Quando escrevi acerca dos mini-nucléolos de fecundação levantei a hipótese de poderem ser adaptados para quadros normalizados.
Tal prática seria desejável, na medida em que o material poderia ser sempre reutilizado fora da época de produção de rainhas. Por outro lado seria mais fácil a mobilização do favo, abelhas adultas e criação para receber a rainha ou o alvéolo real.
Enquanto dava uma “volta” pelos álbuns de fotografias digitais “desencantei” a imagem que está publicada acima, onde se pode ver o dito nucléolo já construído. Não devo ter sido eu a fazer a fotografia, no entanto já a vi umas dúzias de vezes, mas “processava-a” sempre como um quadro alimentador, pelas aparências...
Como é óbvio, a obra de arte é made in Vicente Furtado – Lagos – Algarve, não posso por enquanto confirmar se ele já a experimentou/testou e quais os resultados.
A construção parece simples, para quem domina a carpintaria, o nucléolo lembra um quadro alimentador, cujo reservatório do alimento se encontra por cima.
O acesso das abelhas (ao alimento) é feito por uma porta que pode ser fechada com a ajuda de uma esponja. A tampa superior, em acrílico, é facilmente removida para adicionar mais alimento, tem também um orifício com rolha, para introdução das rainhas e cujo acesso é comum ao do alimentador.
Mais uma vez as paredes de vidro, para uma monitorização mais fácil do interior, vidros que encaixam na madeira e presos por molas rotativas.
Os quadros têm um encaixe próprio no interior do nucléolo e ainda são fixos por um par de grampos de cada lado, colocados pelo exterior. Ficam no entanto algumas reservas à mobilidade do quadro no caso de abelhas muito propolizadoras.
Na base do nucléolo encontra-se o habitual respirador em rede. Não devemos também esquecer que as câmaras do alimentador devem ser impermeabilizadas com cera ou parafina, no caso de alimentos mais líquidos.
Importante:
O nucléolo a que me reporto neste escrito ainda estava em construção e não lhe vi a porta ou orifício de saída. Desta feita resolvi “inventar-lhe” tal apetrecho, numa parede lateral, à semelhança dos nucléolos originais...
Não faria qualquer sentido se a entrada/saída de abelhas se fizesse pelo orifício da tampa de acrílico (em cima), porta que creio, serve apenas para introduzir a rainha.
Finalmente, este módulo deverá ser colocado numa caixa (para dois) também à semelhança dos outros módulos, cada um com uma saída para lados opostos. A caixa deverá ser construída de modo a que este equipamento caiba lá dentro com alguma folga.
Fica o pedido do costume:
Na altura em que a fotografia foi feita, não medi a caixa.
Caso alguém se prontifique a construi-la, para quadros de alça Lusitana/Reversível, Langstrooth, ou outro modelo, que me envie as dimensões para que as possa publicar e todos beneficiem com isso...
12 março, 2009
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1 comentário:
Amigo Pifano, como sabe não domino nem de perto nem de longe as mestras, mas pela ilustração e pela descrição parece-me ser uma obra credível, o Sr. Vicente que leve o projecto avante, um dia que me dedique ás rainhas terei ponta por onde pegar :)
Abraço
Ferradela
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