Desde os meus inícios na apicultura que este assunto me atormenta.
À partida parece um problema inocente, toda a gente o resolve, colocam-se umas quantas colmeias e logo se vê.
Mas… não seria
interessante fazê-lo de uma forma mais científica? Aproveitar todos os recursos
maximizando a produção ou diminuir custos evitando colocar colmeias
desnecessárias?
Toda a gente sabe quantas vacas, ovelhas, porcos, deve
colocar por hectare de terra de modo a maximizar a produção dessa área. Os
ajustes são feitos com os tipos de forragem, regas, fertilizações, cortes,
adensamentos, etc…
Qual a densidade de
plantas melíferas num hectare?
Normalmente arriscamos respostas qualitativas que se vão
aferindo com a experiência. Empiricamente sabemos se determinada área é ou não
propícia para a criação de abelhas.
Qual o volume de néctar
(ou de pólen) disponíveis por flor ou por unidade de área?
Fazemos este cálculo conhecendo a resposta do ponto anterior
e pelo clima (chuvas, ventos) dessa estação. Também já vi apicultores espremerem flores de rosmaninho entre os
dedos para estimarem a quantidade de néctar.
E isto basta para saber “quantas colmeias posso colocar em cada apiário?”
Quem não foi ainda brindado com esta pergunta por um apicultor iniciado?
Devemos pensar uns instantes, com aquele ar de quem faz
cálculos mentais e responde-se depois: "muitas, imensas, com as virtudes que
acabou de referenciar o local é caso para estender um apiário até onde a vista
alcança".
Se o “clima” não estiver para graças devemos passar logo à
resposta definitiva e com alguma sorte a correcta:
"Não sei, tal como você nunca conseguirá saber e se alguém lhe
disser um número está a mentir, até porque esse número não existe ou quando
muito não é válido para todos os anos".
Mas convém lá colocar um (in)determinado número de colmeias…
Factores a ponderar
para nos aproximarmos desse número:
a) A legislação para o ordenamento
apícola, que prevê um máximo de 100 unidades na maior parte do território e 75
no Alentejo. Não ajuda muito, mas ficamos a conhecer os limites.
b) Os recursos naturais: a flora
apícola disponível e a água. Este sim, já tem o que se lhe diga. Mas como o
objectivo é produzir muito, assumimos que toda a gente deve escolher lugares
bem providenciados de néctar e pólen.
Avaliar tal parâmetro requer métodos científicos, empíricos e independentemente
dos dois anteriores uma boa dose de sorte.
c) A proximidade de outros apiários,
nomeadamente o número de colmeias num raio de 5 km. Cinco quilómetros porque
este é o limite biológico de voo das abelhas e por assim dizer são as que se
encontram nesse raio que mais influenciarão as nossas na competição pela
pastagem tal como no contágio de doenças e pragas.
d) Economia de tempo e combustíveis.
Para um determinado efectivo, quantas mais colmeias por apiário melhor, menos
apiários temos de visitar e mais depressa se faz o percurso, como também menos
combustível se gasta, e como este factor importa actualmente.
e) As questões sanitárias. Quanto menor
for o apiário menores serão os riscos sanitários, os contágios, as perdas e
mais fácil será o controlo da moléstia.
f) Qualidade de trabalho. Pessoalmente
e a opinião é muito partilhada, quando o apiário é muito numeroso em colmeias,
as últimas já não são observadas e operadas com as mesma acuidade e paciência
das primeiras.
Quem tem muitas centenas ou mesmo milhares é melhor ignorar esta alínea e outras…
Quem tem muitas centenas ou mesmo milhares é melhor ignorar esta alínea e outras…
Esquematização de apiário com 100 colmeias.
Alguém fez as contas? A mim deu-me 15… ou 20, talvez 25 colmeias por apiário.
Entre 15 e 25, dá uma boa margem de manobra. O ideal era
mesmo apontar para as 20, o meio termo e depois irmos aferindo ao longo dos
anos, para cima ou para baixo, consoante tenhamos subestimado ou sobrestimado a
capacidade de suporte do meio.
Esquematização de apiário com 15 colmeias, quase que dá para as chamar pelo nome...
Estas decisões, não sendo muito fáceis de tomar, permitem-nos
aumentar o número de colmeias/apiário quando após algumas campanhas
consecutivas obtemos um elevado número de alças de mel/colmeia ou o contrário
quando as baixas produções se fazem sentir ao longo de várias épocas.
De assinalar que se esse número descer abaixo das dez
unidades, há qualquer coisa que não está a correr bem e pode ser que o local
escolhido não seja o ideal para a prática da apicultura. Devo no entanto
garantir que volvidos 14 anos de experiência no sector a escolha do local do
apiário é DETERMINANTE.
Outros factores a ponderar, como a evolução da densidade de colmeias e do coberto vegetal nas últimas décadas
1)- Até à década de 1980 a apicultura em
Portugal era sobretudo praticada em cortiços, colmeias de “quadros” fixos.
Poucos apicultores, poucos apiários e poucos cortiços (com poucas abelhas).
2)- Apesar das baixas causadas pela
varroose desde essa altura, a estruturação do sector em associações e o
programa apícola nacional entre outras ajudas, levaram ao aumento do número de
apicultores e de colmeias, agora com colmeias de quadros móveis, muito mais
populosas.
Segundo as referências, uma colmeia móvel em plena produção poderá ter cerca de 80.000 abelhas, num volume de 0,11m3, nesse caso, um cortiço com 0,049m3 de volume só deverá suportar cerca de 35.000 abelhas, menos de metade...
3)- O crescente aumento do número de apicultores (com mais de 400 colmeias) nos últimos anos estimulados por ajudas extra programa apícola, como o ProDer.
3)- O crescente aumento do número de apicultores (com mais de 400 colmeias) nos últimos anos estimulados por ajudas extra programa apícola, como o ProDer.
4)- O declínio da agricultura nos
últimos anos, com a forte diminuição de culturas de interesse apícola no Verão (quando são mais
necessárias).
5)- As alterações climáticas com anos
mais quentes e secos têm sido responsáveis pela diminuição do coberto vegetal
quer em quantidade quer em diversidade e qualidade, resultando também em mais e
maiores incêndios responsáveis pela destruição do pasto das abelhas.
6)- Como medida para contrariar os
incêndios muitos são os proprietários rurais obrigados pelas companhias de
seguros a fazerem a gestão de matos da forma mais errada: eliminando-os na
totalidade, o que não só priva as abelhas das fontes de néctar em áreas cada
vez maiores como desprotege os solos, aumentando a erosão e tornando-os cada
vez menos produtivos.
Face ao exposto, os únicos argumentos favoráveis aos apiários com grande número de colmeias parecem ser a economia de tempo e de combustível. Diga-se em abono da verdade que não são de desprezar.
Vamos simular uma possível “paisagem apícola” com áreas de
montanha, vales, encostas e planície, onde se pretende demonstrar a forma como todos estes factores têm contribuido para a sobreexploração do terreno pelas abelhas, esgotamento dos recursos e consequentes baixas de produção:
Em situações normais, as áreas apícolas de excelência são
caracterizadas por florações como o Rosmaninho, a Esteva, o Alecrim, a Urze, o
Medronheiro e mais umas quantas espécies ditas espontâneas. Essas espécies
estão habitualmente associadas aos terrenos incultos, que ocorrem sobretudo nas
encostas e terreno acidentado.
Graças à forma do terreno, essas zonas têm ainda a vantagem
da protecção aos ventos dominantes e abundância de água, pelo que os
apicultores as elegem como locais preferenciais para a prática da apicultura.
Por estas e outras razões é também habitual que as regiões
mais acidentadas tenham sempre uma densidade de colónias de abelhas francamente
superior às grandes planícies.
Na imagem anterior as áreas de voo das abelhas (em torno do apiário) estão representados por um
círculo verde, que á escala têm 1 km de raio. Pode também verifica-se que todos
esses apiários (apesar das grandes densidades nalguns locais) estão a cumprir as
distâncias regulamentares da maior parte do território nacional.
Na próxima imagem, tal como na anterior, simula-se uma situação em que a quantidade de recursos disponíveis (néctar e pólen) são suficientes para a carga apícola no terreno:
Na próxima imagem, tal como na anterior, simula-se uma situação em que a quantidade de recursos disponíveis (néctar e pólen) são suficientes para a carga apícola no terreno:
A circunferência com 1 km de raio em volta do apiário não foi
desenhada por acaso: podemos defini-la como um possível “limite de voo ideal” dentro do qual estejam garantidas boas
produções de mel. Ou seja, dentro dessa distância as abelhas poupam bastante
tempo e energia nas actividades recolectoras, conseguindo grandes produções.
Também se pode falar no “limite
de produção” que poderá rondar os 2 km e a partir do qual as abelhas não
produzem, mas recolhem o suficiente (o possível) para a sobrevivência da colónia.
Teoricamente, abaixo dos 2 km as abelhas já conseguem
reservas suficientes para armazenar para a colónia e para a cresta, sendo no
entanto a situação ideal quando conseguem fazê-lo a distâncias inferiores a 1
km.
Pode inclusivamente definir-se outro limite: o “limite biológico de voo” que segundo as
referências aponta para os 5km e que as obreiras não podem ultrapassar por
questões biológicas.
As abelhas voam esta distância quando a floração é deveras escassa,
quer pelas características do local (má escolha do apicultor), quer pelo clima adverso
desse ano ou inclusivamente pela densidade excessiva de colmeias no local. Uma
abelha que exerça a sua actividade recolectora a estas distâncias é equivalente
a ir atestar o carro a 200 km, o combustível acaba por ser gasto no percurso,
não compensa…
Tal como foi referido, estes limites são sobretudo teóricos
mas ajudam a perceber o modo como a disposição das colmeias no terreno,
nomeadamente a sua densidade, pode ajudar ou comprometer as produções apícolas.
Voltando à nossa “paisagem apícola” e simulando agora um ano
menos bom, onde as abelhas pelas razões atrás apresentadas, sejam obrigadas a
aproximar-se do limite dos 2 km:
Nestas circunstâncias já se observa alguma sobreposição de áreas
de voo/pastagem. Mais acentuada nos locais de maior densidade de apiários:
Haverá decerto algum rearranjo dos voos na procura de
pastagens mais afastadas das zonas de sobreposição, mas ainda não é um quadro a
temer, as produções não estão em perigo.
Esta forma de exploração do terreno pelas abelhas, próxima do
seu limite biológico de voo, resulta do esgotamento dos recursos nas
proximidades do apiário devido à excessiva concentração de abelhas nas áreas de
sobreposição, para uma quantidade limitada de néctar e pólen.
Ainda relativamente ao
número de colmeias por apiário
Este assunto não é pacífico, nunca o foi.
Quando se decidiu o tecto de 100 colmeias/apiário para o
território nacional, bem como o de 75 para a região Alentejo, houve sempre
vozes discordantes e os números não foram (nem são) consensuais.
Antes disso imperava o bom senso, os apicultores respeitando
a proximidade de outros apiários, a capacidade de suporte e produção do meio
entre outros factores, faziam as suas explorações apícolas de uma forma mais ou
menos ordenada e sem grandes atritos com os vizinhos.
Desde finais da década de 1990 (…até à actualidade) com a
entrada desordenada de grandes quantidades de colmeias estrangeiras, em
apiários com centenas de unidades, causando imensos distúrbios na produção e
sanidade das explorações nacionais, sentiu-se a necessidade de regular e
ordenar o sector.Apiário de um apicultor espanhol, no Alentejo
Claro que legislação e bom senso nem sempre andam de mãos
dadas e o dito "ordenamento” apesar de bem intencionado, resultou nalgumas
incongruências:
- Há locais no Alentejo, bastante ricos em floração, que
suportariam perfeitamente as 100 colmeias por apiário.
- Nos Açores, o tecto de 25 colmeias/apiário tem desmotivado
os apicultores, segundo notícias recentes do Diário Insular, o que se
compreende não só pela riqueza e abundância florística da região como do espaço
limitado para a instalação de apiários.
Considerando que as alterações climáticas associadas à
crescente devastação causada pelos incêndios, às más práticas agrícolas e ao
forte incremento do número de apicultores e colmeias em determinados locais, há
que repensar o ordenamento apícola.
Nalgumas regiões mais propícias à apicultura, a densidade de colmeias é de tal ordem que quase se pode falar em monocultura de abelhas, com todos os riscos económicos e sanitários que daí advêm.
Nunca se ouviu falar que uma superpopulação de abelhas
tivesse um impacto ambiental negativo, sobretudo para a vegetação (onde nunca
são demais) mas decerto que a competição interespecífica resultará em maior
stress para os insectos, nas já demonstradas quebras de produção e na
oportunidade que com isso se cria para os predadores, parasitas e agentes
patogénicos das abelhas.
Em última análise, estes sistemas insustentáveis tendem
sempre a tornar-se dependentes do ser humano e obviamente dos produtos químicos
laboratoriais que encarecem e artificializam o que sempre foi natural.
Ainda a propósito, nunca li nada sobre o assunto, mas as
populações de polinizadores selvagens decerto se hão-de ressentir com cargas
apícolas exageradas que muito rapidamente esgotem as fontes de pólen e néctar,
causando desequilíbrios desnecessários.
Soube que em alguns países da Europa do Norte há muitas
ajudas para os pequenos apicultores, aqueles que mercê dos baixos efectivos
colocam as colmeias em qualquer lado, independentemente da quantidade de
floração, levado assim a “magia” da polinização a pequenos nichos que de outra
forma seriam privados de polinizadores, pelo menos em tal quantidade. Ora não é
isto um modelo excelente de fazer ordenamento apícola?
Os apicultores não podem continuar a aguardar pelas florações
apícolas com a mesma passividade com que sempre o fizeram. Noutros países da
Europa, e do mundo, cada vez mais se intervem na quantidade/qualidade de
pastagem para as abelhas, plantando/semeando flora de interesse apícola.
Não seria mais interessante se se celebrassem convénios e
protocolos entre associações de apicultores e agricultores de modo a haver mais
harmonia entre as culturas e as
necessidades dos apicultores? Basicamente a troca dos serviços de polinização
pelas produções apícolas daí resultantes.
O tema ORDENAMENTO APÍCOLA não fica aqui minimamente esgotado, mas para já...
11 comentários:
"f) Qualidade de trabalho. Pessoalmente e a opinião é muito partilhada, quando o apiário é muito numeroso em colmeias, as últimas já não são observadas e operadas com as mesma acuidade e paciência das primeiras. Quem tem muitas centenas ou mesmo milhares é melhor ignorar esta alínea e outras…
Alguém fez as contas? A mim deu-me 15… ou 20, talvez 25 colmeias.
"
Aplica-se o mesmo quando há vários apiários pequenos (com 25 colmeias)
?O apicultor não é “obrigado” a ver as colmeias todas numa única visita” até porque se tiver mais que um apiário, depois de observar as primeiras 25 num apiário já não vai com muita vontade ver as outras 25 do outro apiário.
Entre 15 e 25, dá uma boa margem de manobra. O ideal era mesmo apontar para as 20, o meio termo e depois irmos aferindo ao longo dos anos, para cima ou para baixo, consoante tenhamos subestimado ou sobrestimado a capacidade de suporte do meio.
"Entre 15 e 25, dá uma boa margem de manobra. O ideal era mesmo apontar para as 20, o meio termo e depois irmos aferindo ao longo dos anos, para cima ou para baixo, consoante tenhamos subestimado ou sobrestimado a capacidade de suporte do meio."
Não posso concordar. Um apicultor com 500 colmeias tinha de ter 25 apiários ??? Os apicultores portugueses têm assim tanto terreno disperso para instalar apiários? Vão alugar prédios para instalar colmeias?
Podiam, como dizes, fazê-lo de uma forma mais científica e demarcar locais no País – Território continental e Insular (fazer um ordenamento apícola com pés e cabeça) com densidades diferentes. Podia até ser um trabalho feito pelas associações que são as entidades que melhor conhecem a distribuição da flora nos seus concelhos. Aí sim, todos nós ficaríamos a saber quantas colmeias se poderiam instalar em determinada área. Acredito perfeitamente que podem-se chegar a instalar mais de 200 colmeias num só apiário e noutros não ultrapassar as dez.
No caso dos Açores, o rácio colmeia/apicultor e muito baixo e andará no caso da Fruter na ordem das 24. Se extrapolarmos para a ilha este valor descerá substancialmente. É seguramente um caso particular em que a quantidade de néctar é mais que suficiente, existindo zonas na ilha com uma número muito reduzido de colmeias.
Um apicultor nos Açores com 100 colmeias tem de ter 4 apiários, ou seja, tem de se deslocar no mesmo dia, caso pretenda observar todos os apiários, 4 vezes. Gasta tempo e principalmente combustível. O mesmo apicultor se tivesse em território continental (centro/norte) teria apenas um apiário e obviamente não tinha custos acrescidos com combustível. Na apicultura nos Açores o tempo despendido no maneio é fundamental uma vez que todos os apicultores tem a sua profissão e ao final do dia e mesmo aos fins de semana o tempo escasseia principalmente quando o clima é instável e não é possível em todas as folgas visitar as abelhas.
Um abraço para todos
António Marques
Parabens Joaquim,
mais um grande post sobre um tema muito importante, como sempre nos habituou.
Forte abraço
Olá
Mais um excelente artigo na linha daquilo a que já nos habituou no seu blog.
Para mim e provavelmente outros apicultores iniciantes, as suas publicações funcionam como uma "biblia" repleta de ensinamentos.
Já pensou em passar toda esta informação para o papel? O resultado daria um excelente manual de apicultura, superior a alguns que se encontram por aí à venda nas livrarias.
Obrigado por todo o contributo que tem dado à apicultura portuguesa.
Cumprimentos
Carlos Fernandes
Olá a todos,
Marques,
um apicultor com 500 colmeias não teria de ter 25 apiários obrigatoriamente, eu apenas fiz uma sugestão de maneio razoável com apiários entre as 15 e as 25 colmeias o que não é de modo algum uma obrigação é apenas uma proposta que justifico com os factores que enumerei.
Por curiosidade temos um apicultor associado, com cerca de 800 colmeias, que tem mais de 60 apiários... e está muito satisfeito!!!
Carlos Fernandes,
Fico muito satisfeito pela eventual ajuda que o montedomel possa dar, mas... consulte também outras fontes, é sempre importante "ouvir" outras opiniões.
Quanto à possibilidade de passar o montedomel para o papel, é uma possibilidade, por enquanto muito remota. Já houve propostas nesse sentido, mas acredite que me sinto mais à vontade neste formato, não é tão formal...
abraços
Joaquim Pifano
Excelente. Este post deveria chegar a todos os apicultores e entidades responsáveis pela apicultura nacional.
Francisco
Muito bem analisado e com ilustrações fantásticas, tala como já é habitual!
Parabéns e continuação de bom trabalho!
Saudações Apícolas!!
João Rodrigues
Amigo Joaquim Pífano,
Muito me alegrou ver este post, pois tornei público à dois dias um artigo que escrevi sobre este tema, foi pena não ter visto o teu antes, pois poderia ter enriquecido mais o meu.
Este assunto já foi ao parlamento uma vez e nada foi feito...
Podes ir ao meu blog e ler o artigo.
Abraço
João Tomé
Peco desculpa pela intromissao, mas destaco que esta delimitacao do numero de colmeias nao faz sentido. Até porque imagine-se 2 apicultores, e cada um instala 100 colmeias a 20m do outro. Isto sao lacunas da lei, que mais valia ao invés de regulamentar cegamente, dar formacoes sérias e aprofundadas, bem como promover um centro nacional de melhoramento da nossa abelha.
Além disto, tanto a zona, a flora, a temperatura, exposicao solar e abrigo ao vento devem ser tidos em conta. Até mesmo a altura do ano tem influencia. Pois a floracao de eucaliptos por exemplo, produz uma quantidade enorme de néctar que até com a ponta do dedo ou uma seringa se recolhe. Mas meses depois, o melhor é levar as abelhinhas a passear :)
A verdade é que so estes grandes apicultores conseguem optimizar custos.
Para a minha zona direi que de 20 a 50 colmeias é adequado e que 2,5km entre apiarios parece suficiente(veja-se que a area disponivel em 1km de raio é 3,14km2 e em 1,25km de raio é quase de 5km2). Mas que no Eucalipto poderei juntar todas e nao serao demais! Assim houvesse bom tempo :)
Quanto à distancia optima de voo, nao posso concordar, visto que 400m é o valor apontado como perfeito em alguns estudos.
Cumprimentos a todos, axando esta discussao fantastica!! :) abelhasdoagreste
o que está na moda são as manifestaçõens para quando uma de apicultores de fumigador em punho em lisboa ?
Boa Tarde!
Estou a pensar colocar algumas colmeias numa região de altitude elevada (cerca de 1000 m)na região Norte de Portugal. Tenho algumas duvidas sobre os efeitos do frio intenso que ali se faz sentir, principalmente no inverno,já que é uma região totalmente desabrigada. Alguem me pode indicar algo sobre as posssíveis consequéncias.
Grato pela atenção
João costa
Bom dia,
A questão da densidade de colmeias adequada foi uma das primeiríssimas perguntas que fiz a mim mesmo e a várias pessoas e para a qual não encontrei uma resposta credível. Ora aqui vai: na freguesia (conselho de Montalegre) onde pretendo instalar as minhas futuras colmeias (centenas provavelmente) existe uma área que contém urze que eu calculei em cerca de 400 hectares. A altura média destes locais anda à volta dos 900 a 1000 metros. Alguém me consegue indicar por experiência própria quantas colmeias consegue ter nas mesmas condições que eu? Já ouvi dizer que a produção média na minha zona (no concelho) vai de 30 a 50kg, que eu desconfio que não seja inteiramente verdade. Alguém me consegue elucidar???
Caso alguém queira responder por email: eduardo.mrbarroso@gmail.com
Cumprimentos,
Eduardo Barroso
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