Na sequência do último post sobre os Nucléolos de Fecundação de Rainhas “desencantei” estas imagens com quadros porta cúpulas muito “criativos”…
Durante uma sessão de criação de rainhas, levada a cabo numa formação de apicultura na ADERAVIS, deparamo-nos com um problema habitual: o destacar do alvéolo real para enxertar num núcleo. Na primeira “fornada” colocamos as cúpulas directamente nos travessões do quadro, e não só foi difícil retirar alguns alvéolos como também não foi muito linear a forma de os enxertar na nova colónia.
Foi então que a criatividade dos formandos apicultores resolveu apresentar as seguintes propostas:
Quadro Porta Cúpulas com Pionés
Esta modalidade já era muito conhecida, mas eficaz.
Ao colocarmos as cúpulas sobre os pionés, não só se torna mais fácil retirá-los do travessão do quadro porta-cúpulas, como demonstram as imagens, como depois também fica facilitada a tarefa de os enxertar num quadro de criação:
Quadro Porta Cúpulas com uma régua de encaixes
Este sim, foi uma verdadeira “revolução” no modo de fixar as cúpulas nos travessões e nas colmeias de destino dos alvéolos. Os arames disponibilizados nos suportes de cúpulas, criadas para o efeito, permitem muita manobra para todas essas operações.
Entretenho-me a pensar no trabalho que o criador de tal arte teve para dobrar a chapa metálica milimetricamente e de lhe fazer todos aqueles entalhes certeiros. Já para não falar da paciência para recortar chapas com 5 ou 6 mm de diâmetro, perfurá-las, passar-lhes um eixo metálico pelo centro e soldar todo o conjunto (arame de fixação incluído), e funcionou!
Resta saber se é útil para a tarefa que foi concebida, infelizmente não chegou a ser testada… mas que é engenhosa, isso é. Se alguém quiser aproveitar a ideia, ainda não foi patenteada…
Quadro Porta Cúpulas para suportes Cupularvae
Tecnologia muito conhecida, é aqui apresentada apenas para efeitos de comparação.
02 fevereiro, 2011
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3 comentários:
Eu andava a "magicar" um sistema em que o quadro porta cúpulas funcionava com rolhas de garrafa que se apertavam em parafusos...
Para enjaular as rainhas ia tentar arranjar daqueles rolos para as senhoras encaracolarem os cabelos...
:)
As minhas saudações apícolas!
Estou a imaginar todos aqueles arames e ranhuras com própolis e cera.
As réguas de fixação que inicialmente usei eram atravessadas por um parafuso que deixava de fora apenas dois fios de rosca. As cúpulas de cera eram fixadas com cera derretida a rodelas de madeira com 1 cm de espessura, cortadas de cabos de vassoura. Tinham um pequeno furo na face oposta à cúpula que enroscava na ponta do parafuso, mas mesmo só com dois fios de rosca, com luvas , com as abelhas à volta, com calor e tudo o mais,parecia que nunca mais acabava de desenroscar as rodelas com os alvéolos reais. Acabei por alargar os furos nas rodelas e fixo-as apenas com cera derretida . A ponta do parafuso ficou e serve apenas de guia para centrar as rodelas.
É simples e não funciona mal.
Um abraço.
Abelhasah.
Olá Abelhasah
Pessoalmente prefiro a utilização dos travessões com pionés, muito eficazes e expedictos. Ou então os porta cupulas adaptados às cupulas cupularvae, obviamente.
Recordo que na altura advertimos o apicultor para esse facto, no entanto aí imperou o engenho em construir tal artefacto que não contou, claro, com a polinização das abelhas.
Não faço ideia do sucesso de tal quadro porta cúpulas...
abraços
Pifano
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