31 dezembro, 2011

HAPPYKEEPER – MACMEL

Trata-se de um novo equipamento apícola, de combate à Varroose e disponível na Macmel.

É constituído por um estrado de madeira (1), um conjunto de tubos unidos por três fixadores (2) que formam um conjunto amovível (3):

Os espaços entre os tubos são de 3,5 mm, o que impede a passagem das abelhas (4).

Nesta imagem, onde propositadamente foi apenas deixado um quadro em cada dois, percebe-se que cada quadro fica exactamente sobre cada tubo, o que torna o equipamento ainda mais eficaz (5).

Tanto as varroas como os dejectos das abelhas caem nas fendas entre os tubos e ficam debaixo da colmeia sem possibilidade de subir ou infectar outras abelhas (6).

Para um melhor funcionamento do estrado HAPPYKEEPER, a colmeia deve ficar elevada a 20 cm do solo (7).

As fendas entre os tubos funcionam igualmente como respiradouros para as colmeias (8).

As abelhas utilizam essas fendas para eliminar o ar viciado e substitui-lo por ar fresco. Em todas as estações, a atmosfera é assim óptima para o desenvolvimento da colónia.

Colónias foram testadas usando este estrado sanitário durante longos períodos abaixo de 10ºC negativos, em clima de montanha e sem qualquer problema.

Os apicultores constataram um aumento considerável da queda de varroas imediatamente após a substituição dum estrado em rede por um estrado em tubos.

É uma atmosfera óptima que torna as abelhas mais fortes, mais sãs, mais produtivas e melhorando a sua libertação das varroas. Abaixo de taxas de infestação de 5% na Primavera é inútil qualquer tratamento.

A entrada de 8,0 mm de altura não necessita de ser alargada na Primavera (9).

O estrado HAPPYKEEPER está sempre limpo e não necessita de qualquer manutenção durante vários anos.

Um estrado sempre limpo, abelhas de boa saúde, pouco ou nenhum tratamento, um fraco risco de pilhagem.

Todas estas vantagens fazem com que o estrado HAPPYKEEPER mereça bem o slogan: "o estrado que instalamos e esquecemos".

Disponível e representado em Portugal na:

MACMEL Lda.
Av. D. Nuno Alvares Pereira – Edifício dos Celeiros – Lote 1, entrada A
5340 – 202 Macedo de Cavaleiros - PORTUGAL

Tel. 917 886 014 Email. geral@macmel.net

Web: www.macmel.net

24 dezembro, 2011

Apicultura 2050, uma história de Natal…

Cinco de Junho de 2050, uma nuvem de pó avermelhado e tóxico denuncia a nossa chegada ao apiário. A temperatura às sete da manhã já ronda os 45º C e tudo aponta para um dia fresco.

Viemos pelo ar, aliás, seria impensável fazê-lo de outra forma. A moda do pagamento de portagem nas SCUT’s estendera-se às restantes vias, nem as estradas municipais ou os caminhos de cabras escaparam à regra.

Não era para menos, a crise atingia agora números impressionantes e era preciso pagá-la. Portugal, depois de ter esgotado todo o arsenal de submarinos a boa parte dos países do Norte da Europa, empenhava-se agora em adquirir helicópteros e outros meios de transporte bélicos.

Ao menos os helicópteros não pagavam portagem, aterravam em qualquer lado e os apicultores faziam bom uso deles.

Aguentei-me mais uns instantes na cabine, à espera que a poeirada venenosa assentasse por completo, enquanto no rádio se ouviam os últimos acordes do mais recente sucesso do Bobby Carreira. Um cachorro pelo de arame, pertença do conhecido “artista” que pôs toda a família a cantar, e aquele era o menos mau, incluindo o dono.

À chegada, coisa curiosa, entretivemo-nos a observar um casal de abelharucos que piava alegremente pousado no arame farpado que cercava o apiário. Julgávamo-los extintos há mais de uma década, mas estes dois escaparam à hecatombe.
Logo assomaram à entrada de uma colmeia três ou quatro abelhas de reflexos metálicos, que num ápice se lançaram às pobres avezinhas. Sobrou um punhado de penas multicores que voavam ondulantes ao sabor da brisa, a única coisa colorida que nos estaria reservada para esse dia.

Malditas bestas, decerto já esqueceram o tempo em que dependiam de tudo e mais alguma coisa, quando carinhosamente as poupamos à Varroose e a tantas outras provações. A ingratidão deixara de ser uma característica exclusivamente humana e agora animava as relações entre os diversos seres vivos.

Passamos então a ajustar os equipamentos de titânio com máscaras de acrílico à prova de bala e activamos os fumigadores atómicos. Nunca pensei que o urânio substituísse a bosta de vaca na nobre função de pacificar as abelhas. Até porque “pacifismos”, bosta de vaca e urânio radioactivo acabam por ser lados distintos da mesma moeda…

Abelhas geneticamente modificadas, coisa pouca, “só” lhes substituíram o exoesqueleto de quitina por uma carapaça de ferro, fora os efeitos colaterais: ficaram mais agressivas. Pessimismos à parte, ao menos conseguiu-se controlar a Varroose, e o único receio agora era que as abelhas enferrujassem.

E que espectáculo deprimente era vê-las na tábua de voo a chiar que nem molas de colchão velho.

Valia-nos mais uma vez (e sempre) o Programa Apícola Nacional, agora sob a alçada do Ministério da Defesa e com ajudas à compra de óleo lubrificante que nem precisava de ser homologado. Tudo servia, desde o óleo queimado usado nos motores até ao das batatas fritas.

As almotolias passaram a fazer parte do nosso estojo apícola.

Entidades como o GPP ou o IFAP, quais santuários edificados ao acordo de Kyoto, eram a linha da frente do ambientalismo e da conservação da Natureza. E não era para menos, ou não se lembrassem eles de doar para a reciclagem as pilhas de relatórios mensais, semanais, anuais, trimestrais, diários e outros tais, escritos pelos técnicos de apicultura ao longo de mais de seis décadas.

Nunca mais se abateu uma árvore para fazer papel, até porque já poucas havia…
Mas deixemos isso porque hoje era o dia da cresta. Ao contrário de outras épocas, o dia mais odiado pelos apicultores:

Já não se produzia mel, ou pólen, ninharias do passado. Agora as abelhas recolhiam nas flores os metais pesados, resíduos de pesticidas e todo um rol de porcarias com as mais diversas aplicações militares.

Nunca a apicultura passara por tempos tão prósperos. Não havia potência em estado marcial ou celulazinha terrorista que não nos garantisse o escoamento total da produção.

Há quem diga, mas ignoro a fonte, que meia dúzia de fanáticos fundamentalistas ainda guardam umas quantas colónias da Apis mellífera original, essas abelhinhas maricas do passado, que produzem um mel docinho, puro e até caseiro, imagine-se.
E perguntamos oportunamente: para quê?, se já nem tofina havia para lhe aproveitar os frascos.

Vá-se lá convencer alguém a carregar uma ogiva para um míssil balístico intercontinental com um monofloral de rosmaninho… E depois? Espera-se 50 ou 60 anos que os alvos morram de diabetes?

A cresta do futuro? Coisa simples:

Aproximamo-nos cuidadosamente das colmeias e aplicamos-lhe uma descarga de 100.000 volts com o alicate levanta quadros, agora com outras funções. O líquido verde que escorria pela tábua de voo augurava uma boa produção, paladares estragados esses que não sabem apreciar um bom monofloral de neonicotinóides.

Pediam-nos para não abusarmos muito do fumigador, os produtos da colmeia ficariam demasiado brilhantes quando colocados às escuras e a clientela mais susceptível acabava sempre por torcer o nariz. Até porque depois de uma boa colherada deste mel, a única coisa que aguentaria uma torção seria mesmo o nariz…

Não riam, mas no último concurso de mel que foi possível realizar, os elementos do júri foram aposentados compulsivamente por não lhes conseguirem descolar as colheres de plástico da língua. Acentuem-se lá os aspectos positivos: nunca mais gastaram um avo em radiografias, apaga-se-lhes a luz e a anatomia de cada um surge-nos tão mais psicadélica e completa quanto mais mel ingeriram.

Lá vinha o primeiro ataque de abelhas campeiras, estas escaparam aos efeitos sedativos do fumigador nuclear. Embatiam com tal violência nos nossos equipamentos que mais pareciam uma descarga de metralha.

Só os técnicos de apicultura, com passagem curricular e obrigatória pelo corpo de comandos, tinham estômago para esta actividade. Eram agora e por isso tratados como cidadãos de primeira.

Mesmo assim sofríamos pesadas baixas. Qualquer abelha que se esgueirasse por uma frincha imprevista, causava-nos uma sensação semelhante à que há-de sentir qualquer pedaço de madeira atacado pelo caruncho. Tal distracção acabava inevitavelmente nas urgências, ipsis verbis, na urgência que os sobreviventes tinham em livrar-se da carcaça…

Mas continuávamos espíritos alegres e folgazões, ninguém se negava à nobre causa da apicultura. As associações do sector recrutavam a rapaziada sobretudo nos centros correccionais, hooligans, arrombadores e outras enormidades.

Querem agora saber como é a criação de rainhas, os desdobramentos e o controlo de enxameação das abelhas do futuro?

Porque não perguntam ao Coelhinho da Páscoa? Ou ao Pai Natal?...

E que por falar nisso vos desejo um FELIZ NATAL 2011.

Desta vez passa, ou não (?), mas continuem sem reivindicar para o sector toda a importância e dignidade que lhe é devida. A permitir que o ambiente seja tratado como uma estatística ou uma mera fonte de rendimentos de forma insustentável e dentro em breve, se quiserem ver abelhas só no Museu de História Natural…
Bem hajam

11 dezembro, 2011

Meliponários do Sertão – Mossoró – Rio Grande do Norte – BRASIL

Pouco passava das nove horas da manhã enquanto aguardávamos pacientemente pelo autocarro da Nordeste que nos levaria a Mossoró.

Junto com o troco das passagens vinha um lacónico comentário, nem era uma pergunta nem uma sentença, mas raiava as duas:

“…o que vão fazer lá naquele buraco quente?”

Certo é que pelo caminho me ocorreu que a desdita nem era assim tão destituída de sentido. Dias antes tínhamos saído da luxuriante floresta amazónica para o fresco litoral nordestino, mas o apelo do Sertão, dos horizontes longínquos e das abelhas exóticas foi mais forte e saímos dali para nos embrenharmos na Caatinga…

Do clima fresco e agradável de Natal passamos gradualmente para temperaturas mais altas e securas angustiantes. A vegetação e a paisagem em geral transmutavam-se desde a verdejante mata atlântica até à desolada Caatinga de arbustos espinhosos, secos e esquálidos.

À nossa espera em Mossoró estava o Kalhil Pereira França, meliponicultor e blogger que conhecera há cerca de dois anos por causa de uma gafe por mim cometida: classifiquei erroneamente uma abelha sem ferrão. De imediato o autor do conhecido blog “Meliponário do Sertão” se apressou a repor a verdade, vindo daí a constante troca de informação e a amizade.

Logo no primeiro passeio, numa pequena comunidade rural (Gangorra) visitamos o quintal do “Seu” Tuta, meliponicultor cujo terreiro apresentava um cuidado meliponário.

Chamou-me a atenção a quantidade de troncos instalados nas prateleiras ocupadas pelas colmeias. Logo me elucidaram que tais troncos albergavam colónias selvagens de meliponíneos, recolhidos na Natureza e que aguardavam a transferência para colmeias racionais.

Visitamos outra comunidade rural (Jucuri), casas com pequenos quintais rodeados pelas características cercas de pau, troncos e ramos muito arrumados de cor esbranquiçada. O solo de uma poeira avermelhada era ensombrado por árvores de uma verdura fresca a contrastar com a paisagem.

Era neste enquadramento que prateleiras, telheiros, tripés e outras estruturas de suporte albergavam algumas dezenas de colmeias com os mais diversos tamanhos e formatos.

A acompanhar tal variedade de caixas, assim eram as abelhas que as habitavam: verdadeiros zoológicos de abelhas sem ferrão, cada uma com seu comportamento e especificidades. De acentuar no entanto a harmonia que se verificava entre todas elas.

Aqui foram os cupins (térmites) que se instalaram junto aos meliponineos, verdadeira irmandade de insectos sociais.

Os meliponicultores, famílias e visitantes deambulavam pelo meio das abelhas como se das criaturas mais inofensivas e dóceis se tratasse e de facto assim era. Já tivera várias experiências mas para um criador de Apis mellífera nunca me vou habituar a estar num apiário activo sem pelo menos uma máscara de rede para me proteger.

Também observamos uma mostra da capacidade bélica destes dóceis insectos. Na impossibilidade de se defenderem com aguilhões venenosos, talvez mimetizem este comportamento e se “enfiem” pelo cabelo dos invasores, tentando desta forma dissuadir quem se lhes aproxime do ninho.

Nesta imagem vêem-se imensas abelhas a “atacar” o Kalhil, também a mim me presentearam com tais mimos e apesar da ausência de dor não se pode dizer que não incomodem.

De qualquer forma, o convívio entre as diversas formas de meliponíneos parece acontecer de uma forma harmoniosa e num equilíbrio perfeito, apesar duns raros mas também documentados conflitos.

Numa dessas visitas aconteceu assistirmos à chegada de um enxame a uma colmeia que por acaso tinham deixado sobre uma árvore. Nada a que não tivesse já assistido nas abelhas europeias, a não ser o facto raro, raríssimo, observado pelo Kalhil quando cerca de um mês mais tarde lhe enviei as fotografias desse enxame: a presença de uma princesa pousada na no tronco e já rodeada por outras abelhas.

Mais tarde, também visitamos o famoso e há muito desejado “Meliponário do Sertão”, propriedade do Kalhil, instalado numa varanda à beira mar.

Trata-se de um meliponário muito ordenado, diversificado em espécies de abelhas e modelos de colmeias. Tal como num apiário de Apis mellífera era imenso o tráfego de abelhas que chegavam e partiam das colmeias.

Dá que pensar a que pastagens as abelhas recorrem no litoral, fontes de néctar tão improváveis como as dos secos matagais do sertão. Apesar disso as colheitas são abundantes, sinal inequívoco que a flora, apesar de discreta é abundante.

Contou-me o Kalhil que a produtividade destas abelhas rivaliza com a das abelhas europeias. Feitas as contas, os decilitros de mel produzidos por uma colónia com dois ou três mil indivíduos em muito ultrapassa as médias das nossas colmeias com largas dezenas de milhares de abelhas.

Surpreendeu-me a forma como ele reforçou um desdobramento recente com criação: limitou-se a abrir uma colmeia muito forte de população e com as mãos nuas destacou uns discos de criação e colocou-as noutra colónia. Deve ter demorado menos de cinco minutos.

Imaginei-me a fazer uma tarefa semelhante: Deslocar-me uns 10 km até ao apiário, acender o fumigador, equipar-me, destapar a colmeia, retirar um quadro de criação e reforçar com ele outra colónia. Fazer tudo em sentido contrário e regressar a casa… 90 minutos? Duas horas?

Se mais razões não houvesse, o factor comodidade de trabalho só por si justificaria bastante a criação destes fenomenais insectos!

Impressionante também é a forma como o mel é embalado: em garrafas! O elevado teor de humidade e a baixa viscosidade tornam estas embalagens as ideais para esta especialidade. Também um orgulho para nós, portugueses, visto que elegeram a cortiça para proteger tão precioso líquido.

O pequeno Alfredo, que queria conhecer o “Portuga”, desde que ele não lhe fosse mexer nas colmeias, das quais se tornou no guardião mais dedicado:

Será que as aulas de educação ambiental para crianças, nomeadamente as questões de segurança, não justificariam a legalização da importação destas abelhas para o nosso país? Até poderiam ser instalados meliponários nas escolas para que os mais novos pudessem acompanhar o desenvolvimento e o maneio das abelhas sem ferrão…

Uma colónia de “Plebeias”, as que mais me impressionam pelo tamanho. Menores que um mosquito, mas que apreenderam com distinção os mandamentos da vida em colónia. Qualquer colher de mel ou arbusto florido bastam para as alimentar por muito tempo, mas também elas trabalham com afinco para encher os seus armazéns.

Também o “pão de abelha” dos meliponíneos é armazenado nos grandes alvéolos ou potes. Muito mais fácil de extrair que nos pequenos e apertados alvéolos da Apis mellífera, pena é que o seu sabor fermentado a vinagre o torne pouco agradável.

Um abraço e um agradecimento especial ao Kalhil Pereira França, à Shyrliane, ao pequeno Heitor, ao Alfredo e a toda a restante família, que tão amavelmente nos receberam e tiveram a paciência extrema de nos acompanhar e responder a todas as questões que os nossos frequentes rasgos de curiosidade nos acometiam.

09 dezembro, 2011

Jornadas Técnicas Apícolas Avis mellífera 2011

Decorreu no passado Sábado 3 de Dezembro de 2011, no Salão da Junta de Freguesia de Avis a 4ª edição das Jornadas Técnicas Apícolas Avis mellífera.

Mais uma vez acorreram a Avis largas dezenas de apicultores provenientes de todo o território nacional, imbuídos de um interesse comum: as abelhas e a apicultura.
Numa altura em que o declínio das abelhas é um problema global, para o qual as soluções ainda são uma miragem, nada desmobiliza os aficionados da produção de mel.

09:00 horas - Concurso de Mel de Rosmaninho e Multifloral

Participaram no concurso 10 amostras de mel de Rosmaninho, produzidas por outros tantos apicultores e 24 amostras de mel Multifloral das explorações de 22 apicultores associados.

O Júri

Eng.º José Gardete
Eng.º Paulo Varela
Dr. Emílio Sabido

A Classificação

Concurso de Mel Multifloral


António Marcelino Bartolomeu, de Avis
José Nunes Oliveira, de Montargil
João Domingos Rosa, de Avis

Concurso de Mel de Rosmaninho

José Traquinas Barata, de Santo António do Alcórrego
José Nunes de Oliveira, de Montargil
Carolina Paraire Durão, de Ponte de Sor

09:30 horas

O Workshop

PRODER, Investimentos no Sector Apícola

Eng.º Alexandre Pirata (TECNIMONTEMOR)

A tramitação processual e demais burocracias necessárias à apresentação de candidaturas à instalação de uma exploração apícola.
Apesar da crise económica que o nosso país atravessa, dos demais entraves e dificuldades colocadas pelas entidades que avaliam e financiam tais iniciativas, o número de “jovens apicultores” continua a crescer a olhos vistos.

14:00 horas

Colóquio: Apicultura, Polinização e Biodiversidade

Abertura das Jornadas: Município de Avis, Freguesia de Avis, Direcção da ADERAVIS

Moderador: Eng.º José Gardete

Eng.º Ricardo Marques (QUERCUS) Apicultura, Polinização e Biodiversidade.

Mais uma vez (e ao que parece nunca há-de ser demais) os participantes foram sensibilizados para a importância da actividade das abelhas na saúde dos ecossistemas e em última análise no equilíbrio ambiental do nosso planeta.
Foram lembrados todos os perigos que cada vez mais afectam os laboriosos insectos, face ao desinteresse crescente de quem poderia inverter tal tendência.

Eng.º João Caldeira (FERTIPRADO) Polinização Apícola da Flora Cultivada.

Nesta comunicação foram apresentados dados que apontam para um cada vez maior reconhecimento dos produtores agrícolas pelos serviços de polinização prestados pelas abelhas.
Apesar dos conhecimentos nesta área ainda carecerem de alguma investigação, nomeadamente na polinização de campos de trevo destinados à produção de semente, tudo aponta para um bom casamento entre os dois sectores.

Cabo João Paio (SEPNA) Ordenamento Apícola e Prevenção de Incêndios.

O Decreto Lei n.º 203/2005 de 25 de Novembro apresentado e aconselhado pelo SEPNA. Entidade que há muito colabora com a ADERAVIS em termos de aconselhamento aos associados acerca das condições de limpeza dos apiários e terrenos envolventes, e do consequente risco de incêndios.
Uma forma diferente de sensibilização para as regras de instalação de apiários, nomeadamente pela experiência de agentes que operam no terreno e aos quais, evidentemente, já se depararam as mais variadas situações.

Dr.ª Maria do Carmo Caetano (DGV) Resíduos no Mel.

O eterno, e longe de estar resolvido, problema dos resíduos de medicamentos no mel, agora agravado por resíduos de pesticidas utilizados na agricultura.
Ironicamente, os mesmos agrotóxicos utilizados para combate das pragas das culturas e que se suspeitam estar por trás do declínio global das abelhas, conferem mais uma nota negativa a este sector, nomeadamente na contaminação dos produtos da colmeia.
Pouco agradável, mas foi este o resultado das análises feitas pela DGV a várias amostras de mel recolhidas no território nacional.

O deputado Agostinho Lopes, da CDU, encontrando-se no local assistiu ao colóquio, anotando os anseios dos participantes e transmitiu uma mensagem de solidariedade para com a apicultura e os apicultores.

17:00 horas

Entrega dos prémios referentes aos concursos de mel

Encerramento das Jornadas Técnicas Apícolas Avis mellífera 2011