15 abril, 2011

VARROOSE, Bodas de Prata…

Se o ácaro varroa servisse para aromatizar aguardentes, decerto já teríamos uma cave assinalável…

Desde a segunda metade da década de 1980 que os apicultores vêm nesta moléstia o principal motivo de preocupação. Senão ainda os custos e trabalhos acrescidos com o seu tratamento, tal como os eventuais resíduos no mel… A sua chegada representou o fim de muitas colónias de abelhas, apicultores que abandonaram a actividade e até de associações que desapareceram.

Sem grande erro, podemos dividir esses 25 anos em quatro períodos distintos:

1º - Estupefacção e medo

Desde meados de 1980 até aos primeiros anos de 1990.
Ninguém esperava nem estava preparado para o embate de tão terrível praga. Os conhecimentos eram poucos e os medicamentos disponíveis menos ainda, e pouco eficazes.
Produtos pioneiros como o Perizin e o Apitol deram a primeira ajuda. No entanto, só algum tempo depois o Apistan conseguiu travar o ímpeto do então Varroa jacobsoni. Foi um período muito confuso, os técnicos do MADRP e laboratórios desdobravam-se no terreno na assistência às associações, apicultores e explorações apícolas.

2º - Ponderação, respeito, e esperança

Década de 1990 até ao princípio do novo milénio. Além do Apistan surgiu outro produto homologado, o Apivar, este à base de amitraz. A eficácia destes dois medicamentos, tal como a dos dois alternativos (clandestinos: Klartan e Acadrex) pareceram ter resolvido o problema da Varroose.

A aplicação de dois tratamentos anuais por colónia reduzia de tal forma as populações de ácaros que esta parasitose quase foi esquecida… De qualquer forma e face aos conhecimentos do que se passara na década anterior, as associações e apicultores eram muito criteriosos nas datas, nas substâncias activas e nos modos de aplicação dos acaricidas.

É também neste período que surge o Programa Apícola Nacional (inicialmente Programa de Acções de Melhoria da Produção e Comercialização do Mel). Onde a distribuição gratuita de medicamentos e a possibilidade de as associações poderem contratar técnicos, muito animou o sector.

3º - Controlo aparente e excesso de confiança

Inícios do novo milénio até 2005/2006.
Surgem novas formulações no mercado como o Bayvarol, à base de flumetrina. Os medicamentos ditos homeopáticos, que já existiam, ganham neste período forte popularidade, como os que utilizam Timol, Ácido Oxálico e Ácido Fórmico, entre outros.
Dois deles, que utilizam o Timol são homologados: o Apiguard que surgiu primeiro e o Thymovar que surgiu mais recentemente.

É também neste período que muitos outros medicamentos clandestinos fazem a sua aparição. A oferta, preço e disponibilidade de formulações no mercado (entre homologados e clandestinos) é de tal ordem que a escolha de uma delas pelos apicultores é quase uma roleta russa.

Assistiu-se a uma fase em que na mesma região e na mesma data de tratamento os apicultores tratavam com formulações diferentes, seleccionadas por vezes de forma aleatória. Instala-se de novo a confusão, fala-se muito em resistências por parte do ácaro agora chamado Varroa destructor.

Abelha jovem com as asas atrofiadas, sintoma indirecto da varroose.

4º - Novo descontrole e … esperança reduzida

De 2005/2006 até à actualidade.
Acentuaram-se os receios do período anterior. Cada vez os acaricidas parecem menos eficazes e a necessidade de tratamentos suplementares uma realidade. Há apicultores a tratarem 4 e 5 vezes num ano e por vezes sem sucesso. As baixas sucedem-se.

É também neste período que se começa a falar em SDC (Sindroma do Despovoamento de Colmeias) onde o descontrolo da Varroose não é isento de culpa.
Os serviços oficiais do MADRP reagem com a apatia que já vem sendo habitual na última década, contrastando muito com o empenho demonstrado nos primeiros anos da entrada do ácaro.
Continuam a faltar os almejados estudos regionais (locais?) de eficácia dos medicamentos. Entretanto, os sucessivos Programas Apícolas já gastaram milhares de euros nessa rubrica.

Se os primeiros dois períodos pertenceram aos químicos de síntese e o terceiro aos produtos homeopáticos, este último parece ser o despontar de uma nova estratégia sanitária: os suplementos nutritivos com propriedades medicamentosas como o Vitafeed Gold  com acção sobre o Nosema apis.

Não são clandestinos nem tão pouco homologados, nem precisam, não sendo medicamentos estão isentos desse processo, certo é que parecem ter boa aceitação junto dos apicultores.

Face ao exposto, cumpre-nos perguntar: de quem é a culpa?

Eficácia duvidosa dos medicamentos?

Aplicação incorrecta dos acaricidas associada a erros de maneio?

Diversidade climática (altitude, temperaturas…) ao longo do país?

Efeito sinérgico negativo de outros factores?

Colmeias a mais para a capacidade de suporte do meio?

Evolução dos ácaros para formas mais agressivas e resistentes?

Populações actuais do ácaro Varroa destructor com muitas estirpes (genéticas) a conviver?

Respostas tão diversas aos diferentes acaricidas parecem indiciar grande heterogeneidade ao nível do genoma…

Como se processa a aquisição de “RESISTÊNCIAS” por parte do ácaro ???

Antes de mais, e este conceito será muito importante mais à frente, NENHUM ácaro (individualmente) adquire resistência aos acaricidas. Esta característica poderá sim ser adquirida pela POPULAÇÃO de ácaros.

Vamos supor que as “varroas” da imagem seguinte representam a totalidade desses ácaros numa região, num país ou num continente. Visualmente parecem-nos todas iguais: forma elíptica, avermelhadas e muito pequenas.

Se aplicarmos um determinado medicamento (X) com acção acaricida a todas essas varroas, o resultado será óbvio: a grande maioria ou a quase totalidade irá sucumbir.

No gráfico anterior observa-se a quebra abrupta no número de varroas a seguir a um tratamento bem sucedido. No entanto, uma percentagem muito reduzida acaba por resistir, sobreviver, reiniciando a reprodução e repondo os efectivos perdidos.

Este exemplo tem sido repetido vezes incontáveis desde que há vida na terra. Caso contrário dava-se a extinção… que também acontece.

Porque razão alguns indivíduos sobreviveram à alteração por nós provocada (aplicação de medicamentos) tornando-lhes o meio tão adverso?

1- Variando consoante o medicamento, a forma de aplicação e razões aleatórias, a dose letal poderá não ter atingido os ácaros sobreviventes.

2- Diferenças nos ácaros, que escapam a uma simples análise visual, devem conferir-lhes alguma vantagem selectiva sobre os restantes e… lhes permite sobreviver.

Os fenómenos aleatórios, tipos de medicamento e formas de aplicação, face ao número de vezes com que milhões de apicultores tratam anualmente milhares de milhões de colónias de abelhas em todo o mundo, há mais de duas décadas, não chegam para justificar a sobrevivência crescente que se regista no ácaro Varroa destructor. Pelo que a primeira hipótese parece estar definitivamente afastada.

Nesta fase já percebemos que a RESISTÊNCIA aos acaricidas não se cria. Ela já existe, a multiplicidade de genótipos, alberga determinados indivíduos com características especiais.
Em condições normais nada os parece distinguir dos demais, até ocorrem em baixas frequências. Logo que alteramos o meio, com a colocação de acaricidas, estamos a dar vantagem selectiva aos indivíduos portadores dessa resistência.
Os competidores morrem, a grande maioria, e a minoria sobrevivente pode assim reproduzir-se livremente, deixar muita descendência e ver o seu número (frequência) muito aumentado.

Por este motivo, quando a resistência se verifica, a cada aplicação de medicamentos, cada vez menos são os ácaros que morrem, mais depressa a sua população atinge os níveis alarmantes e mais frequentes terão de ser as aplicações de medicamentos.

No gráfico anterior, comparação da resposta das varroas ao tratamento: A- Tratamento bem sucedido, B- Resistência crescente dos ácaros.

Quando tal sucede, ou melhor, muito antes de tal suceder importa substituir a substância activa utilizada nos tratamentos anteriores por outra diferente (Y).

Espera-se assim que os ácaros resistentes à primeira formulação sejam sensíveis à nova, e o tratamento seja bem sucedido.
Não esquecer que a cada tratamento importa sempre monitorizar a respectiva taxa de sucesso, pelos métodos habituais. Caso tal não se verifique, há obviamente que mudar de estratégia…

Como era de esperar, mais uma vez o riquíssimo pool genético das populações de seres vivos já possui indivíduos resistentes ao novo medicamento e recapitulam-se de novo os acontecimentos…

Atenção: Nem sempre o pool genético de determinada população de seres vivos possui todas as soluções para os problemas que surjam, nomeadamente as alterações ambientais (naturais ou impostas por nós: aplicação de químicos).
Fala-se em extinção nesses casos, mas no nosso, com o Varroa destructor, fazem mais sentido as leis de Murphy e decerto que o varroa terá sempre uma solução…

Medidas que ajudam, mas só por si não resolvem:

a) Estudos Regionais/Locais da eficácia de cada medicamento.

b) Aplicação da mesma substância activa em cada Região/Local.

c) Sincronização das datas de tratamento (Por região, local, associação…)

d) Monitorização do grau de infecção das colónias, no pós-tratamento:

e) Alternância periódica (anual, bianual…) das substâncias activas.

f) Complementar todas estas medidas com profiláticos.

g) Dobrar os cuidados com a higienização periódica das colmeias (a mortalidade de colónias muitas vezes é ampliada por outros agentes associados à varroa), substituição periódica de ceras…

h) Selecção de colónias de abelhas (antes dos desdobramentos ou criação de rainhas) com base no comportamento higiénico em geral:

Situação curiosa e muito recente a do comportamento SMR (Suppress Mite Reproduction), Supressão da Reprodução dos Ácaros, baseada na existência de estirpes de abelhas que detectam os varroas na criação operculada, desoperculam as ninfas e retiram o ácaro ou limpam todo o alvéolo:

i) Utilização de Estrados Sanitários.
Estratégia muito curiosa, que aproveitando-se da queda natural dos ácaros, evita que estes voltem a infectar outra abelha.

Em situações normais, e pelas razões mais variadas, o ácaro Varroa destructor sendo um parasita que se move sobre o hospedeiro, pode cair. Quando isso acontece, muito rapidamente a varroa “apanha boleia” noutra abelha e reinicia o ataque.

Com os estrados sanitários, em rede e com ou sem estrado metálico, o ácaro fica sem acesso às abelhas acabando por morrer. Este processo que não controla na totalidade a população de varroas, mas faz com que aquela demore muito mais a atingir níveis alarmantes ou letais para as abelhas, na medida em que cada ácaro ao cair fica automaticamente anulado.

Como se pode observar no último gráfico, na presença de estrados sanitários e a seguir a um tratamento eficaz, a população de varroas demora muito mais tempo a estabelecer-se e a atingir níveis letais, podendo inclusivamente alargar-se o período entre tratamentos.
A - Tratamento bem sucedido, sem estrados sanitários. C - Tratamento bem sucedido na presença de estrados sanitários.

CURIOSIDADE: À luz do que já foi dito, dentro de alguns anos (?) as populações de ácaros poderão tornar-se resistentes aos estrados sanitários.
Parece estranho dito assim, mas algumas características terão uns ácaros e não outros que os torna mais susceptíveis de cair das abelhas. Esses ácaros vão ter uma taxa de reprodução/sobrevivência menor que os outros, que se “seguram” melhor. Se essa característica for transmitida hereditariamente, dentro de um tempo indefinido todos os ácaros poderão deixar de cair para os estrados.

j) Utilização de cera moldada com alvéolos de tamanho reduzido. Estratégia de utilização recente, que parece cada vez mais angariar novos adeptos. Baseia-se no facto de a redução dos alvéolos dos actuais 5,7mm para 4,9mm (como supostamente acontecia com os favos naturais das abelhas) fazer subir a temperatura interna do ninho, alterando as temperaturas óptimas de actuação do varroa (que requer temperaturas mais baixas) e assim diminuir-lhe o potencial de reprodução e ataque:

Para terminar, não queria deixar de partilhar uma citação muito curiosa (de Oscar Perone) e que de alguma forma ilustra bem o carácter peculiar desta moléstia e… que acaba por redistribuir as culpas que decerto não morrem solteiras…

“A Varroa é a primeira vítima deste “filme de terror” (…) pois que para nenhum parasita é “negócio” matar o seu hospedeiro, pela simples razão que a morte do parasitado é também a morte do parasita…”

Curva de crescimento de uma colónia de abelhas ao longo do ano.

Curva de crescimento de uma colónia de abelhas parasitada por varroas.
De notar que o colapso das abelhas "arrasta" também os ácaros parasitas.

Parece pouco natural este parasitismo "insustentavel", onde o parasita acaba por sucumbir à sua própria voracidade...

Assuntos relacionados, no montedomel

Varroose e Selecção Natural http://montedomel.blogspot.com/2009/06/varroose-e-seleccao-natural.html

A Sanidade Apícola ou a Insanidade Humana http://montedomel.blogspot.com/2009/04/sanidade-apicola-ou-insanidade-humana.html

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Varroose, o Princípio do Fim?
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8 comentários:

Bruno Furtado disse...

Boas Pifano,

Muito elucidativo, mas relativamente à última frase, porque será que as varroas preferem morrer juntamente com as abelhas? Se são assim tão inteligentes e conseguem adaptar-se a todas as forma da sua destruição, porque será que não param de se reproduzir quando os hospedeiros estão a desaparecer?
Talvez não sejam tão espertas ou tenham essas capacidades todas de adaptação à sua destruição se são elas próprias que acabam por se matar. Uma opinião minha só isso.

Abraço,

Bruno Furtado

Abelha Preguiçosa disse...

É bom conhecer o historial, e saber como reagiram os apicultores ao longo do tempo de convivência, nada amigável, entre a varroa e as nossas abelhas.
Pena é que o texto não tenha um final mais agradável, como aqueles em no fim viveram todos felizes para sempre...
Eu continuo a achar que a principal razão de tamanho desiquilibrio entre varroa e enxames é o facto de este parasita não ser natural ao parasitado, e por isso não existem características nas abelhas para lidar com ele plenamente...
Isto é, até me parece que as abelhas notam algo de errado com a criação, e por vezes até reagem a isso, essa característica elas têm, o problema é que a partir de determinada altura deixam de o conseguir fazer dado o ritmo da varroa...

Para finalizar, e espero não ser já comentário a mais, fazendo um pouco de advogado do diabo, espero que me perdoem os fans dos estrados higiénicos entre os quais me incluo (às vezes...), um grande inconveniente do seu uso, principalmente em alturas de arranque, é a quantidade enorme de pólen que é perdido!
Sim, porque a varroa não é a única a cair das abelhas, e às vezes encontram-se estrados que até dá pena ver tanto pólen desperdiçado, num estrado normal ele seria certamente aproveitado pelas abelhas (digo eu!)!
...e geralmente se a nós nos parece muito, para as abelhas significará muito mais!

Abraço
Ricardo

Alien disse...

Olá Bruno e Ricardo,

Os ácaros não "preferem" morrer, no entanto (e dada a sua estratégia) parece não lhes sobrar outra alternativa, visto que destroem por completo o respectivo hospedeiro.

A citação não é minha, apenas a achei muito pertinente. Essa questão foi-me colocada em Macedo de Cavaleiros quando apresentei esta comunicação.

Devo dizer que (dada a recente relação entre o Varroa destructor e a Apis mellifera) ainda não se tenha encontrado um equilibrio entre as duas espécies.
Não conheço muito bem outras relações parasita-hospedeiro, mas creio que é contraproducente para o parasita eliminar a totalidade dos hospedeiros por motivos óbvios.
O mesmo se passaria numa relação predador-presa...
É quase irónico falar numa relação de parasitismo "sustentável" mas creio ser a mais comum, o parasita "faz uma gestão racional" da sua reprodução/voracidade e... acaba por gerir e manter também os seus hospedeiros, que tanto necessita.

O que temos para já é mesmo um parasitismo insustentável.

Até podiamos comparar ao papel dos bancos na crise actual :-))))

Mas... será que o varroa se "suicida" por ser tão eficaz a reproduzir-se e a destruir as abelhas???
Não será a sua estratégia de vida muito mais complexa do que o que sabemos dela???
O varroa poderá "aproveitar-se" de uma característica da abelha para sair desta "enrascada". Que é o facto de uma colónia de abelhas muito enfraquecida (forte ataque de varroas) ser muito susceptível à pilhagem.
E a colónia que pilha, inconscientemente serve de tábua de salvação para os ácaros que ficam sem hospedeiro. Reiniciando o ciclo.

Já sabemos que isso acontece, a dúvida é se a ecologia do varroa "joga" com esse trunfo...

Neste caso, a densidade de colmeias/apiários poderá ter muitas culpas no cartório, e tem certamente...

Ricardo, a tua crítica aos estrados sanitários faz muito sentido. Mas creio que continua a compensar utilizá-los...

Abraços
Pifano

Anónimo disse...

Caro Pifano,

Ainda não o conheço pessoalmente, mas sigo com atenção o seu blog, depois de ler o seu post, com informação muito útil, não pude deixar de o comentar. Na minha modesta opinião todos temos "culpa" do que está a acontecer. Os serviços oficiais que pouco têm feito para ajudar o sector, por exemplo o PAN 2011-13 continua "metido" na gaveta e as associações não recebem qualquer verba desde Set de 2010 (pergunto-me como é possível tantos atrasos com um PAN praticamente igual ao anterior? O que andou o GPP, IFAP, DGV... a fazerem durante este tempo todo?) As associações, que muitas vezes não prestam um bom serviço. Os técnicos que quando estão aptos a prestar um bom apoio, saem das associações pelas precárias condições muitas vezes impostas pelas direcções. Os apicultores que por falta de conhecimentos não fazem um bom maneio. Quantos são os apicultores que retiram os resíduos dos tratamentos das colónias passado o tempo recomendado. Sabiam que com isso estão a criar resistências à varroa? Quantos apicultores fazer alternância de tratamentos? Quantos continuam a fazer os seus próprios tratamentos e muitas vezes com as concentrações erradas... Poderia continuam a descrever imensas falhas aqui, repito de todos, mas já me alonguei demais. Deixo os meus cumprimentos a todos

João

Alien disse...

Olá João,

Agradeço o seu comentário.
De facto esta "culpa" poderá morrer em todos os "estados civis" menos solteira...

O PAN é mesmo uma preocupação, apenas queria adicionar ao que disse, que tais atrasos no pagamento das verbas arrastam as associações para mais dívidas como a Segurança Social, Finanças e outros encargos que... devem ser pagos a horas.

Só por curiosidade, pelas 7 associações de apicultores que o Alentejo já teve, já passaram cerca de 20 técnicos ao abrigo do Programa Apícola. Desses, creio que apenas 5 continuam nessa actividade, tão aliciante e reconhecida...

Infelizmente a nossa lista de deveres ultrapassa muito a de direitos.

Abraços
Pifano

Anónimo disse...

As minhas saudações apícolas!
Os meus parabéns pela muito completa perspectiva da situação.
Desde a introdução do varroa até à actualidade tudo falhou, em todo o lado e a todos os níveis. Mesmo que todos tivessem combinado, não poderiam ter feito pior!
Parece que desde o princípio todos os comportamentos foram condicionados por um determinismo suicida.
Porquê?
Não consigo perceber porquê.
Todos estavam advertidos, todos sabiam o que iria ocorrer, muitas medidas poderiam ter sido tomadas, de forma coordenada e dirigida.
Nada disto foi feito e o resultado está á vista. Parece que ninguém estava interessado em resolver o problema.
Os responsáveis estão um pouco por todo o lado.
Apenas com triteza, uma coisa se conclui: a história repete-se sempre e ninguém aprende com os erros cometidos.
Um grande abraço.
Abelhasah.

Unknown disse...

Boa tarde
onde se pode adquirir cera moldada com alvéolos de tamanho reduzido?
cumprimentos
Luís Costa

Alien disse...

Caro Luís Costa

Em tempos, o Rui Rodrigues (Blog Iberica Queens)encontra o link
na barra lateral de links do meu blog, comercializava ceras
com alvéolos de diâmetro reduzido, não sei se ainda o faz
mas procure contactá-lo através do blog Ibérica Queens ou através
do fecebook

abraço
Joaquim Pifano