22 fevereiro, 2011

Criadeira de Rainhas de 15 e 25 Quadros

Cada vez estão mais na moda as colmeias para criação de rainhas com 15 ou 25 quadros.
No fundo resultam de um núcleo acoplado a um ou dois ninhos de dez quadros, separados por grade excluidora de rainhas. A vantagem deve-se à maior quantidade de abelhas - ama providenciadas por este método, garantindo com isso rainhas de melhor qualidade.

Há quem opte por incluir separadores na tábua de voo para evitar desvios das abelhas, dada a proximidade das colónias utilizadas. Claro que o problema é mais grave quando é uma rainha a enganar-se na entrada…

Para evitar o problema dos desvios é sempre aconselhável a pintura das colmeias com cores diferentes, ou a utilização de sinais facilmente identificáveis pelas abelhas.

Em tempos havia também quem construísse estas colmeias com tampos independentes, o que permitia que a(s) colónia(s) com rainha continuasse(m) a produzir mel.
Nunca foi uma estratégia muito expedita, pois o tampo dividido em várias secções nunca é totalmente estanque e acaba sempre por entrar água ou humidade para o interior.

De qualquer forma o problema de inspeccionar uma colónia, ou alimentá-la, sem “incomodar” as restantes resolve-se facilmente com pranchetas independentes.

A posição e dimensões da grade excluidora na interface núcleo – colmeia(s) também é motivo de discussão e de complicadas teorias, que vão desde a placa central a meia altura, mais acima, mais abaixo, até todo o separador em rede excluidora…

É no centro do núcleo que se coloca o quadro porta cúpulas, local privilegiado para onde acorrem boa parte das amas produzidas numa ou nas duas colmeias com rainha.
Claro que o truque ou dificuldade está em criar aí as condições para atrair estas abelhas. Uma das principais prende-se com a quantidade de larvas desoperculadas, cuja dependência alimentar as torna alvo das atenções das amas. Não é demais lembrar que apesar de desoperculadas, as larvas não devem ser demasiado novas, caso contrário irão competir com as outras, seleccionadas por nós e que aguardam no quadro porta cúpulas.

Fica a dúvida se num sistema de duas rainhas, como o que ora apresento, não seria viável utilizar dois quadros porta cúpulas e com isso produzir o dobro das rainhas (48). Há quem assim o faça, mas na opinião de Vicente Furtado (Lagos – Algarve) o ideal serão duas (ou até três) rainhas a trabalharem para um único porta cúpulas. Mas quem quiser experimentar… com uma boa dose de alimento artificial estimulante…


Em tudo iguail à anterior, a criadeira de 15 quadros perde apenas pela quantidade de amas que disponibiliza para os cuidados das rainhas. No entanto é menos uma colmeia que se mobiliza, mais fica para produzir mel…

É suposto este post ser interactivo, e que sejam propostas alterações, críticas, vantagens e desvantagens, destas e de outras criadeiras de rainhas...

10 comentários:

Taşkın ÖZŞAHİN disse...

super blog
süper bilgiler
süper çalışma
baaşrılar

Anónimo disse...

As minhas saudações apícolas!
É exactamente como começa o artigo, é uma questão de moda.Implica mais um caixotão pesado sem mais nenhuma utilidade para além da produção de alvéolos reais. Por mim prefiro o mesmo princípio básico mas desenvolvendo-se na vertical usando duas caixas de ninho e eventualmente uma meia alça com uma grade excluidora, separando o ninho que contém a rainha do resto.
É verdade que é preciso mudar as caixas de posição, pelo que os críticos dirão que se perde mais tempo, mas penso que a diferença é irrelevante e tem a vantagem de não necessitar de mais equipamento. Fora da criação de células reais as caixas podem ter a sua utilização normal como colmeias de produção.
Um abraço.
Abelasah.

Malijo disse...

Nunca tinha visto essas criadeiras de
25 quadros, mas gostei:)

Mas eu ka prefiro as de 15 quadros, pois essas devem ser bem pesadas xD

Alien disse...

Olá Abelhasah e Malijo

De facto o grande inconveniente destes "caixotes" é a sua especificidade. Fora do período de criação de rainhas, são mais um mamarracho sem lugar para arrumar...
São pesadonas, mas é para ficarem sempre no mesmo local.

Abraços
Joaquim Pifano

ricardo disse...

boa noite tive a ler os comentários do senhor abelasah e do senhor pifano..e para mim estas colmeias são muito úteis tanto para produzir rainhas como para produzir mel, eu tenho um amigo que se dedica á produção de material apicula e ele desenvolveu um sistema muito simples mas eficaz, trata-se de um telhado inclinado que apenas cobre a parte de 5 quadros(trata-se de uma criadeira de 15 quadros), de seguida colocamos uma alça normal sobre o ninho e o telhado de 5 quadros encaixa perfeitamente por baixo da tampa normal que se coloca na alça como se se trata-se de uma colmeia normal, com este tampo a agua não entra dentro da colmeia

com este método se num determinado ano não for necessário criar mais rainhas, colocam-se alças normais por cima e passa a ser uma colmeia normal de produção de mel.
ricardo santos

Alien disse...

Olá Ricardo,

Se puder mandar fotos dessa colmeia
eu agradeço desde já...

abraços
Pifano

Anónimo disse...

Jose Ferreira, participante nos foruns: Forumeiros; As Abelhas

Venho colocar uma questão sobre criação de rainhas de fosse possivel responder.

- Com que instromentos fazemos o translarve e com que cuidados para não matar-mos ou danificarmos o ovo.

Obrigado desde já

Alien disse...

Olá José Ferreira

Para o translarve conheço o picking mais tradicional, em metal, pessoalmente tenho um com duas pontas (para canhotos e destros)e há também aquele que designam por "chinês" que é uma espécie de caneta em plástico.
Este último é menos susceptível de causar danos nas larvas.

abraço

Joaquim Pifano

Anónimo disse...

saudações apícolas
Achei deveras interessante a criadeira de 25 quadros e pessoalmente já tinha pensando num método em todo semelhante. a única duvida que tenho em relação ao método é: por haver duas rainhas, ou seja, duas colónias diferentes, não há o perigo das amas e as outras andarem "à porrada" nos 5 quadros do centro?
um abraço
André

Alien disse...

Olá André

De facto a proximidade das duas rainhas há-de causar alguma perturbação ao nível hormonal, mas não é suficiente para provocar combates entre as abelhas na zona central.
O pior é mesmo o contacto entre as rainhas, entre as amas não, até porque em termos comportamentais as amas não têm agressividade e são as mais toleradas por abelhas de colónias diferentes.

abraço
Pifano