerial de Biossegurança e Organismos Geneticamente Modificados – Cibiogen) não compareceram  à reunião com as organizações sociais e cientistas visitantes. As duas secretarias afirmaram não ter nenhuma posição sobre o assunto.

Actualmente existem milhares de hectares de campos experimentais de milho transgénico no México. Foi referido que a Cibiogen alegou indisponibilidade de tempo para estar presente no dia do debate.

(…)
Saiba mais em:

22 fevereiro, 2013

QUERCUS pela Apicultura

Quercus exige que Portugal vote pela proibição europeia de pesticidas que matam abelhas

Votação irá decorrer segunda-feira, dia 25 de Fevereiro

Segunda-feira, dia 25 de Fevereiro, os Estados-Membros da União Europeia irão votar sobre a proibição de uma controversa classe de pesticidas. Neonicotinóides, assim se chama a classe de pesticidas que mais polémica tem gerado nos últimos tempos e que está ligada ao declínio das abelhas em todo o mundo.

Em 1999, a Convenção sobre Diversidade Biológica em São Paulo emitiu a Declaração dos Polinizadores, reconhecendo o papel fundamental e a situação crítica deste grupo de espécies. As populações de polinizadores estão num estado de declínio, algumas espécies estão mesmo listadas como em risco de extinção, e esse declínio coloca uma significativa ameaça à integridade da biodiversidade do planeta e à qualidade e quantidade de alimentos disponíveis a uma população mundial crescente. Estima-se que pelo menos 80% das culturas agrícolas mundiais necessitem de polinização para dar semente e que 1 em cada 3 “dentadas” da nossa comida sejam resultado do trabalho de animais polinizadores.

Síndrome do Colapso das Colónias é a designação dada a um fenómeno em que as abelhas desaparecem inexplicavelmente, deixando para trás uma colmeia com criação e comida. Este fenómeno nunca antes visto até 2006, causou e continua a causar sérios problemas um pouco por todo o mundo, inclusive Portugal. Os neonicotinóides têm sido consistentemente apontados como uma das causas para esse colapso.

Só nos últimos 3 anos, mais de 30 estudos científicos vêm demonstrar os efeitos adversos dos neonicotinóides nos insectos. Estes insecticidas são sistémicos, ou seja, entram em todas as partes das plantas alvo, incluindo o pólen e néctar que as abelhas colhem e processam. Em Janeiro, a Autoridade para a Segurança Alimentar Europeia (EFSA) publicou uma recomendação científica para que as 3 substâncias principais dos neonicotinóidesClotianidina, Tiametoxam e Imidaclopride – deixassem de ser usadas em culturas visitadas por abelhas. Há neste momento muita informação que aponta para a mesma conclusão: há um risco real no uso de neonicotinóides em culturas agrícolas que atraem abelhas porque estes químicos levam ao declínio das abelhas e outros polinizadores. Esse risco não é aceitável nem de um ponto de vista ambiental, nem económico.

Assim, é crucial que Portugal marque posição contra os neonicotinóides. Tal posição irá proteger os polinizadores e o equilíbrio dos ecossistemas, irá proteger a produção agrícola nacional e irá proteger a apicultura que não só tem importância na sua acção polinizadora mas também como actividade económica sustentável.

Lisboa, 22 de Fevereiro de 2013


20 fevereiro, 2013

18 fevereiro, 2013

A Vespa velutina em Portugal

A Vespa velutina em Portugal continental e a apicultura nacional

Miguel Maia (1) e José Manuel Grosso-Silva, (2)

(1) APIMIL, Associação Apícola Entre Minho e Lima, Vila Nova de Cerveira // APISMAIA, Produtos & Serviços em Apicultura; Vila Real, apismaia@sapo.pt

(2) CIBIO/UP, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto- Campus Agrário de Vairão, 4485-661 Vairão

Introdução

A espécie Vespa velutina nigrithorax é a designada Vespa-asiática, sendo originária da China, Afeganistão, Indochina e Indonésia (CARPENTER & KOJIMA, 1997) onde foram identificadas 12 variedades desta espécie. Desta vespa pouco se sabe acerca da sua biologia e comportamento predador, mesmo no seu habitat natural. A Vespa-asiática foi introduzida na Europa, através de um transporte de hortícolas vindos da China e que foi desembarcado no porto de Bordéus (França) no ano de 2004 (VILLEMANT et al., 2006). De então para cá, a Vespa velutina já conquistou 1/3 do território francês (Figura 1) e colonizou o norte da Península Ibérica em 2010 (CASTRO & PAGOLA-CARTE, 2010).


Figura 1. Progressão da invasão de França pela Vespa-asiática desde a sua deteção em 2004 até 2009 (VILLEMANT et al., 2010).

Territórios como a Suíça, Holanda e norte de Itália já esperam uma invasão desta vespa nos próximos tempos, tendo sido recentemente detetada na Bélgica (ROME et al., 2012). Em Setembro de 2011, foram detetados exemplares de V. velutina no concelho de Viana do Castelo (Portugal) em 4 apiários (GROSSO-SILVA & MAIA, 2012; ROME et al., 2012). Porém, até ao momento não foram detetados ninhos primários (fundadoras) nem secundários.

O Ciclo biológico da Vespa velutina

O ciclo biológico desta vespa é anual e consiste basicamente em dois períodos. Um primeiro período para a rainha fundadora (Fevereiro a Abril) e outro período de tempo para o crescimento da colónia (Abril a Novembro) (Figura 2).

Figura 2. Ciclo anual da Vespa velutina (adaptado)

A partir de Janeiro/Fevereiro, a rainha fundadora começa a construir um ninho primário. Este ninho é cerca do tamanho de 2 “bolas de ténis” e contêm a rainha e dezenas de vespas obreiras. Durante a Primavera o ninho começa a crescer em número de obreiras, sendo o ninho primário abandonando e construído um ninho secundário. Este ninho secundário é definitivo e bastante maior que o anterior. Devido ao crescimento exponencial da comunidade de vespas, a maior parte dos ataques aos apiários é realizado do início do Verão até ao início do Outono. Este período pode ser mais alongado caso haja temperaturas amenas durante o Outono. Ainda no princípio do Outono dá-se a fecundação das futuras rainhas (rainhas fundadoras) e, quando as temperaturas começam a decrescer (Outubro/Novembro), estas rainhas iniciam a sua hibernação no solo. Nesta altura do ano, todas as obreiras morreram e o ninho secundário está vazio.

A alimentação da Vespa velutina

De uma maneira geral, as vespas que caçam abelhas, entre outros invertebrados, é com o intuito de fornecerem alimentação proteica para a sua criação. A maior parte das vespas atacam as abelhas individualmente. A excepção vai para a Vespa-gigante (Vespa mandarinia) que ataca as abelhas em grupo e facilmente invade o interior das colmeias.

Quando a população do ninho começa a crescer de uma forma significativa (Junho) até ao seu máximo (Novembro) é quando existe uma maior procura por alimento. É neste período de tempo que os apiários estão sobre uma maior pressão.

A identificação de ninhos

A localização/identificação dos ninhos será importante para sabermos acerca da sua estabilização futura em Portugal. A identificação de ninhos de Vespa velutina faz-se maioritariamente em árvores com alturas superiores a 5 metros. No entanto, a sua detecção é mais fácil no Outono quando as folhas caem. São ninhos que podem atingir 1 m de altura por 0,8 m de largura e a entrada/saída de vespas é realizada por um orifício lateral ao ninho (Figura 3). Ao detetar os ninhos de fundadoras é necessário proceder à sua destruição (para controlo da invasão em Portugal).

Figura 3. Indicação de orifício de entrada/saída de Vespa velutina.
A Vespa crabro tem outras particularidades: na maior parte das vezes constrói o ninho em fendas de árvores ou em estruturas de edifícios e a entrada/saída de vespas é feita através de um orifício localizado na parte inferior do ninho.

Construção de armadilhas

A construção e utilização de armadilhas não permitem a erradicação da Vespa velutina. As armadilhas são úteis para monitoração e localização do ninho de vespas como também para diminuição da predação. Se existem muitas vespas no apiário, devem ser colocadas armadilhas para diminuir a pressão de predação.

As armadilhas podem ser construídas com garrafas de plástico ou adquiridas em lojas da especialidade. Existem vários “iscos” para atrair as vespas. É necessário verificar se o isco que colocamos nos nossos apiários é próprio para Vespa velutina pois poderemos cair no erro de atrair outros predadores e abrir um espaço para o aumento da predação pela Vespa-asiática. O tempo para mudar o isco depende da sua “receita”. Se é com carne deve estar cada dia, se é com álcool e açúcar, pode estar cada semana. Porém, deverão ser os apicultores a monitorizar nos seus apiários qual o melhor espaço de tempo para a sua substituição. Por exemplo uma “receita” de isco pode ter os seguintes “ingredientes”:

• Mel fermentado : água (1:1)

• Xarope groselha (200 ml) : 1 litro cerveja: ½ litro vinho

• Solução de mel obtida de favos velhos (deixar fermentar)

Independentemente da forma como o isco é realizado, convém que o seja bastante fluído para que as vespas sejam obrigadas a molhar as asas. Assim, os seus movimentos ficam reduzidos e tornam-se incapazes de sair das armadilhas.

Diferenças entre a Vespa velutina e Vespa crabro

Existem diferenças notáveis entre a espécie nativa V. crabro e a espécie exótica V. velutina (Figura 4):

Vespa velutina caracteriza-se por ter um abdómen de cor mais escura com algumas listras amarelas;

• As extremidades das patas de V. velutina são amarelas, enquanto em Vespa crabro apresentam uma cor escura;

• A subespécie introduzida é Vespa velutina nigrithorax, que como o nome indica tem o tórax negro.

Figura 4. Aspeto de Vespa velutina, com indicação das características de diagnóstico.


Bibliografia

CARPENTER, J. M. & KOJIMA, J., 1997. Checklist of the species in the subfamily Vespinae (Insecta: Hymenoptera: Vespidae). Nat. Hist. Bull. Ibaraki Univ., 1: 51-92.

CASTRO, L. & PAGOLA-CARTE, S., 2010. Vespa velutina Lepeletier, 1836 (Hymenoptera: Vespidae), recolectada en la Península Ibérica. Heteropterus, Rev. Entomol., 10: 193-196.

GROSSO & SILVA, J. M. & MAIA, M., 2012. Vespa velutina Lepeletier, 1836 (Hymenoptera, Vespidae), new species for Portugal. Arquivos Entomolóxicos, 6: 53-54.

ROME, Q.; MULLER, F. & VILLEMANT, C., 2012. Expasion en 2011 de Vespa velutina Lepeletier en Europe (Hym., Vespidae). Bull. Societé Entomologique de Frrance, 117 (1): 114.

VILLEMANT, C.; HAXAIRE, J. & STREITO, J.-C., 2006. La découverte du Frelon asiatique Vespa velutina, en France. Insectes, 143: 3-7.

VILLEMANT, C.; ROME, Q. & MULLER, F., 2010. Vespa velutina, un nouvel envahisseur prédateur d’abeilles. La lettre de la SECAS, 62: 14-18.

Agradecimentos

Ao Nuno Amaro e Pedro Pereira, pela dedicação e recolha de exemplares de Vespa velutina. Ao Julián Urkiola, Presidente da Associação de Apicultores de Guipúzkoa (Espanha), pelo envio de fotos.

Armadilha para a Vespa velutina

Para mais informações contacte a Qalian - Portugal e solicite o folheto informativo
Tel. 00351 21 843 68 50 - Fax. 00351 21 840 32 17
Email. saudeanimal@qalian.pt

13 fevereiro, 2013

Concurso de Apiários

Não sei se o assunto é inédito em Portugal.

Pelo menos nunca vi nada parecido, mas parece ser suficientemente interessante para ser adoptado pelas associações e desta forma implementarem junto dos associados as melhores práticas apícolas.

Encontrei-o num dos links do website suíço, http://apiculture-nyon.blogspot.pt e é da autoria da Société Romande d’ Apiculture.


Concurso de Apiários

1. O júri do concurso de apiários não poderá actuar sem estar completo. Cada membro deverá estabelecer uma pontuação dentro dos limites admitidos, determina-se a nota média somando as pontuações parciais e dividindo por três, sem fracções.

2. O júri dedicará o tempo necessário a cada visita, devendo fazer chegar os seus conselhos ao concorrente.

3. Será eliminado do concurso o apicultor em cuja exploração o júri encontrar uma doença epizoótica (Loque Americana, L. Europeia). A decisão do inspector (técnico) dos apicultores/associação é determinante.

4. Todos os modelos de colmeias são admitidos a concurso, mas serão tidas em conta as dimensões standard.

5. As apreciações do júri serão baseadas, de acordo com a categoria na qual o apiário está inscrito, nas diferentes rubricas previstas nas duas escalas de pontuação que se seguem:

1- Aspecto Geral do(s) Apiário(s) : 1ª Categoria 5 pts 2ª Categoria 5 pts
Situação, Orientação
Disposição das Colmeias
Proximidade de fontes melíferas

2- Colmeias : 1ª Categoria 5 pts 2ª Categoria 10 pts
Construção
Respeito pelas dimensões
Estado de conservação e manutenção
Limpeza, higienização

3- Colónias : 1ª Categoria 10 pts 2ª Categoria 15 pts
Tamanho da população
Vitalidade
Comportamento

4- Rainhas : 1ª Categoria 5 pts 2ª Categoria 10 pts
Valor
Pedigree
Renovação / substituição
Marcação

5- Corpo da Colmeia (ninho) : 1ª Categoria 10 pts 2ª Categoria 15 pts
Aspecto dos favos
Renovação de quadros (ceras)
Organização: criação – pólen - provisões

6- Alças : 1ª Categoria 10 pts 2ª Categoria 15 pts
Grelha excluidora de rainhas
Higiene dos quadros (ausência de criação)?
Renovação de ceras

7- Condução do Apiário : 1ª Categoria 10 pts 2ª Categoria 10 pts
Aptidões do apicultor
Monitorização das colónias (anotações)
Controlo dos efectivos

8- Criação de Abelhas : 1ª Categoria 5 pts 2ª Categoria 15 pts
Selecção
Escolha das estirpes
Apresentação
Método

9- Sanidade : 1ª Categoria 10 pts 2ª Categoria 15 pts
Higiene geral: colmeia, acessórios, utensílios, equipamento de inspecção
Formas de luta antiparasitária (produtos legais)
Formas de prevenção das doenças (desinfecção das colmeias)

10- Laboratório e Armazém : 1ª Categoria 10 pts 2ª Categoria 15 pts
Equipamentos e higiene dos locais
Qualidade e limpeza do material da exploração
Modo de acondicionamento
Stock de Xarope, Candy, etc
Reserva de material
Controle pessoal

11- Mel : 1ª Categoria 10 pts 2ª Categoria 15 pts
Apreciação do mel
Apreciação da embalagem e rótulo
Modo de difusão
Etiquetagem

12- Conhecimentos Teóricos : 1ª Categoria 10 pts 2ª Categoria 10 pts
Questionário - Teste

TOTAL : 1ª Categoria 100 pts 2ª Categoria 150 pts


Escala de Pontuação para a Categoria 3 (iniciados)

1- Aspecto Geral do(s) Apiário(s) : 5 pts
Situação, Orientação
Disposição das Colmeias
Proximidade de fontes melíferas

2- Colmeias : 5 pts
Construção
Respeito pelas dimensões
Estado de conservação e manutenção
Limpeza, higienização

3- Colónias : 10 pts
Tamanho da população
Vitalidade
Comportamento

4- Rainhas : 5 pts
Renovação / substituição
Marcação

5- Corpo da Colmeia (ninho) : 10 pts
Aspecto dos favos
Renovação de quadros (ceras)
Organização: criação – pólen - provisões

6- Alças : 10 pts
Grelha excluidora de rainhas
Higiene dos quadros (ausência de criação)?
Renovação de ceras

7- Condução do Apiário : 10 pts
Aptidões do apicultor
Monitorização das colónias (anotações)
Controlo dos efectivos

8- Medidas Sanitárias : 10 pts
Higiene geral (colmeia, acessórios, utensílios, equipamento)
Modo de luta antiparasitária (produtos homologados)
Modo de prevenção das doenças (desinfecção das colmeias)

9- Laboratório e Armazém : 10 pts
Equipamentos e higiene dos locais
Qualidade e limpeza do material da exploração
Modo de acondicionamento
Stock de Xarope, Candy, etc
Controle pessoal

10- Mel : 10 pts
Apreciação do mel
Apreciação da embalagem e rótulo
Modo de difusão
Etiquetagem

11- Conhecimentos Práticos : 5 pts
Boa capacidade de observação
Aramagem dos quadros e fixação da cera
Identificar, controlar e tratar a varroose
Marcação de rainhas
Reciclagem de cera

12- Conhecimentos Teóricos : 5 pts
Consulta regular de revistas da especialidade
Controlo de enxameação, captura de enxames e colocação na colmeia
Biologia da abelha
Conhecer pelo menos dois métodos de desdobramentos
Reconhecer e reagir às diferentes doenças (varroose, loque, etc…)
Consulta de literatura apícola

13- Participação no Mundo da Apicultura : 5 pts
Participação assídua nos cursos de vulgarização/formação
Participação na vida da associação
Participação nos cursos para principiantes

14- Produtos derivados : 2 pts bónus
Saber fazer pelo menos um produto derivado da colmeia

TOTAL 100 pts

6. Os participantes no concurso e a direcção da associação são avisados pelo júri da sua passagem pela exploração com pelo menos dez dias de antecedência.
Em data a acordar, o júri deverá remeter o respectivo relatório ao presidente da associação. Na mesma data, cada concorrente deverá receber uma cópia do relatório referente à sua exploração.

7. O júri assinalará no seu relatório todas as inovações úteis e criativas, dignas de serem conhecidas e difundidas. Poderá também dar as suas felicitações aos apicultores que as mereçam, relativamente a essas inovações.

8. As Classificações são as seguintes:

a) Para a Primeira Categoria: máximo 100 pontos
de 91 a 100 pontos: Diploma e Medalha de Ouro
de 81 a 90 pontos: Diploma e Medalha de Prata
de 71 a 80 pontos: Diploma e Medalha de Bronze
de 61 a 70 pontos: Menção Honrosa

b) Para a Segunda Categoria: máximo 150 pontos
de 136 a 150 pontos: Diploma e Medalha de Ouro
de 121 a 135 pontos: Diploma e Medalha de Prata
de 105 a 120 pontos: Diploma e Medalha de Bronze
de 90 a 104 pontos: Menção Honrosa

c) Para a Terceira Categoria: máximo 100 pontos
de 91 a 100 pontos: Diploma e Medalha de Ouro
de 81 a 90 pontos: Diploma e Medalha de Prata
de 71 a 80 pontos: Diploma e Medalha de Bronze
de 61 a 70 pontos: Menção Honrosa

Material Apícola Usado para venda

Tina de Desoperculação/Decantação em inox, com mais de 2 metros, por cerca de 80 cm de largo.
A tina está dividida em quatro compartimentos separados por chapa de inox, perfurada com diversos diâmetros e possui tampas de acrílico.
Dois maturadores em inox com capacidades de 75 kg e 50 kg.
Os interessados deverão contactar António Pina, de Benavila - Avis, contacto: 933 48 49 43.


07 fevereiro, 2013

Um Apicultor no Jardim de Infância

Mais uma vez o amigo António Sérgio foi convidado a partilhar o seu mel e conhecimentos apícolas com as crianças de um Jardim de Infância.
Começa a ser um acontecimento frequente a ida dos apicultores às escolas para sensibilizarem os mais novos para a importância ambiental, social e económica das abelhas.
Desta vez o “programa” constou da história da vida das abelhas, as provas de mel, a utilização de equipamentos de protecção, o uso do fumigador e a visualização das abelhas nas flores do jardim.
As crianças corresponderam com uma série de trabalhos, onde à sua maneira e talvez a “maneira” mas pura de ver a realidade, retrataram a apicultura.

04 fevereiro, 2013

ADERAVIS - TRILHO: Formação Inicial em Apicultura

A Formação não terá qualquer custo para os formandos que irão receber 4,27€/dia de Subsídio de Alimentação.
Os formandos deverão ter pelo menos o 4º ano de escolaridade.
Os formandos deverão ainda possuir o equipamento básico de inspecção de colmeias para as sessões práticas.
No final de cada ufcd validada receberão um Certificado de Qualificação Profissional.
Para mais informações deverão contactar a Associação de Desenvolvimento Rural – TRILHO, através do Telefone: 266 701 210 ou pelo E.mail: trilhoadr@gmail.com
Também podem inscrever-se ou obter informações na ADERAVIS, através do nº 965051291 ou aderavis@gmail.com

Mais se informa que o curso terá início quando houver 18 formandos.

Alguns dos Temas a Abordar ao longo do Percurso Formativo

1- Introdução e Objectivos da Formação:
a) Recepção dos Formandos
b) Documentação
c) Objectivos do Curso
d) Generalidades

2- História, Biologia e Comportamento da Abelha:
a) Surgimento das Abelhas na Terra
b) Domesticação e utilização das Abelhas pelo Homem
c) Evolução das colmeias/equipamentos apícolas
d) Biologia geral dos Insectos, Himenópteros
e) Reprodução das abelhas, Rainhas; Zangãos e Obreiras
f) Comportamento das abelhas

3- Instalação de apiários:
a) Regras para a instalação de apiários
b) Avaliação dos recursos disponíveis
c) Protecção contra os factores climáticos
d) Contratos de arrendamento
e) Legislação (Ordenamento e Sanitária)

4- Flora Apícola:
a) Flora Apícola: Nectarífera, Polinífera e Resinífera
b) Flora Espontânea e Cultivada, Transumância
c) Calendários de Floração
d) A Polinização
e) Pesticidas e Transgénicos

5- Enxameação e Desdobramentos:
a) Enxameação Natural
b) Captura de Enxames Selvagens
c) Métodos de Controlo de Enxameação
d) Métodos de Desdobramentos
e) Condução das Novas Colónias

6- Cresta e Produtos da Colmeia:
a) Boas Práticas na Cresta
b) Boas Práticas na Unidade Primária de Produção
c) HACCP
d) Produtos da Colmeia, Produção, Processamento, Embalamento e Comercialização
e) Conservação de Ceras

7- Alimentação Artificial Complementar:
a) Alimento Artificial de Manutenção
b) Alimento Artificial Estimulante
d) Componentes da Alimentação Artificial e Confecção de Pastas e Xaropes
e) Alimentadores

8- Sanidade Apícola:
a) Doenças, Sintomas e Tratamentos
b) Predadores de Abelhas
c) Medicamentos
d) Métodos Biológicos de Tratamento
e) Legislação
f) Higienização de Equipamentos

01 fevereiro, 2013

Sugestões da ADERAVIS ao GPP para o PAN 2014 - 2016

SUGESTÕES ENVIADAS PELA ADERAVIS AO GABINETE DE PLANEAMENTO E POLÍTICAS
AVIS: 31 de Janeiro de 2013
ASSUNTO: Sugestões para o Programa Apícola Nacional 2014/2016
Com o conhecimento de S.ª Ex.ª a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente, e do Ordenamento do Território
Exm.os Sr.s
Tendo esta associação sérias duvidas acerca do bom funcionamento do Programa Apícola Nacional nos moldes em que tem sido feito, tal como apesar da exclusão a que fomos votados relativamente à Medida 1-B do PAN – 2013, somos no entanto responsáveis por mais de 100 apicultores detentores de cerca de 6.000 colmeias e por isso sentimo-nos no dever de apresentar algumas sugestões que julgamos pertinentes para um melhor funcionamento do referido programa.
Sugestões que desde o primeiro ano em que beneficiamos das ajudas do PAN são trimestralmente remetidas aos serviços oficiais via relatórios técnicos e que supostamente ninguém lê ou não se lhe dá muita atenção.

1- O período habitual de candidaturas ao PAN decorre durante o mês de Junho, com o compromisso raramente respeitado de as associações serem notificadas da avaliação daquelas durante o mês de Novembro. Tal facto torna bastante difícil senão impossível a manutenção do técnico, na medida em que o contrato deve ser celebrado no dia 1 de Setembro quando ainda não sabemos se a candidatura foi ou não aprovada.
A ADERAVIS como a quase totalidade das associações que se candidatam ao PAN são estatutária e juridicamente sem fins lucrativos, por isso sem fontes de rendimento que lhe permitam cumprir com os deveres fiscais e sociais, além do vencimento do técnico, durante os meses em que aguardam pela aprovação/reprovação da candidatura.
Sugerimos por isso que o período de candidaturas seja antecipado, para que a resposta do IFAP nos chegue antes do final do mês de Agosto e atempadamente possamos desenvolver todas as tramitações necessárias à contratação legal e segura do técnico, tão necessário ao acompanhamento das explorações dos associados.
Se tal se verificar, evitará entre muitas outras situações lamentáveis, o que sucedeu este ano com a ADERAVIS, nomeadamente os gastos com a Segurança Social, Finanças e Vencimento do técnico durante os meses em que aguardamos a avaliação da candidatura e que não temos meios de reaver.

2- A verba despendida pelas associações demora cerca de 6 meses ou mais a ser reembolsada pelo IFAP, o que pelas razões referidas no ponto anterior leva-nos a situações de incumprimento perante as Finanças e Segurança Social o que sempre acarreta coimas e juros de mora a somar a outros custos já insuportáveis.
Propomos que o IFAP durante o mês de Setembro adiante uma parte das verbas destinadas a cada candidatura de modo a que as associações possam cumprir com as obrigações fiscais, sociais e vencimento do técnico.
Em casos de incumprimento por parte das associações, o IFAP tem meios de recuperar a referida verba, exactamente da mesma forma que o faz nos actuais moldes do Programa Apícola Nacional, pelo que não encontramos razões para que as ditas verbas não possam ser transferidas para as associações antes das despesas efectuadas.

3- Que não se voltem a repetir situações como as do PAN – 2013, entre outros, em que muitas associações viram reprovada a candidatura à Medida 1-B, privando os respectivos associados da assistência técnica, determinante ao bom acompanhamento das explorações.
Solicitamos que de futuro só seja atribuído um segundo técnico a qualquer associação quando todas as outras já beneficiem de um, sendo de inteira justiça um tratamento igualitário para todas as organizações de apicultores.

4- Nos últimos anos, com a aquisição e distribuição dos medicamentos acaricidas a cargo das organizações de apicultores, com todas as dificuldades inerentes a este processo, tem-se verificado um consequente desinteresse por parte dos apicultores na utilização de produtos homologados, como também um aumento dos casos de não tratamento.
Esta medida fez com que pelas diferenças de dimensão das diversas associações, o que se reflecte na capacidade de negociação de cada uma, o medicamento possa ter preços diferentes de caso para caso, prejudicando evidentemente as associações mais pequenas onde se agrava o referido no parágrafo anterior.
Relativamente à Medida 2-A, será deveras importante, senão determinante para o bom sucesso do Programa Apícola Nacional, que as negociações dos medicamentos acaricidas com os laboratórios e a respectiva distribuição pelas associações/apicultores volte a ser feita pelos serviços oficiais.

5- Ainda no âmbito da Sanidade Apícola, o tratamento desigual entre as associações gestoras de Zona Sanitária Controlada e as outras associações, poucas vantagens tem trazido para as primeiras para além da facilidade em conseguirem um técnico suplementar, o que em muito agrava o referido no ponto (3) desta exposição. Por isso sugerimos que todo o território nacional passe a gozar dos mesmos privilégios. A homogeneização e sincronização de acções sanitárias em todo o território nacional trará decerto melhores resultados.

6- A proibição da aquisição/distribuição/utilização de substâncias activas como o Timol, Ácido Oxálico e Ácido Fórmico para controlo da varroose, utilizados e aconselhados em grande número de países europeus, coloca os apicultores nacionais em franca desvantagem competitiva relativamente ao resto da Europa.
Ironicamente, são admitidas em Portugal colmeias transumantes desses países onde permitem a utilização de substâncias por cá consideradas ilegais, ou pior ainda: permite-se a importação e a comercialização de méis oriundos desses países, quando o argumento para a proibição das referidas substâncias activas visa e muito bem a salvaguarda dos consumidores.
Propomos por isso que a Medida 2-A do PAN passe a considerar e a permitir a aquisição de Timol, Ácido Oxálico e Ácido Fórmico à semelhança de outros países europeus.

7- O actual surgimento de grande quantidade de novos apicultores, mercê dos projectos ProDer, com o consequente aumento exagerado do número de colmeias em determinadas regiões, requer uma coordenação e regulação mais rigorosas pelas entidades oficiais. O ordenamento apícola deverá ser respeitado, tendo em conta os recursos apícolas disponíveis em cada região e a capacidade de suporte do meio, evitando sobrecargas de colónias de abelhas e evitando o esgotamento de recursos e ou a quebra de rendimentos até níveis insustentáveis.
Pelas mesmas razões e levando a resultados ainda mais desastrosos, a entrada descontrolada de grandes quantidades de colmeias estrangeiras, com maneios e práticas muito diversos e exclusivos daqueles a que os apicultores nacionais praticam desde sempre, tem levado a um acréscimo de problemas sanitários, marcadas perdas de rendimento e até o abandono de explorações nacionais.
Não sendo estes assuntos da responsabilidade directa do Programa Apícola Nacional, mas apelando aos elevados e felizmente ambiciosos objectivos deste programa, sugeríamos que algo fosse feito no sentido de alterar a legislação relativa ao ordenamento apícola ou mesmo dotar as associações de meios para poderem actuar nas referidas situações, evidentemente que com uma colaboração mais próxima, efectiva e eficaz com a DGAV, de modo a suscitar uma intervenção mais rápida desta entidade.
As associações de apicultores são quem melhor conhece as condições no terreno e que de facto poderão ter um papel determinante na avaliação dos recursos de cada região e assim evitar que se continuem a fomentar tais concentrações de colmeias que em nada beneficiam as produções nacionais.

8- Desde o primeiro ano de ajudas do PAN que mensalmente, ou noutras periodicidades previamente acordadas, se realizavam reuniões de coordenação entre as DRA’s e as associações da respectiva região.
Tais encontros permitiam a troca de experiência entre os técnicos de cada associação, bem como a afinação e harmonização de estratégias de apoio aos associados, beneficiando com isso todos os agentes do sector e promovendo-se outro nível de aproximação e colaboração entre as associações.
A ADERAVIS sugere que as DRA’s voltem a promover tais reuniões, em periodicidade a acordar entre esta entidade e as diversas associações da região, com todas as vantagens atrás mencionadas.

Voltamos a referir que estas propostas para o PAN 2014-2016, senão todas a larga maioria, já foram remetidas aos serviços oficiais via Relatórios Técnicos Trimestrais da Medida 1-B, enquanto dela não fomos excluídos, e que de futuro a ADERAVIS estará na disponibilidade de colaborar com os serviços no sentido de melhorar o Programa Apícola Nacional, assim nos seja solicitada a nossa opinião.
Atentamente,
A Direcção da ADERAVIS