Cada vez estão mais na moda as colmeias para criação de rainhas com 15 ou 25 quadros.
No fundo resultam de um núcleo acoplado a um ou dois ninhos de dez quadros, separados por grade excluidora de rainhas. A vantagem deve-se à maior quantidade de abelhas - ama providenciadas por este método, garantindo com isso rainhas de melhor qualidade.
Há quem opte por incluir separadores na tábua de voo para evitar desvios das abelhas, dada a proximidade das colónias utilizadas. Claro que o problema é mais grave quando é uma rainha a enganar-se na entrada…
Para evitar o problema dos desvios é sempre aconselhável a pintura das colmeias com cores diferentes, ou a utilização de sinais facilmente identificáveis pelas abelhas.
Em tempos havia também quem construísse estas colmeias com tampos independentes, o que permitia que a(s) colónia(s) com rainha continuasse(m) a produzir mel.
Nunca foi uma estratégia muito expedita, pois o tampo dividido em várias secções nunca é totalmente estanque e acaba sempre por entrar água ou humidade para o interior.
De qualquer forma o problema de inspeccionar uma colónia, ou alimentá-la, sem “incomodar” as restantes resolve-se facilmente com pranchetas independentes.
A posição e dimensões da grade excluidora na interface núcleo – colmeia(s) também é motivo de discussão e de complicadas teorias, que vão desde a placa central a meia altura, mais acima, mais abaixo, até todo o separador em rede excluidora…
É no centro do núcleo que se coloca o quadro porta cúpulas, local privilegiado para onde acorrem boa parte das amas produzidas numa ou nas duas colmeias com rainha.
Claro que o truque ou dificuldade está em criar aí as condições para atrair estas abelhas. Uma das principais prende-se com a quantidade de larvas desoperculadas, cuja dependência alimentar as torna alvo das atenções das amas. Não é demais lembrar que apesar de desoperculadas, as larvas não devem ser demasiado novas, caso contrário irão competir com as outras, seleccionadas por nós e que aguardam no quadro porta cúpulas.
Fica a dúvida se num sistema de duas rainhas, como o que ora apresento, não seria viável utilizar dois quadros porta cúpulas e com isso produzir o dobro das rainhas (48). Há quem assim o faça, mas na opinião de Vicente Furtado (Lagos – Algarve) o ideal serão duas (ou até três) rainhas a trabalharem para um único porta cúpulas. Mas quem quiser experimentar… com uma boa dose de alimento artificial estimulante…
Em tudo iguail à anterior, a criadeira de 15 quadros perde apenas pela quantidade de amas que disponibiliza para os cuidados das rainhas. No entanto é menos uma colmeia que se mobiliza, mais fica para produzir mel…
É suposto este post ser interactivo, e que sejam propostas alterações, críticas, vantagens e desvantagens, destas e de outras criadeiras de rainhas...
22 fevereiro, 2011
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10 comentários:
super blog
süper bilgiler
süper çalışma
baaşrılar
As minhas saudações apícolas!
É exactamente como começa o artigo, é uma questão de moda.Implica mais um caixotão pesado sem mais nenhuma utilidade para além da produção de alvéolos reais. Por mim prefiro o mesmo princípio básico mas desenvolvendo-se na vertical usando duas caixas de ninho e eventualmente uma meia alça com uma grade excluidora, separando o ninho que contém a rainha do resto.
É verdade que é preciso mudar as caixas de posição, pelo que os críticos dirão que se perde mais tempo, mas penso que a diferença é irrelevante e tem a vantagem de não necessitar de mais equipamento. Fora da criação de células reais as caixas podem ter a sua utilização normal como colmeias de produção.
Um abraço.
Abelasah.
Nunca tinha visto essas criadeiras de
25 quadros, mas gostei:)
Mas eu ka prefiro as de 15 quadros, pois essas devem ser bem pesadas xD
Olá Abelhasah e Malijo
De facto o grande inconveniente destes "caixotes" é a sua especificidade. Fora do período de criação de rainhas, são mais um mamarracho sem lugar para arrumar...
São pesadonas, mas é para ficarem sempre no mesmo local.
Abraços
Joaquim Pifano
boa noite tive a ler os comentários do senhor abelasah e do senhor pifano..e para mim estas colmeias são muito úteis tanto para produzir rainhas como para produzir mel, eu tenho um amigo que se dedica á produção de material apicula e ele desenvolveu um sistema muito simples mas eficaz, trata-se de um telhado inclinado que apenas cobre a parte de 5 quadros(trata-se de uma criadeira de 15 quadros), de seguida colocamos uma alça normal sobre o ninho e o telhado de 5 quadros encaixa perfeitamente por baixo da tampa normal que se coloca na alça como se se trata-se de uma colmeia normal, com este tampo a agua não entra dentro da colmeia
com este método se num determinado ano não for necessário criar mais rainhas, colocam-se alças normais por cima e passa a ser uma colmeia normal de produção de mel.
ricardo santos
Olá Ricardo,
Se puder mandar fotos dessa colmeia
eu agradeço desde já...
abraços
Pifano
Jose Ferreira, participante nos foruns: Forumeiros; As Abelhas
Venho colocar uma questão sobre criação de rainhas de fosse possivel responder.
- Com que instromentos fazemos o translarve e com que cuidados para não matar-mos ou danificarmos o ovo.
Obrigado desde já
Olá José Ferreira
Para o translarve conheço o picking mais tradicional, em metal, pessoalmente tenho um com duas pontas (para canhotos e destros)e há também aquele que designam por "chinês" que é uma espécie de caneta em plástico.
Este último é menos susceptível de causar danos nas larvas.
abraço
Joaquim Pifano
saudações apícolas
Achei deveras interessante a criadeira de 25 quadros e pessoalmente já tinha pensando num método em todo semelhante. a única duvida que tenho em relação ao método é: por haver duas rainhas, ou seja, duas colónias diferentes, não há o perigo das amas e as outras andarem "à porrada" nos 5 quadros do centro?
um abraço
André
Olá André
De facto a proximidade das duas rainhas há-de causar alguma perturbação ao nível hormonal, mas não é suficiente para provocar combates entre as abelhas na zona central.
O pior é mesmo o contacto entre as rainhas, entre as amas não, até porque em termos comportamentais as amas não têm agressividade e são as mais toleradas por abelhas de colónias diferentes.
abraço
Pifano
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